O primeiro Natal que passamos novamente vivendo no Rio foi lá em casa, não poderia ser diferente. Fizemos uma ceia muito bonita, jantamos todos os doze bem "unidos" na mesa que cabem oito apertados...A comida era muito farta. Todos comeram e ainda assim sobrou tanta comida que ficou para o enterro dos ossos no dia seguinte, e no outro dia, e no outro dia...Não deu pra esperar até meia noite e abrir os presentes por que o anjo já havia até pedido o travesseiro pra deitar no sofá, e a hora dos presentes sem as crianças não é a mesma coisa. Quando foi onze horas começamos a distribuição e foi aquela festa. Ficamos até umas duas da manhã brincando com o autorama até que, graças a Deus, eles resolveram dormir. Botei todo mundo no meu quarto, fechei as cortinas, a persiana, liguei o ar condicionado e pronto! Dormimos todos até as dez da manhã!!! O almoço foi na casa da mamãe, com primos e tios, e o resto da comida...
Quando voltei pra casa tava aquela zona!!! O chão imundo, papel de presente prá todo lado, até durex na janela tinha...uma arrumadinha básica, dormidinha e quando acordei tava lá ele, o rei, de blazer branco e calça azul, Roberto Carlos. O especial deste ano foi lindo! Uma emoção só ver a Camila Pitanga grávida e toda de branco cantando Eu tenho tanto pra te dizer/mas com palavras não sei dizer/ como é grande o meu amor por você...O ano passado não sei o que deu nele que convidou uns MCs e ficou cantando Se ela dança, eu danço...nada a ver com ele. Além da Camila, também foi a Alcione, e fez uma dupla muito gostosa com o rei. O "meu amigo" Erasmo Carlos não foi, não sei se eu perdi alguma coisa na estória mas me pareceu que eles não são tão amigos assim...Mais uma que eu ADORO...Você foi o maior dos meus casos/de todos os abraços/o que eu nunca esqueci/Você foi dos amores que eu tive/o mais complicado e o mais simples prá mim/Você foi a mentira sincera/brincadeira mais séria/que me aconteceu/Você foi o caso mais antigo/o amor mais amigo/que me apareceu.../o melhor dos meus planos e o maior dos enganos que eu pude fazer... quem não lembra daquele comercial do casal que se separa e depois volta, que tinha essa música no fundo? Foi o melhor desfecho de natal que eu podia ter e ainda ouvir no final a demonstração que o amor pode sim ser eterno "eu ofereço este show a minha Maria Rita"...Foi tudo muito muito muito lindo!!!
obs.: vocês vão ver que esta mensagem embora tenha sido escrita em 2007, somente agora foi publicada dado aos super hiper problemas técnicos desta que vos escreve.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
O acaso não existe
Não acredito no acaso. Sempre acreditei que as coisas acontecem por que tem uma razão de ser...e tudo que acontece, literalmente tudo, tem um lado bom e um lado ruim. Talvez, em algum momento, o lado bom pese mais em uma situação, e depois vai haver outra que vai ser o contrário, e a vida vai seguindo assim...
Quem sempre me disse isso foi o Moreira. Nunca vou me esquecer (eu acho que ele mesmo não lembra disso) uma vez em Brasília ele ficou falando o dia todo sobre essa teoria pra mim e pra Suzy, que era na ocasião a pica-pau do job (em tempos de tropa de elite, ela era a "aspira"). Com certeza da Suzy o Moreira lembra. Ele passou o dia falando disso, falando daquele símbolo preto e branco, que tem no lado branco uma bolinha preta e no lado preto uma bolinha branca (é o símbolo do yung isso? Does anybody know?). A noite fomos para o aeroporto para voltar para o Rio. O avião era bem grande, daqueles com cinco lugares no meio, dois nas pontas. No meu lugar tinha um monte de caixas e uns tubos destes que colocam plantas de arquitetos, todos pertencentes ao indivíduo sem noção sentado ao lado.
- Moço esse lugar é meu. Essas coisas são suas? - disse eu super educadinha
- São e eu não tenho onde botar, não vou botar lá em cima por que já perdi uma planta no voo da vinda.
Diante de tanta delicadeza, o Moreira que estava logo atrás de mim retrucou:
- Isso é um problema seu, essas coisas vão sair daí por que o lugar é dela. Vou chamar o comissário e você resolve isso com ele. - O Moreira as vezes tinha essas pancadas e defendia a gente, mas era só de vez em quando.
O cara arrumou o maior barraco no avião. Veio aeromoça, comissário, o Moreira, a Suzy, uma confusão, aqueles voos cheios de deputado, senador, assessor, e euzinha lá em pé. Até que o cidadão que estava mais na frente sugeriu mudar de lugar com ele pois no lugar ao lado não tinha ninguém, assim ele podia deixar as bugingangas dele na cadeira. As mudanças foram feitas e eu agradeci imensamente ao sujeito por ter tido piedade de mim.
Eis que no momento que a criatura mau humorada sentou na cadeira que havia sido trocada, ele achou imprensada entre a cadeira e a janela do avião, a planta que ele havia perdido no voo da ida!! INACREDITÁVEL!!! O cara se transformou, devia ser uma coisa muito importante, ele beijava a planta, ria de mostrar os dentes todos, só faltou beijar o Moreira. Todo mundo que estava em volta e tinha visto a situação toda, riu muito. O Moreira então nem se fala, passou o voo todo falando - eu disse, eu te disse, em tudo que é ruim, tem um lado bom (obviamente ele estava falando da situação do cara, por que prá mim tudo foi muito indiferente a não ser pelo tempo em pé pagando mico).
Mas por que eu contei isso tudo??
Pois é, hoje caiu no Rio o mesmo dilúvio que se deu na Terra no dia em que Noé salvou a sua arca...e eu tinha que ir logo ali, em São Paulo. Já pra ir trabalhar de manhã foi difícil. 2 horas de engarrafamento. Encontrei um colega no transito e fomos trocando sms até a Barra. Hilário.
Meu voo era as seis e quando foi quatro me mandei pro aeroporto. Meu chefe convidou todos os seus diretos para um jantar, isso já estava programado há uns 3 meses. Algo me dizia que eu não ia conseguir voar, alguns voos saíram, mas muitos tinham sido cancelados, aquele caos do cotidiano aéreo do país, sem chuva é ruim, com chuva inexiste.
Como eu já sabia que ia esperar fui comprar um presentinho naquele quiosque das pérolas de Maiorca. Nunca faço isso pois normalmente já tô com pre check in, é chegar e entrar. Depois de escolher durante quase uns dez minutos eu falei pra moça que ia levar um e aí ouvi aquele grito...
- PATRICIA MARIA!!!! NÃO ACREDITO!!!!
Eu olhei pro lado e tava ali, aquela baixinha, moreninha, falante, comprando um anel. Era Deborah ("o meu nome é com h no final e não tem acento"). Deborah foi minha amiga no científico, do primeiro ao terceiro, estudamos muito pra simulado de vestibular. Tínhamos um grupo bem unido mas depois que fomos pra faculdade, ela foi morar em SP, eu fiquei aqui e a vida mesmo nos separou. Lembramos juntas que a última vez que a gente se viu, foi um dia em que ela atravessou a rua na minha frente (eu tava dentro do carro), desse dia faziam uns 10 anos. Falamos de tanta gente, pessoas que ela fala até hoje, outras que eu falo. Ficamos quase uma hora no maior papo, foi super gostoso. Combinamos de montar um happy hour com os que temos contato direto e procurar outros no orkut (bom isso ficou com ela pois como todos meus leitores sabem, i hate orkut).
Fiquei tão tão feliz com esse encontro, que nem me chateei tanto quando meu vôo foi transferido para o Galeão as nove da noite, quando obviamente eu desisti de ir para SP pois o que eu precisava fazer no aeroporto hoje não era embarcar, e sim reencontrar a Dé.
Quem sempre me disse isso foi o Moreira. Nunca vou me esquecer (eu acho que ele mesmo não lembra disso) uma vez em Brasília ele ficou falando o dia todo sobre essa teoria pra mim e pra Suzy, que era na ocasião a pica-pau do job (em tempos de tropa de elite, ela era a "aspira"). Com certeza da Suzy o Moreira lembra. Ele passou o dia falando disso, falando daquele símbolo preto e branco, que tem no lado branco uma bolinha preta e no lado preto uma bolinha branca (é o símbolo do yung isso? Does anybody know?). A noite fomos para o aeroporto para voltar para o Rio. O avião era bem grande, daqueles com cinco lugares no meio, dois nas pontas. No meu lugar tinha um monte de caixas e uns tubos destes que colocam plantas de arquitetos, todos pertencentes ao indivíduo sem noção sentado ao lado.
- Moço esse lugar é meu. Essas coisas são suas? - disse eu super educadinha
- São e eu não tenho onde botar, não vou botar lá em cima por que já perdi uma planta no voo da vinda.
Diante de tanta delicadeza, o Moreira que estava logo atrás de mim retrucou:
- Isso é um problema seu, essas coisas vão sair daí por que o lugar é dela. Vou chamar o comissário e você resolve isso com ele. - O Moreira as vezes tinha essas pancadas e defendia a gente, mas era só de vez em quando.
O cara arrumou o maior barraco no avião. Veio aeromoça, comissário, o Moreira, a Suzy, uma confusão, aqueles voos cheios de deputado, senador, assessor, e euzinha lá em pé. Até que o cidadão que estava mais na frente sugeriu mudar de lugar com ele pois no lugar ao lado não tinha ninguém, assim ele podia deixar as bugingangas dele na cadeira. As mudanças foram feitas e eu agradeci imensamente ao sujeito por ter tido piedade de mim.
Eis que no momento que a criatura mau humorada sentou na cadeira que havia sido trocada, ele achou imprensada entre a cadeira e a janela do avião, a planta que ele havia perdido no voo da ida!! INACREDITÁVEL!!! O cara se transformou, devia ser uma coisa muito importante, ele beijava a planta, ria de mostrar os dentes todos, só faltou beijar o Moreira. Todo mundo que estava em volta e tinha visto a situação toda, riu muito. O Moreira então nem se fala, passou o voo todo falando - eu disse, eu te disse, em tudo que é ruim, tem um lado bom (obviamente ele estava falando da situação do cara, por que prá mim tudo foi muito indiferente a não ser pelo tempo em pé pagando mico).
Mas por que eu contei isso tudo??
Pois é, hoje caiu no Rio o mesmo dilúvio que se deu na Terra no dia em que Noé salvou a sua arca...e eu tinha que ir logo ali, em São Paulo. Já pra ir trabalhar de manhã foi difícil. 2 horas de engarrafamento. Encontrei um colega no transito e fomos trocando sms até a Barra. Hilário.
Meu voo era as seis e quando foi quatro me mandei pro aeroporto. Meu chefe convidou todos os seus diretos para um jantar, isso já estava programado há uns 3 meses. Algo me dizia que eu não ia conseguir voar, alguns voos saíram, mas muitos tinham sido cancelados, aquele caos do cotidiano aéreo do país, sem chuva é ruim, com chuva inexiste.
Como eu já sabia que ia esperar fui comprar um presentinho naquele quiosque das pérolas de Maiorca. Nunca faço isso pois normalmente já tô com pre check in, é chegar e entrar. Depois de escolher durante quase uns dez minutos eu falei pra moça que ia levar um e aí ouvi aquele grito...
- PATRICIA MARIA!!!! NÃO ACREDITO!!!!
Eu olhei pro lado e tava ali, aquela baixinha, moreninha, falante, comprando um anel. Era Deborah ("o meu nome é com h no final e não tem acento"). Deborah foi minha amiga no científico, do primeiro ao terceiro, estudamos muito pra simulado de vestibular. Tínhamos um grupo bem unido mas depois que fomos pra faculdade, ela foi morar em SP, eu fiquei aqui e a vida mesmo nos separou. Lembramos juntas que a última vez que a gente se viu, foi um dia em que ela atravessou a rua na minha frente (eu tava dentro do carro), desse dia faziam uns 10 anos. Falamos de tanta gente, pessoas que ela fala até hoje, outras que eu falo. Ficamos quase uma hora no maior papo, foi super gostoso. Combinamos de montar um happy hour com os que temos contato direto e procurar outros no orkut (bom isso ficou com ela pois como todos meus leitores sabem, i hate orkut).
Fiquei tão tão feliz com esse encontro, que nem me chateei tanto quando meu vôo foi transferido para o Galeão as nove da noite, quando obviamente eu desisti de ir para SP pois o que eu precisava fazer no aeroporto hoje não era embarcar, e sim reencontrar a Dé.
Minhas pérolas infantis
Cada vez mais fica evidente pra mim que os momentos mais gostosos da vida vêm da espontaneidade e inocência das crianças. O engraçado é que essa transformação vem acontecendo rapidamente, já não acho graça em tantas coisas que antes apreciava e cada dia que passa me encanta mais e mais as descobertas que as crianças fazem da vida delas. Os comentários, observações, conclusões, as vezes tão surpreendentes e inteligentes que chega a dar medo. Todos uma delícia. A vontade é não sair de perto, participar de tudo, só prá não perder o momento, o olhar, aquele da dúvida, aquele da descoberta. Hoje sim eu sinto pelo tempo que não tenho pra ficar com eles, fico triste de saber que o dia que não estou com eles, não volta mais.
Algumas frases prá ficar aqui e não esquecer:
(Mãe falando com filhos)
- Filho, hoje a gente tem que cortar essa unha, tá enorme, feia.
- É tá feia mesmo, vou pegar o cortador - fala filho anjo
- A minha não precisa cortar por que eu já "roio"- fala filho rei
(Depois da briga por causa do PS2 mãe falou que só pode jogar quando ela estiver junto)
Sábado, 7 hrs da manha
- Mae deita lá na sala prá gente poder jogar...
(Moça da montanha russa do parque do Beto Carreiro)
- Pai você tem que ficar na ponta do carrinho.
Rapidamente o rei respondeu...
- Ele não é meu pai, ele é só o amigo da minha mãe
Então tá né!
Algumas frases prá ficar aqui e não esquecer:
(Mãe falando com filhos)
- Filho, hoje a gente tem que cortar essa unha, tá enorme, feia.
- É tá feia mesmo, vou pegar o cortador - fala filho anjo
- A minha não precisa cortar por que eu já "roio"- fala filho rei
(Depois da briga por causa do PS2 mãe falou que só pode jogar quando ela estiver junto)
Sábado, 7 hrs da manha
- Mae deita lá na sala prá gente poder jogar...
(Moça da montanha russa do parque do Beto Carreiro)
- Pai você tem que ficar na ponta do carrinho.
Rapidamente o rei respondeu...
- Ele não é meu pai, ele é só o amigo da minha mãe
Então tá né!
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Você tem medo de que?
Tenho ficado muito ausente com os meus escritos. Não que eu não os dê mais valor, mas não tenho tido a inspiração de antes para contar aqui as minhas estórias. Muitas estão bem aqui na minha cabeça mas não consigo botar por escrito de uma forma gostosa de contar, que prenda a atenção de quem está lendo, que seja agradável. Isso pode ser uma fase. Acho que isso acontece com todos os bons escritores (detalhe que estou me inserindo neste grupo seleto dos bons escritores, isso faz parte de um trabalho de resgate da auto-estima da escrita).
Uma das estórias que está guardada e quero contar foi a ida a missa duas semanas atrás com a Frendy, ou para os íntimos, Renatinha Rivotril. Já tinha comentado antes que esse havia virado o nosso programa de final de tarde de domingo. Pois bem, fomos lá no domingo antes do feriado, fizemos o nosso ritual de balançar as folhinhas, cantamos, abraçamos, rezamos e em alguns momentos choramos também. Faz parte. O padre, o nosso queridíssimo do feedback, começou o seu sermão...algo que dizia mais ou menos assim...
Você tem medo do que? Tem medo de não ser bom pai, bom filho?
Tem medo de não ser bom funcionário, não ser bom chefe?
De não ter bom desempenho?
Tem medo as vezes de sair na rua?
Tem medo da sua relação afetiva?
Esse medo tem que ser superado pela sua fé
E de repente a sensação que eu tive é que estávamos ali na igreja, apenas eu e ele. As palavras tão diretas, colocações tão atuais. Me deu um medo. Virei pro lado e tava a frendy com o olhar refletindo a mesma dúvida que eu acabara de ter: o padre tava falando com a gente? Aí já começou aquela palhaçada que nos é peculiar..."pô vamos lá falar com ele prá gente discutir isso depois, fica chato falar isso no meio de tanta gente que não conhecemos"...
Mas no fundo não era nada disso. Ele falou pra todo mundo que estava ali e acredito que todos tiveram a mesma sensação estranha de que aquilo era pra si próprio. A gente custa acreditar que uma pessoa possa ter os mesmos medos, ou mesmo os mesmos problemas que a gente, mas a grande verdade é que tudo isso é muito comum, chega a ser ordinário.
O grande conforto foi sair de lá, obviamente sem resolver os medos, mas entender que não somos diferentes de ninguém, não temos mais ou menos medos, e que todos, sem exceção, precisam em algum momento da vida, refletir um pouco mais de como enfrentar estas questões.
Passagem ocorrida na missa da outra semana no momento da comunhão. Infelizmente não posso revelar os participantes do diálogo:
- Onde você vai?
- Vou comungar.
- Mas pra comungar a gente não tem que confessar antes com o padre?
- Eu já me confesso todos os dias com Deus, não vou ocupar o tempo do padre repetindo tudo de novo...
- Eu também falo com Deus todos os dias.
- Você fala prá ele dos seus pecados?
- Falo
- Você deixa de pecar?
- Não
- Ótimo, então vamos lá que a fila já tá ficando grande.
Uma das estórias que está guardada e quero contar foi a ida a missa duas semanas atrás com a Frendy, ou para os íntimos, Renatinha Rivotril. Já tinha comentado antes que esse havia virado o nosso programa de final de tarde de domingo. Pois bem, fomos lá no domingo antes do feriado, fizemos o nosso ritual de balançar as folhinhas, cantamos, abraçamos, rezamos e em alguns momentos choramos também. Faz parte. O padre, o nosso queridíssimo do feedback, começou o seu sermão...algo que dizia mais ou menos assim...
Você tem medo do que? Tem medo de não ser bom pai, bom filho?
Tem medo de não ser bom funcionário, não ser bom chefe?
De não ter bom desempenho?
Tem medo as vezes de sair na rua?
Tem medo da sua relação afetiva?
Esse medo tem que ser superado pela sua fé
E de repente a sensação que eu tive é que estávamos ali na igreja, apenas eu e ele. As palavras tão diretas, colocações tão atuais. Me deu um medo. Virei pro lado e tava a frendy com o olhar refletindo a mesma dúvida que eu acabara de ter: o padre tava falando com a gente? Aí já começou aquela palhaçada que nos é peculiar..."pô vamos lá falar com ele prá gente discutir isso depois, fica chato falar isso no meio de tanta gente que não conhecemos"...
Mas no fundo não era nada disso. Ele falou pra todo mundo que estava ali e acredito que todos tiveram a mesma sensação estranha de que aquilo era pra si próprio. A gente custa acreditar que uma pessoa possa ter os mesmos medos, ou mesmo os mesmos problemas que a gente, mas a grande verdade é que tudo isso é muito comum, chega a ser ordinário.
O grande conforto foi sair de lá, obviamente sem resolver os medos, mas entender que não somos diferentes de ninguém, não temos mais ou menos medos, e que todos, sem exceção, precisam em algum momento da vida, refletir um pouco mais de como enfrentar estas questões.
Passagem ocorrida na missa da outra semana no momento da comunhão. Infelizmente não posso revelar os participantes do diálogo:
- Onde você vai?
- Vou comungar.
- Mas pra comungar a gente não tem que confessar antes com o padre?
- Eu já me confesso todos os dias com Deus, não vou ocupar o tempo do padre repetindo tudo de novo...
- Eu também falo com Deus todos os dias.
- Você fala prá ele dos seus pecados?
- Falo
- Você deixa de pecar?
- Não
- Ótimo, então vamos lá que a fila já tá ficando grande.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Bernardinho
Hoje estou escrevendo muito. Muitas observações durante os últimos dias/semana e como diz a frendy, não posso perder o timing para comentar.
Semana passada fui para Angra durante dois dias para a convenção de final de ano da área comercial do Leste. Além da convenção do comercial, tambem rolou a convenção da área central de estratégia comercial. Na verdade foi para essa que fui, até por que as convenções das áreas comerciais regionais são um tanto quanto, digamos assim, sem conteúdo. A coisa é feita para energizar as pessoas, pra que elas saiam de lá querendo vender, vender, vender...não tem outro objetivo. E dentro desse objetivo minha opinião é que atende muito bem. Já que lá estava, assisti alguns pedaços da parte da regional e mesmo eu que não sou da equipe comercial, me senti mais animada quando voltei ao trabalho na quarta.
Dois grandes destaques para esta convenção: o primeiro foi a festa fantasia na primeira noite. Nível elevadíssimo. As fantasias foram alugadas, feitas em costureiras, uma coisa...tinham umas 4 brancas de neve, asterix e obelix, batman e robin, shrek, todo o grupo do Grease (fez show a parte imitando a dança do final do filme), cleópatra, mortiça Adams, enfim, fantasias lindas! Eu fui de eu mesmo e só tomei uma caipirinha pelas razões já expostas anteriormente (toda aquela coisa do controle).
O segundo destaque foi para a palestra do Bernardinho. Se existem duas pessoas completamente diferentes no mundo, sou eu e ele. Ele já começou a palestra dizendo que ele vive (atenção, VIVE) em três estados de espírito: pouco preocupado, médio preocupado e muito preocupado. Ele mesmo definiu o muito preocupado com o estado desesperado. Basicamente a palestra gira em torno dos grandes feitos com a equipe masculina de volei, o que sinceramente tive vontade de perguntar, por que em nenhum momento ele cita os ganhos com a equipe de volei feminina, que pode até não ter sido campeã olímpica, mas foi campeã de ligas mundiais, grand prix, etc. além do que foi lá que os gritos dele ficaram famosérrimos. Bom ele deve ter lá seus motivos. Teve um comentário que ele fez que eu achei bem interessante, não que tenha a ver comigo, por que como disse antes, nós dois não temos nada a ver um com o outro, mas pude ver várias pessoas conhecidas inseridas naquela frase. "eu sou um grande provedor de zona de desconforto", é ou não é interessante, saber que assim como ele, existem várias pessoas que sabem que o maior desafio é tirar a pessoa de sua zona de conforto, assim ela corre mais atrás, ela produz mais. A teoria faz sentido mas cada vez mais penso se na prática é o que efetivamente funciona, e principalmente, se isso se aplica a todos. A palestra acabou com um festival de cortadas dele e da esposa pra cima da platéia, e eu pra variar, não consegui pegar nenhuma bola.
To anexando algumas fotos do evento.
Semana passada fui para Angra durante dois dias para a convenção de final de ano da área comercial do Leste. Além da convenção do comercial, tambem rolou a convenção da área central de estratégia comercial. Na verdade foi para essa que fui, até por que as convenções das áreas comerciais regionais são um tanto quanto, digamos assim, sem conteúdo. A coisa é feita para energizar as pessoas, pra que elas saiam de lá querendo vender, vender, vender...não tem outro objetivo. E dentro desse objetivo minha opinião é que atende muito bem. Já que lá estava, assisti alguns pedaços da parte da regional e mesmo eu que não sou da equipe comercial, me senti mais animada quando voltei ao trabalho na quarta.
Dois grandes destaques para esta convenção: o primeiro foi a festa fantasia na primeira noite. Nível elevadíssimo. As fantasias foram alugadas, feitas em costureiras, uma coisa...tinham umas 4 brancas de neve, asterix e obelix, batman e robin, shrek, todo o grupo do Grease (fez show a parte imitando a dança do final do filme), cleópatra, mortiça Adams, enfim, fantasias lindas! Eu fui de eu mesmo e só tomei uma caipirinha pelas razões já expostas anteriormente (toda aquela coisa do controle).
O segundo destaque foi para a palestra do Bernardinho. Se existem duas pessoas completamente diferentes no mundo, sou eu e ele. Ele já começou a palestra dizendo que ele vive (atenção, VIVE) em três estados de espírito: pouco preocupado, médio preocupado e muito preocupado. Ele mesmo definiu o muito preocupado com o estado desesperado. Basicamente a palestra gira em torno dos grandes feitos com a equipe masculina de volei, o que sinceramente tive vontade de perguntar, por que em nenhum momento ele cita os ganhos com a equipe de volei feminina, que pode até não ter sido campeã olímpica, mas foi campeã de ligas mundiais, grand prix, etc. além do que foi lá que os gritos dele ficaram famosérrimos. Bom ele deve ter lá seus motivos. Teve um comentário que ele fez que eu achei bem interessante, não que tenha a ver comigo, por que como disse antes, nós dois não temos nada a ver um com o outro, mas pude ver várias pessoas conhecidas inseridas naquela frase. "eu sou um grande provedor de zona de desconforto", é ou não é interessante, saber que assim como ele, existem várias pessoas que sabem que o maior desafio é tirar a pessoa de sua zona de conforto, assim ela corre mais atrás, ela produz mais. A teoria faz sentido mas cada vez mais penso se na prática é o que efetivamente funciona, e principalmente, se isso se aplica a todos. A palestra acabou com um festival de cortadas dele e da esposa pra cima da platéia, e eu pra variar, não consegui pegar nenhuma bola.
To anexando algumas fotos do evento.
Tiradentes
Esqueci de comentar que no feriado fomos eu e o eleito para Tiradentes, Minas Gerais. Sempre tive vontade de conhecer, vários amigos vão sempre, falam das ladeiras imensas, dos bares, das cidadezinhas próximas...muito, muito artesanato, muitos atelies, quadros, móveis de madeira de demolição e obviamente, muita bebida, principalmente cachaça, afinal estamos em Minas.
E a cidade é isso mesmo. Tem a pracinha principal e de lá saem duas grandes ladeiras laterais. Seguindo a da esquerda toda vida, a gente chega na igreja de São Francisco, de lá a gente vê a cidade toda. Descendo a gente passa pelo busto de Tiradentes e vai dar na fonte (que no momento está seca). Depois é só ficar rodando, entrando em todos os atelies, lojinhas. O por-do-sol pode ser visto da outra capelinha no alto do morro. Tem um velhinho que toca aqueles aparelhos velhos enquanto o sol tá se pondo, o momento lembra brevemente o por do sol em Fernando de Noronha do bar em cima da Cacimba do padre, tocando bolero de ravel. (Atenção: eu disse que lembra brevemente...). O auge é o passeio na Maria Fumaça, uma delícia, vai até São Joao Del Rey e depois retorna. A noite vai chegando e alguns atelies vão se transformando em restaurantes, cada um a seu estilo, super aconchegantes.
Como muitos sabem, o eleito é de Brasília, candango mesmo. E como todos sabem se tem uma coisa que esse povo de Brasília gosta de fazer é beber. Muitas vezes quando o eleito vai pra Brasília, ele acaba não ficando lá e vai pra fazenda da família que é no norte de Minas Gerais, onde ele se criou. E como todos também sabem, se tem uma coisa que esse povo de Minas gosta de fazer é beber. Em resumo: o eleito gosta de beber e bebe bem. Até gostaria de dizer aqui que nunca o vi bêbado, mas ele sabe que não é verdade (essa é uma outra estória que um dia conto).
E eu? Bom eu até gosto de beber, mas não sei beber bem. A minha resistência é falha, ás vezes ela funciona bem, as vezes não. Não tenho muito controle sobre isso, aliás não tenho controle algum. E não ia ser em Tiradentes que eu ia ter algum controle.
Depois de andar muito o dia inteiro, sol na lata, comer bem, tomar muita cerveja, veio a pérola do eleito: Vamos tomar cachaça!! Na hora eu pensei: ele só pode tá de palhaçada com a minha cara. Mas não estava. Começou um tal de como faz a cachaça, que tem muita cachaça boa, que não queima... Eu até achei que ele tinha esquecido por que começamos a andar em direção a pousada e praticamente já não tinham bares aberto para aquele lado...exceto por um DO LADO da pousada!! A porta do bar era como uma porteira de estábulo, a parte de cima estava aberta e tinha um sino (um sino igual ao que quero colocar no hall lá de casa). Tocamos o sino e eu fiquei ali pensando: o dono já deve ter tomado todas as cachaças hoje e deve tá morgado no sofá, não vai escutar esse sino nunca...ledo engano. Apareceu um cara meio gordinho, cabelos ruivos, barbado. Abriu a porta de baixo e entramos. Gente, sem brincadeira, eu nunca vi tanta cachaça junta. Era muita, muita variedade, parecia uma loja, não um bar. O cara era gente boa e disse que não gostava de beber, por isso trabalhava com cachaça, se ele gostasse já estaria morto de cirrose. O eleito ficou ali, olhos brilhando, pega uma, pega outra...até que pegou um copinho e botou até a boca de cachaça (Não me lembro o nome desta primeira, a segunda foi uma tal de roxinha). "Agora vira" ele falou olhando pra mim, e eu ali com aquela platéia do dono do bar. Eu pensei "vai ser facinho". Virei. Vai ser mais fácil se deixar pra engolir tudo no final. Mas não deu. Tive que engolir o que estava na minha boca. Depois desse primeiro gole, juro que tentei dar o segundo e acabar logo com aquele copo, mas foi em vão. Percebi que aquele segundo gole não ia descer, ele ia voltar. Em segundos olhei pro eleito e fiz um gesto de que ia botar pra fora. Olhei em mais alguns segundos pro dono do bar, tão simpático e solícito, pensei que seria muita sacanagem cuspir no chão todo limpinho do bar...não tive alternativa, saí correndo porta afora e cuspi toda aquela cachaça na rua. Quando entrei no bar de novo estavam os dois se acabando de rir. Ainda faltava um gole do copo que eu tava bebendo. Virei. Dessa vez foi tranquilo. Veio mais um copo, virei. Tranquilo. Depois deste segundo, poderia beber mais e mais, por que não se sente mais nada, é praticamente uma anestesia geral.
Ainda bem que a pousada era do lado, não tivemos que andar muito, na verdade, não me lembro dessa parte, a última coisa que lembro é que fiquei fazendo carinho no cavalo de madeira na entrada da pousada.
Tiradentes é uma delícia e espero voltar lá muitas e muitas vezes, com e sem cachaça!
E a cidade é isso mesmo. Tem a pracinha principal e de lá saem duas grandes ladeiras laterais. Seguindo a da esquerda toda vida, a gente chega na igreja de São Francisco, de lá a gente vê a cidade toda. Descendo a gente passa pelo busto de Tiradentes e vai dar na fonte (que no momento está seca). Depois é só ficar rodando, entrando em todos os atelies, lojinhas. O por-do-sol pode ser visto da outra capelinha no alto do morro. Tem um velhinho que toca aqueles aparelhos velhos enquanto o sol tá se pondo, o momento lembra brevemente o por do sol em Fernando de Noronha do bar em cima da Cacimba do padre, tocando bolero de ravel. (Atenção: eu disse que lembra brevemente...). O auge é o passeio na Maria Fumaça, uma delícia, vai até São Joao Del Rey e depois retorna. A noite vai chegando e alguns atelies vão se transformando em restaurantes, cada um a seu estilo, super aconchegantes.
Como muitos sabem, o eleito é de Brasília, candango mesmo. E como todos sabem se tem uma coisa que esse povo de Brasília gosta de fazer é beber. Muitas vezes quando o eleito vai pra Brasília, ele acaba não ficando lá e vai pra fazenda da família que é no norte de Minas Gerais, onde ele se criou. E como todos também sabem, se tem uma coisa que esse povo de Minas gosta de fazer é beber. Em resumo: o eleito gosta de beber e bebe bem. Até gostaria de dizer aqui que nunca o vi bêbado, mas ele sabe que não é verdade (essa é uma outra estória que um dia conto).
E eu? Bom eu até gosto de beber, mas não sei beber bem. A minha resistência é falha, ás vezes ela funciona bem, as vezes não. Não tenho muito controle sobre isso, aliás não tenho controle algum. E não ia ser em Tiradentes que eu ia ter algum controle.
Depois de andar muito o dia inteiro, sol na lata, comer bem, tomar muita cerveja, veio a pérola do eleito: Vamos tomar cachaça!! Na hora eu pensei: ele só pode tá de palhaçada com a minha cara. Mas não estava. Começou um tal de como faz a cachaça, que tem muita cachaça boa, que não queima... Eu até achei que ele tinha esquecido por que começamos a andar em direção a pousada e praticamente já não tinham bares aberto para aquele lado...exceto por um DO LADO da pousada!! A porta do bar era como uma porteira de estábulo, a parte de cima estava aberta e tinha um sino (um sino igual ao que quero colocar no hall lá de casa). Tocamos o sino e eu fiquei ali pensando: o dono já deve ter tomado todas as cachaças hoje e deve tá morgado no sofá, não vai escutar esse sino nunca...ledo engano. Apareceu um cara meio gordinho, cabelos ruivos, barbado. Abriu a porta de baixo e entramos. Gente, sem brincadeira, eu nunca vi tanta cachaça junta. Era muita, muita variedade, parecia uma loja, não um bar. O cara era gente boa e disse que não gostava de beber, por isso trabalhava com cachaça, se ele gostasse já estaria morto de cirrose. O eleito ficou ali, olhos brilhando, pega uma, pega outra...até que pegou um copinho e botou até a boca de cachaça (Não me lembro o nome desta primeira, a segunda foi uma tal de roxinha). "Agora vira" ele falou olhando pra mim, e eu ali com aquela platéia do dono do bar. Eu pensei "vai ser facinho". Virei. Vai ser mais fácil se deixar pra engolir tudo no final. Mas não deu. Tive que engolir o que estava na minha boca. Depois desse primeiro gole, juro que tentei dar o segundo e acabar logo com aquele copo, mas foi em vão. Percebi que aquele segundo gole não ia descer, ele ia voltar. Em segundos olhei pro eleito e fiz um gesto de que ia botar pra fora. Olhei em mais alguns segundos pro dono do bar, tão simpático e solícito, pensei que seria muita sacanagem cuspir no chão todo limpinho do bar...não tive alternativa, saí correndo porta afora e cuspi toda aquela cachaça na rua. Quando entrei no bar de novo estavam os dois se acabando de rir. Ainda faltava um gole do copo que eu tava bebendo. Virei. Dessa vez foi tranquilo. Veio mais um copo, virei. Tranquilo. Depois deste segundo, poderia beber mais e mais, por que não se sente mais nada, é praticamente uma anestesia geral.
Ainda bem que a pousada era do lado, não tivemos que andar muito, na verdade, não me lembro dessa parte, a última coisa que lembro é que fiquei fazendo carinho no cavalo de madeira na entrada da pousada.
Tiradentes é uma delícia e espero voltar lá muitas e muitas vezes, com e sem cachaça!
Dando feedback...
No domingo a tarde eu e frendy fomos a missa. Nunca tínhamos ido juntas por que ela vai durante a semana na missa do Sto Antonio lá no centro da cidade. Chegamos em cima da hora mas como estava chovendo a missa não estava cheia e conseguimos lugar pra sentar. Desnecessario comentar que o padre era o padre do feedback...Tenho que admitir que ele é um padre que tem o dom da palavra, bem eloquente. Lá pelas tantas ele falou algo que eu não me lembro, e a frendy falou assim: "Isso também é como o feedback, muita gente não vai entender". O padre continuou com o sermão sobre os bem aventurados e teve um pedaço que me chamou bastante atenção. Ele disse: "Os mansos não são bobos por essa característica. São mansos por que preferem ouvir primeiro o outro para então se posicionar. São mansos por que não tomam decisões permanentes para situações passageiras".
São vários momentos de conforto durante a missa: o momento do canto da Aleluia, ficamos as duas balançando os folhetos, é bem legal, é como se a paz descesse e ficasse ali do nosso lado. Depois o momento do pai nosso que toda a igreja dá as mãos e reza bem alto e óbvio, o momento de cumprimentar o outro, que é o momento que nós duas gostamos mais.
No final a frendy foi lá falar com Sto Antonio e eu fiquei esperando. É impressionante como muitas pessoas vão falar com o padre nessa hora. Não sei o que exatamente elas falam, se pedem algo ou se dão "feedback".
Fomos embora prá casa e estamos combinadíssimas para a próxima semana.
São vários momentos de conforto durante a missa: o momento do canto da Aleluia, ficamos as duas balançando os folhetos, é bem legal, é como se a paz descesse e ficasse ali do nosso lado. Depois o momento do pai nosso que toda a igreja dá as mãos e reza bem alto e óbvio, o momento de cumprimentar o outro, que é o momento que nós duas gostamos mais.
No final a frendy foi lá falar com Sto Antonio e eu fiquei esperando. É impressionante como muitas pessoas vão falar com o padre nessa hora. Não sei o que exatamente elas falam, se pedem algo ou se dão "feedback".
Fomos embora prá casa e estamos combinadíssimas para a próxima semana.
Três mocinhas elegantes - última parte
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Três mocinhas elegantes...- parte II

Ainda não conseguimos a tão famosa foto da Gazeta de Alagoas para postarmos aqui como comentei anteriormente. PORÉM, Natália Gabriela mandou para esta que vos escreve uma foto intermediaria, digo intermediaria pois foi entre a já postada aqui e a da Gazeta de Alagoas, das três mocinhas elegantes na M-E-S-M-A posição!!! Isso é que é princípio da continuidade (os que já foram auditores entendem). Ganha um doce pra quem adivinhar que dia foi esse.
Obs.: não é bem intermediária, na verdade está mais para Gazeta do que para a festa dos Dinossaurus...
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Meu pequeno grande fanático por futebol
No meu último relato escrevi que o meu reizinho tinha preferido ir dormir na casa do coleguinha (naquilo que foi a primeira festa do pijama dele) do que assistir ao vivo o jogo do Brasil contra o Equador. Isso gerou uma certa dúvida se de fato ele tinha herdado o gene futebolístico, não prá mim obviamente, mas para quem leu...então, para estes que, como dizem os advogados, "restaram" com a dúvida, conto o que aconteceu anteontem.
O rei estava com febre desde sexta a noite, passou sábado, domingo e segunda tendo febre, pegou a minha virose. Na terça ele já estava um pouquinho melhor e como seu irmão ficou com febre, resolvi que ele iria pra escola. Lá pelas 3 da tarde ligaram da escola pedindo para eu ir buscá-lo pois ele estava mole e com febre. Aí lá fui eu buscá-lo e levá-lo direto ao médico. Depois de medicado com todos os remédios "itens de gincana" do Dr MR, fomos finalmente pra casa, passando rapidamente pela casa da Vovó prá pegar a sopinha que ele gosta.
Chegamos em casa lá pelas 6 e ele ligou a TV. Rodou, rodou até que achou na ESPM um jogo de futebol. Depois de alguns minutos consegui identificar que era um jogo de times europeus, mas não do mesmo país. Um time era da Rússia (não sei que lá de Kiev) e outro (acho que) era o Manchester United. Num dos dois estava jogando o Cristiano Ronaldo. Pronto. Ninguém mais podia mudar de canal. A criatura ficou ali assistindo esse jogo e eu resolvi deitar no sofá. Obviamente eu dormi com a animação do narrador brasileiro. Quando acordei olhei pra TV e os uniformes eram bem diferentes do que eu havia visto antes. Vi caras conhecidas como o Juninho Pernambucano e antes que eu conseguisse entender quem estava jogando, o Fábio Santos marcou um gol. O jogo era do Lyon com o Stutgart. O rei olhou pra mim e falou:
- Mãe ainda bem que vc acordou, só assim vc pára de roncar!!!
Só sob efeito de remédios fortes uma pessoa pode assistir 180 minutos de futebol de times que não conhece, com um narrador super hiper depressivo, e ainda por cima achar que a mãe ronca!!!!
Ou então ele tem um overdose de genes futebolísticos!!!
O rei estava com febre desde sexta a noite, passou sábado, domingo e segunda tendo febre, pegou a minha virose. Na terça ele já estava um pouquinho melhor e como seu irmão ficou com febre, resolvi que ele iria pra escola. Lá pelas 3 da tarde ligaram da escola pedindo para eu ir buscá-lo pois ele estava mole e com febre. Aí lá fui eu buscá-lo e levá-lo direto ao médico. Depois de medicado com todos os remédios "itens de gincana" do Dr MR, fomos finalmente pra casa, passando rapidamente pela casa da Vovó prá pegar a sopinha que ele gosta.
Chegamos em casa lá pelas 6 e ele ligou a TV. Rodou, rodou até que achou na ESPM um jogo de futebol. Depois de alguns minutos consegui identificar que era um jogo de times europeus, mas não do mesmo país. Um time era da Rússia (não sei que lá de Kiev) e outro (acho que) era o Manchester United. Num dos dois estava jogando o Cristiano Ronaldo. Pronto. Ninguém mais podia mudar de canal. A criatura ficou ali assistindo esse jogo e eu resolvi deitar no sofá. Obviamente eu dormi com a animação do narrador brasileiro. Quando acordei olhei pra TV e os uniformes eram bem diferentes do que eu havia visto antes. Vi caras conhecidas como o Juninho Pernambucano e antes que eu conseguisse entender quem estava jogando, o Fábio Santos marcou um gol. O jogo era do Lyon com o Stutgart. O rei olhou pra mim e falou:
- Mãe ainda bem que vc acordou, só assim vc pára de roncar!!!
Só sob efeito de remédios fortes uma pessoa pode assistir 180 minutos de futebol de times que não conhece, com um narrador super hiper depressivo, e ainda por cima achar que a mãe ronca!!!!
Ou então ele tem um overdose de genes futebolísticos!!!
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Não tem jogo fácil
Aqueles que me conhecem sabem o quanto eu sou uma apaixonada pelo futebol. De uma forma geral adoro todos os esportes e torço fanaticamente, principalmente pelos esportes coletivos. Isso é um gene que veio do meu pai e que vejo que passei para o meu filho mais velho. De todos os esportes, a minha paixão é o futebol. Como isso é notório, normalmente quando acontecem jogos como o de hoje (Brasil e Equador pelas eliminatorias da Copa de 2010) sempre descolo uns ingressos pra assistir ao vivo e a cores. Tinha dois ingressos de cadeira e pensei em ir com meu filho mais velho. Como ele preferiu ir dormir na casa do coleguinha com outros 2 amigos (é, é esse filho que eu disse que herdou o meu gene esportivo), eu desisti (incrivelmente) da ideia de ir ao jogo e fui pra casa ficar com meu outro filhotinho (tudo isso faz parte de um processo de amadurecimento...).
Anjinho já tinha dormido antes do jogo começar (esse aí com certeza não herdou esse gene) e eu fiquei vendo sozinha no meu M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O sofá...lá pelas tantas o Brasil fez 1 a zero. Mais um pouco e Galvão Bueno começou a repetir: "bom lembrar que os placares últimos com o Equador não foram elásticos", ou ainda"1 a zero é pouco". E ele repetia isso a quase todo minuto, vocês sabem como é o Galvão quando ele quer "preencher" os espaços.
Essa frase "1 a zero é pouco" me lembrou muito quando eu via os jogos do Flamengo com o meu pai, desde quando eu me entendo por gente. Eu sempre perguntava pra ele antes do jogo começar: pai, vc acha que a gente vai ganhar de quanto? - e ele sempre respondia, antes do jogo começar, - o importante é ganhar, pode ser até de 1 a zero que tá bom! E aí o jogo começava e ficávamos ali esperando um gol. Quando o Flamengo marcava primeiro (acreditem: isso aconteceu várias e várias vezes) eu ficava felicíssima por que, afinal, 1 a zero tava bom. Aí o papai falava: - 1 a zero é bom, mas bom mesmo é ganhar de 2 a zero...e aí eu ficava naquela agonia esperando mais um gol...foram muitos e muitos jogos assim. Eu me lembro de um jogo (considerando que a Fernanda Montenegro hoje no intervalo do jogo lembrou de um jogo de 1963 posso falar de qualquer jogo aqui...) entre o Flamengo e o Cruzeiro, em Minas, com Zico, Renato Gaucho e Raul no gol. O Flamengo tava ganhando de 2 a zero e eu, segundo as premissas do meu pai, tava tranquila. Nesse dia o papai falou assim: - 2 a zero é bom, mas fora de casa bom mesmo é 3 a zero, o outro time tem a torcida, conhece o campo...Segundo tempo, o Cruzeiro fez um gol. Mais 10 minutos de pressão e fez o segundo. O Zico saiu de campo e disse que o time se perdeu em campo e que agora tinha que correr atrás do prejuízo. Aos 35 do segundo tempo o Renato Gaucho pegou uma bola no meio de campo e não sei como, fez o terceiro do Flamengo. Aquilo foi uma glória, era a raça do Flamengo tirando força de onde não tinha mais nada. A sorte também ajudou por que o Cruzeiro meteu uma bola no travessão ao 45. Bom nesse jogo eu entendi que não dava, em se tratando de Flamengo, de garantir qualquer resultado, mesmo sendo um 2 a zero.
Outro jogo que ficou claro que um a zero é pouco, foi a decisão de 87 da Copa União entre o Flamengo e o Internacional. O Bebeto fez o gol, eu me lembro bem, ao 14 min do primeiro tempo. O jogo foi um a zero pro Flamengo e fomos campeões. Eu vi esse jogo com o papai e nós dois passamos o resto do primeiro tempo e todo o segundo tempo sofrendo aquela situação vulnerável de só estar ganhando de um gol de diferença. Um sofrimento. No final eu chorava, chorava agarrada na grade da varanda.
Passei o jogo de hoje lembrando tantos e tantos jogos torcendo fanaticamente, campeonato estadual, brasileiro, copa do mundo, sempre com essa frase do "um a zero" na cabeça. Aos poucos, conforme o Brasil foi fazendo gol, fui voltando pra realidade, e já não tinha mais que ouvir do Galvão que os placares atualmente não são tão elásticos.
Anjinho já tinha dormido antes do jogo começar (esse aí com certeza não herdou esse gene) e eu fiquei vendo sozinha no meu M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O sofá...lá pelas tantas o Brasil fez 1 a zero. Mais um pouco e Galvão Bueno começou a repetir: "bom lembrar que os placares últimos com o Equador não foram elásticos", ou ainda"1 a zero é pouco". E ele repetia isso a quase todo minuto, vocês sabem como é o Galvão quando ele quer "preencher" os espaços.
Essa frase "1 a zero é pouco" me lembrou muito quando eu via os jogos do Flamengo com o meu pai, desde quando eu me entendo por gente. Eu sempre perguntava pra ele antes do jogo começar: pai, vc acha que a gente vai ganhar de quanto? - e ele sempre respondia, antes do jogo começar, - o importante é ganhar, pode ser até de 1 a zero que tá bom! E aí o jogo começava e ficávamos ali esperando um gol. Quando o Flamengo marcava primeiro (acreditem: isso aconteceu várias e várias vezes) eu ficava felicíssima por que, afinal, 1 a zero tava bom. Aí o papai falava: - 1 a zero é bom, mas bom mesmo é ganhar de 2 a zero...e aí eu ficava naquela agonia esperando mais um gol...foram muitos e muitos jogos assim. Eu me lembro de um jogo (considerando que a Fernanda Montenegro hoje no intervalo do jogo lembrou de um jogo de 1963 posso falar de qualquer jogo aqui...) entre o Flamengo e o Cruzeiro, em Minas, com Zico, Renato Gaucho e Raul no gol. O Flamengo tava ganhando de 2 a zero e eu, segundo as premissas do meu pai, tava tranquila. Nesse dia o papai falou assim: - 2 a zero é bom, mas fora de casa bom mesmo é 3 a zero, o outro time tem a torcida, conhece o campo...Segundo tempo, o Cruzeiro fez um gol. Mais 10 minutos de pressão e fez o segundo. O Zico saiu de campo e disse que o time se perdeu em campo e que agora tinha que correr atrás do prejuízo. Aos 35 do segundo tempo o Renato Gaucho pegou uma bola no meio de campo e não sei como, fez o terceiro do Flamengo. Aquilo foi uma glória, era a raça do Flamengo tirando força de onde não tinha mais nada. A sorte também ajudou por que o Cruzeiro meteu uma bola no travessão ao 45. Bom nesse jogo eu entendi que não dava, em se tratando de Flamengo, de garantir qualquer resultado, mesmo sendo um 2 a zero.
Outro jogo que ficou claro que um a zero é pouco, foi a decisão de 87 da Copa União entre o Flamengo e o Internacional. O Bebeto fez o gol, eu me lembro bem, ao 14 min do primeiro tempo. O jogo foi um a zero pro Flamengo e fomos campeões. Eu vi esse jogo com o papai e nós dois passamos o resto do primeiro tempo e todo o segundo tempo sofrendo aquela situação vulnerável de só estar ganhando de um gol de diferença. Um sofrimento. No final eu chorava, chorava agarrada na grade da varanda.
Passei o jogo de hoje lembrando tantos e tantos jogos torcendo fanaticamente, campeonato estadual, brasileiro, copa do mundo, sempre com essa frase do "um a zero" na cabeça. Aos poucos, conforme o Brasil foi fazendo gol, fui voltando pra realidade, e já não tinha mais que ouvir do Galvão que os placares atualmente não são tão elásticos.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Três mocinhas elegantes...

...cobra, jacaré e elefante!!!
Amigas queridas juro que não resisti à piadinha...
Juro também que estou tentando resgatar a nossa foto mais famosa, na coluna social da Gazeta de Alagoas, "trio simpatia realizando importate trabalho em Maceió"...quando conseguir vou scanear e blogar, prá fazer tipo um "túnel do tempo"...calma!!! São só 14 anos...
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Dinossauro Rei e Anjosauro
De volta ao Rio e sem ter feito festa o ano passado, esse ano resolvi fazer uma festa bem legal pra galera lá de casa. Eles curtem essa coisa da festa deles, a animação, o teatrinho que fica chamando pelo nome, é o momento em que eles se sentem "diferentes" ou até mesmo "superiores". Eu resolvi fazer a festa meio em cima da hora, tive cerca de um mês pra contratar a animação, a decoração, o buffet, os brinquedos...em relação as contratações não tive maiores estresses (à exceção mesmo do fotógrafo que fechei 2 dias antes da festa). Os estresses vieram, digamos assim, na execução.
Na semana da festa fui duas vezes no play do ex-ape da Marelisa: uma com o cara do buffet e outra pra deixar o cheque das mesas e cadeiras e pra avisar que estas iriam chegar durante a sexta. Tudo lindo maravilhoso.
Sexta feira de manhã me liga a moça das mesas e cadeiras me dizendo que o porteiro do prédio não tem "ciência" da festa e não vai deixar ninguem subir. Como assim Bial??? Não tem "ciência" da festa??? E do meu cheque??? Será que ele também não tem "ciência"?? Tive que ligar prá lá, falar com o porteiro "dono do prédio", na outra linha a moça das mesas e cadeiras dizendo que o caminhão ia embora e no fixo o meu chefe fazendo a reunião dele de toda sexta, obviamente em mute. Tudo resolvido, tudo lindo maravilhoso.
No sabado resolvi passar lá por volta das 14 hr pra levar logo as lembrancinhas. A decoração estava uma coisa!!! Linda!! O tema era dos dinossauros (eu particularmente não podia mais digerir uma festa da liga da justiça, power rangers...) e tinham 4 dinos imensos, dois deles mediam mais que 2 metros...foram içados! Pois é, mas faltava alguma coisa....cade o cara do buffet? Fui ligar prá ele:
- Oi sr. André cade o buffet?
- Dona Patrícia o problema é que meu pneu furou aqui na linha amarela e estou um pouco atrasado...
- Sei, mas vc já tá chegando? - eu sempre com esse meu otimismo exacerbado
- Não, dona Patrícia, eu não to chegando, eu estou trocando o pneu do carro, vou demorar mais uma hora prá chegar aí...
Pronto. O stress veio a tona. Caramba, como vou fazer uma festa pra 150 pessoas sem comida e bebida!!! Fui prá casa, arrumei todo mundo e voltei pro local da festa por que já ia dar 17 hrs. Chegamos juntos: eu, as crianças, o buffet e o primeiro convidado. ( a gente põe no convite 17 hrs prá começar a festa, não é pra chegar as 19 hrs, mas também não é pra chegar as 16:30!).
Eu ainda tava vivendo esse stress do buffet, subindo a cozinha a gas, montando o bar, gelando as cervejas, quando alguem me perguntou: você não disse que ia ter cama elástica? Caraca!!! Cadê o cara da cama elástica??? Liguei prá ele:
- Oi dona Patrícia, o meu carro ferveu aqui na Lagoa mas ja to chegando...
Gente, na boa, há muito tempo que eu não vejo ninguem falar que o carro ferveu...
A cama elástica chegou lá pelas 18 hrs. Pedi uma cerveja. Ainda tava gelando. Ah é verdade.
Enfim, são coisas que só eu mesmo prá contar, por que quem tava de fora não percebeu. O rei e o anjo adoraram! Ficaram muito felizes com tudo, com muitos amigos presentes, papai, mamae (infelizmente vovô e vovó não foram).
Fomos prá casa as 10 e ficamos abrindo os presentes até uma da manhã. Eu tentei evitar ao máximo essa última etapa do dia, mas fui convencida por um raciocíneo muito lógico:
- Mãe a gente vai abrir só os brinquedos, as roupas podem ficar prá manhã, tá? Por favoooooooooooorrrr....
Depois desse dia, minha amiga Nata que me desculpe, mas bromazepam foi fundamental.
Na semana da festa fui duas vezes no play do ex-ape da Marelisa: uma com o cara do buffet e outra pra deixar o cheque das mesas e cadeiras e pra avisar que estas iriam chegar durante a sexta. Tudo lindo maravilhoso.
Sexta feira de manhã me liga a moça das mesas e cadeiras me dizendo que o porteiro do prédio não tem "ciência" da festa e não vai deixar ninguem subir. Como assim Bial??? Não tem "ciência" da festa??? E do meu cheque??? Será que ele também não tem "ciência"?? Tive que ligar prá lá, falar com o porteiro "dono do prédio", na outra linha a moça das mesas e cadeiras dizendo que o caminhão ia embora e no fixo o meu chefe fazendo a reunião dele de toda sexta, obviamente em mute. Tudo resolvido, tudo lindo maravilhoso.
No sabado resolvi passar lá por volta das 14 hr pra levar logo as lembrancinhas. A decoração estava uma coisa!!! Linda!! O tema era dos dinossauros (eu particularmente não podia mais digerir uma festa da liga da justiça, power rangers...) e tinham 4 dinos imensos, dois deles mediam mais que 2 metros...foram içados! Pois é, mas faltava alguma coisa....cade o cara do buffet? Fui ligar prá ele:
- Oi sr. André cade o buffet?
- Dona Patrícia o problema é que meu pneu furou aqui na linha amarela e estou um pouco atrasado...
- Sei, mas vc já tá chegando? - eu sempre com esse meu otimismo exacerbado
- Não, dona Patrícia, eu não to chegando, eu estou trocando o pneu do carro, vou demorar mais uma hora prá chegar aí...
Pronto. O stress veio a tona. Caramba, como vou fazer uma festa pra 150 pessoas sem comida e bebida!!! Fui prá casa, arrumei todo mundo e voltei pro local da festa por que já ia dar 17 hrs. Chegamos juntos: eu, as crianças, o buffet e o primeiro convidado. ( a gente põe no convite 17 hrs prá começar a festa, não é pra chegar as 19 hrs, mas também não é pra chegar as 16:30!).
Eu ainda tava vivendo esse stress do buffet, subindo a cozinha a gas, montando o bar, gelando as cervejas, quando alguem me perguntou: você não disse que ia ter cama elástica? Caraca!!! Cadê o cara da cama elástica??? Liguei prá ele:
- Oi dona Patrícia, o meu carro ferveu aqui na Lagoa mas ja to chegando...
Gente, na boa, há muito tempo que eu não vejo ninguem falar que o carro ferveu...
A cama elástica chegou lá pelas 18 hrs. Pedi uma cerveja. Ainda tava gelando. Ah é verdade.
Enfim, são coisas que só eu mesmo prá contar, por que quem tava de fora não percebeu. O rei e o anjo adoraram! Ficaram muito felizes com tudo, com muitos amigos presentes, papai, mamae (infelizmente vovô e vovó não foram).
Fomos prá casa as 10 e ficamos abrindo os presentes até uma da manhã. Eu tentei evitar ao máximo essa última etapa do dia, mas fui convencida por um raciocíneo muito lógico:
- Mãe a gente vai abrir só os brinquedos, as roupas podem ficar prá manhã, tá? Por favoooooooooooorrrr....
Depois desse dia, minha amiga Nata que me desculpe, mas bromazepam foi fundamental.
Mianar - ou seja lá como se escreve...
Genten!!!! Fiquei super contente com os pedidos de novos textos no blog...Adorei...Realmente fiquei alguns dias sem escrever até conseguir me recuperar da festinha das crianças, a qual obviamente vai render uma estoria a parte, e depois não pude contar muito com as facilidades do mundo informático, me deixando sem acesso a rede fora da base...enfim...estou de volta e muito curiosa prá saber se antes desta tomada militar de repercussão mundial e toda essa celeuma da ONU, alguém já tinha ouvido falar num país chamado Mianar??? Que deixe registro.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Dr.Abby - parte II
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Dr. Abby
Eu adoro assistir ER, aquele seriado na trigésima temporada que mostra o dia a dia de médicos em um hospital público de Chicago. Adoro por muitas razões, provavelmente a principal delas é por que devo ter a medicina no meu DNA. Mas existem outras, ver o trabalho duro dos médicos, as longas jornadas lidando com a vida humana, os erros e os incríveis acertos, e principalmente as relações humanas que norteiam as estórias. Simplesmente adoro isso.
Obviamente como todo hospital, nem todas as estórias terminam bem, muitas terminam com morte, sequelas graves, as vezes em adultos e as vezes em crianças, e também é óbvio que eu não gosto de ver essas cenas mas o grande lance é ver como as pessoas reagem a estas situações, ainda que seja um show de televisão. O ponto não é nem a reação àquela situação específica (doenças, acidentes) mas como você pode assimilar o que é dito com a sua própria vida.
Exemplo do dia (reprise) e que eu já disse prá frendy no blog dela.
Uma família (mae e dois filhos) sofrem um acidente de carro. O pai chega no hospital desesperado e é informado que a mae morreu, um filho está sendo operado e o outro está fora de perigo. Logo depois o filho que está sendo operado morre. Ele então fala pra Dra. Abby:
- Quero morrer também...não vou conseguir...
- Você não pode, agora mesmo tem um excelente motivo para querer viver, seu filho precisa de vc, mais do que ninguém...
- Então me diz como você faria se hoje descobrisse que pro resto da vida metade de sua família nunca mais estará com você...
E ela disse:
- Muitas vezes a vida muda, sem que a gente realmente queira que ela mude. Mas ela muda. E o que temos que fazer é ter a coragem prá mudar com ela, nenhum outro caminho temos chance de ser feliz.
Falou e disse Dr. Abby.
Obs.1: Dr. Abby é uma das razões pelas quais assisto ER
Obs.2: Dr. Kovac é uma das "boas" razões pelas quais assisto ER, aquele croata de 1 metro e 90, cabelo preto liso, literalmente a personificação do Deus Grego, casado com quem??? Dr. Abby, obvio...
Obviamente como todo hospital, nem todas as estórias terminam bem, muitas terminam com morte, sequelas graves, as vezes em adultos e as vezes em crianças, e também é óbvio que eu não gosto de ver essas cenas mas o grande lance é ver como as pessoas reagem a estas situações, ainda que seja um show de televisão. O ponto não é nem a reação àquela situação específica (doenças, acidentes) mas como você pode assimilar o que é dito com a sua própria vida.
Exemplo do dia (reprise) e que eu já disse prá frendy no blog dela.
Uma família (mae e dois filhos) sofrem um acidente de carro. O pai chega no hospital desesperado e é informado que a mae morreu, um filho está sendo operado e o outro está fora de perigo. Logo depois o filho que está sendo operado morre. Ele então fala pra Dra. Abby:
- Quero morrer também...não vou conseguir...
- Você não pode, agora mesmo tem um excelente motivo para querer viver, seu filho precisa de vc, mais do que ninguém...
- Então me diz como você faria se hoje descobrisse que pro resto da vida metade de sua família nunca mais estará com você...
E ela disse:
- Muitas vezes a vida muda, sem que a gente realmente queira que ela mude. Mas ela muda. E o que temos que fazer é ter a coragem prá mudar com ela, nenhum outro caminho temos chance de ser feliz.
Falou e disse Dr. Abby.
Obs.1: Dr. Abby é uma das razões pelas quais assisto ER
Obs.2: Dr. Kovac é uma das "boas" razões pelas quais assisto ER, aquele croata de 1 metro e 90, cabelo preto liso, literalmente a personificação do Deus Grego, casado com quem??? Dr. Abby, obvio...
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Toma lá dá cá
Essa semana é a última da novela das 8, Paraíso Tropical. Eu não vejo novelas há anos, muitos anos mesmo, nem me lembro qual foi a última novela que eu acompanhei. Mas eu lembro muito bem (e meu amigo Augusto não me deixa esquecer jamais) que eu gravava novela para não perder um capítulo. É gente, é a mais pura verdade, eu gravava novela. Principalmente quando eu trabalhava na finada auditoria, chegava tarde, gravava todas, a das 6, 7, 8 e se desse na fita gravava a minissérie das 10...
Mas eu venci o vício. Na verdade, não sei se venci ou meus filhos nasceram, e o canal aqui em casa passou a ser o 45.
Hoje a noite, sozinha em casa, resolvi assistir o capítulo dessa novela. A cena era um casal tomando café da manha. A atriz não sei o nome e o ator era o Daniel Dantas.
- Ai amor tô só imaginando a gente tomando altos cafés da manhã na Itália, Espanha durante 15 dias...são cafés muito especiais, maravilhosos blábláblá - dizia ela
- É - dizia ele, sem nem olhar na cara dela, sem coragem de dizer o que até eu que nunca vi a novela já sabia.
- Que houve amor? Vc tá tão calado? Ontem quando vc ficou de dar a resposta sobre a viagem e não falou nada, eu entendi que vc tinha topado... - disse ela
Observação desta que vos escreve: por que as mulheres sempre acham que quando os homens ficam mudos, eles concordam com a gente? Esse ditado não se aplica a relação homem-mulher. Segue a cena...
- Pois é, eu pensei bem e agora não é o momento de me ausentar do trabalho e... - disse ele sendo prontamente interrompido por ela...
- Então ao invés de 15 dias a gente passa 10, que tal? - disse ela, já iniciando aquela tentativa desesperada de manter o sonho vivo...
- Não, não dá... - disse o insensível
- Então uma semana? - disse ela, já partindo pra humilhação
- Olha, não vale a pena, gastar todo esse dinheiro pra passar uma semana! - disse ele acabando de vez com qualquer esperança dela.
É impressionante como os homens de forma geral são insensíveis a esse desejo das mulheres de ficar junto, independente do tempo, do dinheiro, da relação custo-benefício...por mais que o homem queira, queira, queira, ele nunca vai querer como a mulher, passar por todos os obstáculos, viver a aventura, o momento, a paixão...why? why? why?
Graças a Deus hoje é terça feira, logo veio o Toma lá dá cá prá dar boas risadas e amanhã eu não vejo essa novela nem que me paguem!
Mas eu venci o vício. Na verdade, não sei se venci ou meus filhos nasceram, e o canal aqui em casa passou a ser o 45.
Hoje a noite, sozinha em casa, resolvi assistir o capítulo dessa novela. A cena era um casal tomando café da manha. A atriz não sei o nome e o ator era o Daniel Dantas.
- Ai amor tô só imaginando a gente tomando altos cafés da manhã na Itália, Espanha durante 15 dias...são cafés muito especiais, maravilhosos blábláblá - dizia ela
- É - dizia ele, sem nem olhar na cara dela, sem coragem de dizer o que até eu que nunca vi a novela já sabia.
- Que houve amor? Vc tá tão calado? Ontem quando vc ficou de dar a resposta sobre a viagem e não falou nada, eu entendi que vc tinha topado... - disse ela
Observação desta que vos escreve: por que as mulheres sempre acham que quando os homens ficam mudos, eles concordam com a gente? Esse ditado não se aplica a relação homem-mulher. Segue a cena...
- Pois é, eu pensei bem e agora não é o momento de me ausentar do trabalho e... - disse ele sendo prontamente interrompido por ela...
- Então ao invés de 15 dias a gente passa 10, que tal? - disse ela, já iniciando aquela tentativa desesperada de manter o sonho vivo...
- Não, não dá... - disse o insensível
- Então uma semana? - disse ela, já partindo pra humilhação
- Olha, não vale a pena, gastar todo esse dinheiro pra passar uma semana! - disse ele acabando de vez com qualquer esperança dela.
É impressionante como os homens de forma geral são insensíveis a esse desejo das mulheres de ficar junto, independente do tempo, do dinheiro, da relação custo-benefício...por mais que o homem queira, queira, queira, ele nunca vai querer como a mulher, passar por todos os obstáculos, viver a aventura, o momento, a paixão...why? why? why?
Graças a Deus hoje é terça feira, logo veio o Toma lá dá cá prá dar boas risadas e amanhã eu não vejo essa novela nem que me paguem!
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
BIBA
Foi outro que fez aniversario esses dias, mas esse aí já ganhou um lindo escrito no ano passado (o qual juro estou tentando postar aqui em vão)...
Biba é marido da Cris que trabalha comigo há uns 17 anos. O grande lance com Biba é que ele não fica na categoria "marido da minha amiga", ele fica na categoria "amigo". Ele é assim, muito amigo, muito direto. Na sexta fomos almoçar juntos. Ele não me via há algum tempo, olhou pra mim e disse: "o que tá errado com vc é isso e isso e isso...mas essa é a minha opinião". E aquilo fica na cabeça da gente batendo, batendo...poucas vezes ele esteve errado, e acho que dessa vez também não estava.
A Erika que é amiga do casal, e adorou o meu escrito sobre ele (alguns odiaram mas como diz a música...To nem aí, to nem aí...) me disse o seguinte:" Biba é meu amigo. Ele não fala que vai fazer, não me liga todo dia, não diz que faz e acontece. Mas quando eu preciso, ele tá lá, ele faz por mim o que muitos que falam não fazem."
Sempre que lembro disso me emociono, por que ele realmente é assim, amigo de verdade.
Biba é marido da Cris que trabalha comigo há uns 17 anos. O grande lance com Biba é que ele não fica na categoria "marido da minha amiga", ele fica na categoria "amigo". Ele é assim, muito amigo, muito direto. Na sexta fomos almoçar juntos. Ele não me via há algum tempo, olhou pra mim e disse: "o que tá errado com vc é isso e isso e isso...mas essa é a minha opinião". E aquilo fica na cabeça da gente batendo, batendo...poucas vezes ele esteve errado, e acho que dessa vez também não estava.
A Erika que é amiga do casal, e adorou o meu escrito sobre ele (alguns odiaram mas como diz a música...To nem aí, to nem aí...) me disse o seguinte:" Biba é meu amigo. Ele não fala que vai fazer, não me liga todo dia, não diz que faz e acontece. Mas quando eu preciso, ele tá lá, ele faz por mim o que muitos que falam não fazem."
Sempre que lembro disso me emociono, por que ele realmente é assim, amigo de verdade.
Happy birthday to you
happy birthday to you
happy birthday dear Celi
happy birthday to you
Celi é minha terceira irmã mais velha (bom, não vamos começar novamente com este esclarecimento de irmã mais velha) que faz anos hoje. Era só um post de aniversário mesmo.
happy birthday dear Celi
happy birthday to you
Celi é minha terceira irmã mais velha (bom, não vamos começar novamente com este esclarecimento de irmã mais velha) que faz anos hoje. Era só um post de aniversário mesmo.
Quem não gosta de samba...
...bom sujeito não é...ou é ruim da cabeça ou doente do pé...
Samba do amado Paulinho, ouvido neste domingo, caminhando na praia
Ah coração teu engano foi esperar por um bem
de um coração leviano que nunca será de ninguém
Ah coração leviano não sabe o que fez do meu
Ah coração leviano não sabe o que fez do meu
Samba do amado Paulinho, ouvido neste domingo, caminhando na praia
Ah coração teu engano foi esperar por um bem
de um coração leviano que nunca será de ninguém
Ah coração leviano não sabe o que fez do meu
Ah coração leviano não sabe o que fez do meu
Feedback
Estou devendo algumas estórias no meu blog destes meus últimos dias... como diz a frendy, o meu blog é uma coisa assim meio "memórias - nonsense - meu querido diário...". E é mesmo. Não chega a ser um livro aberto por que convenhamos não é o caso. Mas tem uma coisa que eu to PRECISANDO botar pra fora...
Ontem eu fui a missa. Tenho frequentemente ido a missa aos domingos ou aos sábados, dependendo da disponibilidade das crianças. As vezes assisto toda a missa, sigo todo o ritual. As vezes não, fico um pouquinho, falo, converso, agradeço (depois que eu li o Segredo, eu agradeço tudo, tudo, tudo, seja bom ou ruim, tem que agradecer sempre). Ontem foi um dia que assisti toda a missa. Assisti em pé por que a igreja estava lotada. Mas agradeci por poder ficar em pé todo aquele tempo.
Já no finalzinho, o padre fez os avisos paroquiais (como diria Ernesto, que vcs já sabem quem é, paroquiales) e eu fiquei ali prestando atenção, embora não participe das atividades da igreja, realmente este não está dentre os meus principais objetivos. Mas fiquei prestando atenção.
De repente, o choque. O padre falou do grupo das quartas feiras que está desenvolvendo um novo trabalho junto aos carentes, e disse que era muito importante que todos que estivessem participando dessem o seu...FEEDBACK!!!!!
Gente, talvez eu tenha me afastado um bom tempo da igreja, talvez uns 20 anos, mas eu jamais poderia imaginar que eu estivesse numa missa e que o padre pedisse um FEEDBACK!!! Isso é o final dos tempos, nem na igreja a gente consegue ficar tranquila, tem que ter alguem pra pedir feedback, feedback...Além do mais, quantas pessoas na igreja sabem o que quer dizer Feedback. Muitos com certeza nem sabem o que isso quer dizer, é o corporativismo cristão.
Eu quase fui lá falar com o padre, mas metade da igreja sempre vai falar com o padre, e a outra metade sai da igreja ao mesmo tempo, ou seja, não houve como chegar até ele.
Mas fica aqui o meu protesto.
Ontem eu fui a missa. Tenho frequentemente ido a missa aos domingos ou aos sábados, dependendo da disponibilidade das crianças. As vezes assisto toda a missa, sigo todo o ritual. As vezes não, fico um pouquinho, falo, converso, agradeço (depois que eu li o Segredo, eu agradeço tudo, tudo, tudo, seja bom ou ruim, tem que agradecer sempre). Ontem foi um dia que assisti toda a missa. Assisti em pé por que a igreja estava lotada. Mas agradeci por poder ficar em pé todo aquele tempo.
Já no finalzinho, o padre fez os avisos paroquiais (como diria Ernesto, que vcs já sabem quem é, paroquiales) e eu fiquei ali prestando atenção, embora não participe das atividades da igreja, realmente este não está dentre os meus principais objetivos. Mas fiquei prestando atenção.
De repente, o choque. O padre falou do grupo das quartas feiras que está desenvolvendo um novo trabalho junto aos carentes, e disse que era muito importante que todos que estivessem participando dessem o seu...FEEDBACK!!!!!
Gente, talvez eu tenha me afastado um bom tempo da igreja, talvez uns 20 anos, mas eu jamais poderia imaginar que eu estivesse numa missa e que o padre pedisse um FEEDBACK!!! Isso é o final dos tempos, nem na igreja a gente consegue ficar tranquila, tem que ter alguem pra pedir feedback, feedback...Além do mais, quantas pessoas na igreja sabem o que quer dizer Feedback. Muitos com certeza nem sabem o que isso quer dizer, é o corporativismo cristão.
Eu quase fui lá falar com o padre, mas metade da igreja sempre vai falar com o padre, e a outra metade sai da igreja ao mesmo tempo, ou seja, não houve como chegar até ele.
Mas fica aqui o meu protesto.
sábado, 22 de setembro de 2007
Carioca da gema
Hoje é aniversário do Luís, ele trabalha comigo, somos pares na empresa. Neste exato momento estou na dúvida se ele está fazendo 33 ou 34 anos, mas não importa a idade, o fato é que ele é mais novo que eu.
Resolvi falar dele hoje e já até avisei a ele que estória ia contar aqui.
Eu conheci o Luís em fevereiro ou março de 2003 em São Paulo. Eu estava grávida de 2 meses do meu segundo filho e ainda morava no Rio. Ele morava em Brasília e ainda não havia casado. Sentamos em lados opostos da mesa: eu, comprando, e ele, vendendo. Embora fossem umas 30 pessoas na sala, eu perguntava e ele respondia, invariavelmente alguém mais abria a boca, mas nada que acrescentasse...eu pensava "será que só esse pirralho sabe falar" e ele pensava a mesma coisa em relação a "pirralha" aqui (sei disso pq ele contou essa estoria esse ano na minha despedida de SP).
Aos poucos fomos nos conhecendo melhor. Era muito bom trabalhar com Luís até que ele não gostasse de alguma coisa, ou alguma coisa estivesse errada, ou ou ou...ele explodia. Era uma coisa de doido. Gritava com todo mundo, chamava as pessoas de incompetente (uns eram mesmo, mas é sempre complicado chamar alguem assim). Os cabelos eram a melhor forma de saber o humor da criatura: se estivessem pro alto, melhor falar outro dia.
Ele casou no Rio numa época que eu já morava em SP, mas vim pro casamento. Antes dos noivos entrarem no salão, rolou aquele filmezinho que mostra o casal desde as fraldas até os dias de hoje. Normalmente estes filmes são um xarope e todo mundo reza pra chegar ao final. Mas esse do Luís foi muito diferente. As fotos tinham muita emoção, foram muito bem escolhidas. Uma foto me chamou muita atenção, nunca esqueci: ele com uns 6 ou 7 anos (talvez menos) deitado em cima da barriga do pai dele, e os dois rindo, felizes. Quando acabou o filme eu (e toda a galera do casamento) olhou pra cima e lá estava aquele zé brigão se acabando de chorar. Na hora eu pensei...esse cara tem solução!
Ao longo desses anos conversamos muitas vezes sobre esse destempero, como melhorar, como ser uma pessoa melhor...
Hoje eu acho que deu certo esse tratamento que eu tenho certeza teve uma boa influência minha. A constatação deste fato veio numa estória que se deu semana passada comparada com outra há 1 ano atrás...
Estávamos numa reunião da nossa VP. Era uma sexta feira por volta das 9 da manha. A Idalina, nossa diretora portuguesa, estava simplesmente aos prantos. Em anos de convivência jamais vi ela chorar daquela forma. Copiosamente chorava. Tinha brigado com o marido, não sei, não dava prá entender, ela chorava, chorava...só dava pra entender que ela falava que não conseguia parar de chorar, mas isso dava prá ver, ela nem precisava dizer. Enfim, a reunião começou, e ela sentou entre eu e Luís, como de costume. Ernesto percebeu a situação mas quis dar andamento a reunião até para que ela não se sentisse pior. Eu levantei algumas vezes e dei água com açucar para ela, e o Fernando (que simplesmente não tinha uma boa relação com ela) também levantou algumas vezes para lhe dar papel para que ela enxugasse os olhos, em algum momento até levantou-se para servi-lhe chá. Lá pelas tantas acabou a reunião, ela foi pra sala dela, e os demais foram almoçar. Obviamente comentamos isso no almoço e qual não foi a surpresa de todos quando Luís disse que sequer havia notado que ela estava chorando, quanto mais todo esse movimento de senta-levanta dentro da sala. Aquilo foi um espanto até para o próprio Luís! Ela estava do lado dele, braço com braço, ela passou quase 2 horas fazendo snif snif e ele não percebeu!
One year later...
O mundo corporativo não é um mundo fácil. Não é previsível. É intenso. É um cabo de guerra, ás vezes vc puxa mais e as vezes é puxado. Em algum dia na semana passada eu estava mais sendo puxada do que puxando. Luís entrou no MSN pra me perguntar alguma coisa qualquer, eu respondi mal. Ele percebeu. Perguntou o que houve. Eu estourei o campo do MSN escrevendo tudo o que houve (acreditem não foi pouca coisa). Ele não respondeu no MSN, pegou o telefone e me ligou e segue o nosso diálogo:
- que houve? - ele perguntou
- eu não quero falar...se eu começar a falar eu vou choraaaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrr...buáaaaaaaaaaaaaaaa..... - eu disse
Nesse momento ficamos ali naqueles 15-20 segundos que a pessoa começa a chorar mesmo e a outra não sabe o que diz. Mas isso só durou esse tempo aí.
- VOCÊ QUER PARAR COM ISSO??? DEIXA DE SER RIDÍCULA, VAI FICAR CHORANDO, LEVANTA CABEÇA (aqui só faltou o "minha filha"), AS COISAS SÃO ASSIM MESMO, PARA COM ISSO...
E assim ele seguiu falando até que eu me acalmei diante de tamanho esporro. Mas foi bom, uma chacoalhada na hora certa.
Gente, vai dizer que ele não melhorou?
Bom essa mensagem era pra ter seguido no dia 22, mas esse dia não foi um dia bom para postar e há muito o Luís merecia um bom escrito meu.
Resolvi falar dele hoje e já até avisei a ele que estória ia contar aqui.
Eu conheci o Luís em fevereiro ou março de 2003 em São Paulo. Eu estava grávida de 2 meses do meu segundo filho e ainda morava no Rio. Ele morava em Brasília e ainda não havia casado. Sentamos em lados opostos da mesa: eu, comprando, e ele, vendendo. Embora fossem umas 30 pessoas na sala, eu perguntava e ele respondia, invariavelmente alguém mais abria a boca, mas nada que acrescentasse...eu pensava "será que só esse pirralho sabe falar" e ele pensava a mesma coisa em relação a "pirralha" aqui (sei disso pq ele contou essa estoria esse ano na minha despedida de SP).
Aos poucos fomos nos conhecendo melhor. Era muito bom trabalhar com Luís até que ele não gostasse de alguma coisa, ou alguma coisa estivesse errada, ou ou ou...ele explodia. Era uma coisa de doido. Gritava com todo mundo, chamava as pessoas de incompetente (uns eram mesmo, mas é sempre complicado chamar alguem assim). Os cabelos eram a melhor forma de saber o humor da criatura: se estivessem pro alto, melhor falar outro dia.
Ele casou no Rio numa época que eu já morava em SP, mas vim pro casamento. Antes dos noivos entrarem no salão, rolou aquele filmezinho que mostra o casal desde as fraldas até os dias de hoje. Normalmente estes filmes são um xarope e todo mundo reza pra chegar ao final. Mas esse do Luís foi muito diferente. As fotos tinham muita emoção, foram muito bem escolhidas. Uma foto me chamou muita atenção, nunca esqueci: ele com uns 6 ou 7 anos (talvez menos) deitado em cima da barriga do pai dele, e os dois rindo, felizes. Quando acabou o filme eu (e toda a galera do casamento) olhou pra cima e lá estava aquele zé brigão se acabando de chorar. Na hora eu pensei...esse cara tem solução!
Ao longo desses anos conversamos muitas vezes sobre esse destempero, como melhorar, como ser uma pessoa melhor...
Hoje eu acho que deu certo esse tratamento que eu tenho certeza teve uma boa influência minha. A constatação deste fato veio numa estória que se deu semana passada comparada com outra há 1 ano atrás...
Estávamos numa reunião da nossa VP. Era uma sexta feira por volta das 9 da manha. A Idalina, nossa diretora portuguesa, estava simplesmente aos prantos. Em anos de convivência jamais vi ela chorar daquela forma. Copiosamente chorava. Tinha brigado com o marido, não sei, não dava prá entender, ela chorava, chorava...só dava pra entender que ela falava que não conseguia parar de chorar, mas isso dava prá ver, ela nem precisava dizer. Enfim, a reunião começou, e ela sentou entre eu e Luís, como de costume. Ernesto percebeu a situação mas quis dar andamento a reunião até para que ela não se sentisse pior. Eu levantei algumas vezes e dei água com açucar para ela, e o Fernando (que simplesmente não tinha uma boa relação com ela) também levantou algumas vezes para lhe dar papel para que ela enxugasse os olhos, em algum momento até levantou-se para servi-lhe chá. Lá pelas tantas acabou a reunião, ela foi pra sala dela, e os demais foram almoçar. Obviamente comentamos isso no almoço e qual não foi a surpresa de todos quando Luís disse que sequer havia notado que ela estava chorando, quanto mais todo esse movimento de senta-levanta dentro da sala. Aquilo foi um espanto até para o próprio Luís! Ela estava do lado dele, braço com braço, ela passou quase 2 horas fazendo snif snif e ele não percebeu!
One year later...
O mundo corporativo não é um mundo fácil. Não é previsível. É intenso. É um cabo de guerra, ás vezes vc puxa mais e as vezes é puxado. Em algum dia na semana passada eu estava mais sendo puxada do que puxando. Luís entrou no MSN pra me perguntar alguma coisa qualquer, eu respondi mal. Ele percebeu. Perguntou o que houve. Eu estourei o campo do MSN escrevendo tudo o que houve (acreditem não foi pouca coisa). Ele não respondeu no MSN, pegou o telefone e me ligou e segue o nosso diálogo:
- que houve? - ele perguntou
- eu não quero falar...se eu começar a falar eu vou choraaaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrr...buáaaaaaaaaaaaaaaa..... - eu disse
Nesse momento ficamos ali naqueles 15-20 segundos que a pessoa começa a chorar mesmo e a outra não sabe o que diz. Mas isso só durou esse tempo aí.
- VOCÊ QUER PARAR COM ISSO??? DEIXA DE SER RIDÍCULA, VAI FICAR CHORANDO, LEVANTA CABEÇA (aqui só faltou o "minha filha"), AS COISAS SÃO ASSIM MESMO, PARA COM ISSO...
E assim ele seguiu falando até que eu me acalmei diante de tamanho esporro. Mas foi bom, uma chacoalhada na hora certa.
Gente, vai dizer que ele não melhorou?
Bom essa mensagem era pra ter seguido no dia 22, mas esse dia não foi um dia bom para postar e há muito o Luís merecia um bom escrito meu.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
As belezas de Ernesto
Prá quem não sabe, Ernesto é meu chefe. Ele não é só meu chefe, ele é argentino descendente de italiano e vice-presidente da empresa que trabalho desde 2005. Antes disso Ernesto só conhecia o Brasil por turismo. O objetivo deste breve resumé é esclarecer que a nossa comunicação com ele é em português, e a dele com a gente, em portunhol com sotaque italiano, principalmente quando ele está zangado e fala: "Gente! To cansado, basta..."
Em novembro do ano passado, quando eu ainda respondia pela minha antiga área, tínhamos um projeto de terceirizar as atividades. Convidamos uma empresa especializada neste tipo de serviço para vir em nossa companhia conhecer as nossas necessidades.
No dia da reunião estavam eu, Cris (que é a diretoria que assumiria futuramente a minha função) e Ernesto, pelo lado da nossa companhia, e pelo lado do fornecedor, veio o presidente e o diretor comercial. O Presidente desta empresa tinha trabalhado comigo e com Cris no passado, mas isso não era exatamente algo que nos desse qualquer nível de intimidade. A reunião começou, um tema complexo, envolve a vida das pessoas, alteração de processos, enfim...Lá pelas tantas, Ernesto tinha outra reunião, levantou da mesa e falou para o presidente da empresa:
- Bom, eu tengo una otra reuniaun, mas você fica com as minhas belezas e...
Ernesto não completou a frase por que ele percebeu que os quatro na sala arregalaram os olhos...
- Gente que foi? Falei alguna bestera?
Graças a Deus a Cris tem essa espontaneidade da baianidade nagô (A Cris é baiana mesmo, com direito a expressões que necessitam de tradução simultânea: caruara, zignal, fubento...) e falou:
- Ernesto da onde vc tirou que nós somos suas belezas??? que isso??
Nós ficamos ali rindo, ele ficou meio sem graça, e os outros dois não sabiam se riam ou se choravam de rir...Ele saiu e logo a reunião terminou.
Nós fomos falar com ele:
- Ernesto, que maluquice é essa de chamar a gente de belezas? Ainda mais na frente destas pessoas?
- Gente, eu sempre vejo vocês falando com os outros diretores "vamos fazer assim e tal" e eles respondem "beleza"...eu achava estranho mas cultura é cultura, agora já falei e vocês mais Idalina (que era a outra diretora mulher da VP) vão ser as minhas belezas e pronto!
E assim foi.
Somos as belezas de Ernesto. Taí a foto dele com a gente na despedida da beleza Idalina que voltou em junho para terrinha trás-dos-montes!!!
Em novembro do ano passado, quando eu ainda respondia pela minha antiga área, tínhamos um projeto de terceirizar as atividades. Convidamos uma empresa especializada neste tipo de serviço para vir em nossa companhia conhecer as nossas necessidades.
No dia da reunião estavam eu, Cris (que é a diretoria que assumiria futuramente a minha função) e Ernesto, pelo lado da nossa companhia, e pelo lado do fornecedor, veio o presidente e o diretor comercial. O Presidente desta empresa tinha trabalhado comigo e com Cris no passado, mas isso não era exatamente algo que nos desse qualquer nível de intimidade. A reunião começou, um tema complexo, envolve a vida das pessoas, alteração de processos, enfim...Lá pelas tantas, Ernesto tinha outra reunião, levantou da mesa e falou para o presidente da empresa:
- Bom, eu tengo una otra reuniaun, mas você fica com as minhas belezas e...
Ernesto não completou a frase por que ele percebeu que os quatro na sala arregalaram os olhos...
- Gente que foi? Falei alguna bestera?
Graças a Deus a Cris tem essa espontaneidade da baianidade nagô (A Cris é baiana mesmo, com direito a expressões que necessitam de tradução simultânea: caruara, zignal, fubento...) e falou:
- Ernesto da onde vc tirou que nós somos suas belezas??? que isso??
Nós ficamos ali rindo, ele ficou meio sem graça, e os outros dois não sabiam se riam ou se choravam de rir...Ele saiu e logo a reunião terminou.
Nós fomos falar com ele:
- Ernesto, que maluquice é essa de chamar a gente de belezas? Ainda mais na frente destas pessoas?
- Gente, eu sempre vejo vocês falando com os outros diretores "vamos fazer assim e tal" e eles respondem "beleza"...eu achava estranho mas cultura é cultura, agora já falei e vocês mais Idalina (que era a outra diretora mulher da VP) vão ser as minhas belezas e pronto!
E assim foi.
Somos as belezas de Ernesto. Taí a foto dele com a gente na despedida da beleza Idalina que voltou em junho para terrinha trás-dos-montes!!!
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Friends Forever
Hoje fui almoçar com a minha amiga Herika. Prá quem não sabe como fala é Êrika. É russo. Eu acho.
A Herika é minha amiga da faculdade, da primeira que fiz, em 1988 (Caraca!!! Será que é isso mesmo???Não pode ser...). Ela é amiga daquelas que posso ficar meses, anos, sem falar, e de repente ir almoçar e parecer que nos falamos todos os dias, tal é a sintonia e a verdade na nossa amizade. Não é a toa que a primeira filha dela nasceu no mesmo dia que o meu primeiro filho.
Tenho outra amiga assim que é a Annie. Hoje em dia ela não mora no Brasil e volta e meia nos falamos pelo MSN. Estamos sempre com muitas saudades, falamos dos filhos, dos amores, da família, da vida...é tão gostoso ter amigos assim, pra sempre...
Se eu terminasse esse post assim teria, a partir de hoje, menos duas amigas, não vou dizer os nomes mas posso dar dicas...uma não é brasileira e outra é a mimha irma gêmea "frendy". Não posso viver sem essas duas...bjs pras friends forever
A Herika é minha amiga da faculdade, da primeira que fiz, em 1988 (Caraca!!! Será que é isso mesmo???Não pode ser...). Ela é amiga daquelas que posso ficar meses, anos, sem falar, e de repente ir almoçar e parecer que nos falamos todos os dias, tal é a sintonia e a verdade na nossa amizade. Não é a toa que a primeira filha dela nasceu no mesmo dia que o meu primeiro filho.
Tenho outra amiga assim que é a Annie. Hoje em dia ela não mora no Brasil e volta e meia nos falamos pelo MSN. Estamos sempre com muitas saudades, falamos dos filhos, dos amores, da família, da vida...é tão gostoso ter amigos assim, pra sempre...
Se eu terminasse esse post assim teria, a partir de hoje, menos duas amigas, não vou dizer os nomes mas posso dar dicas...uma não é brasileira e outra é a mimha irma gêmea "frendy". Não posso viver sem essas duas...bjs pras friends forever
MARELISA
Para aqueles que não sabem, o nome da minha irmã "mais velha de todas" ou minha primeira irmã, o que não é muito correto dizer pois quando eu nasci todas já haviam nascido, então não houve primeira, eu é que fui a terceira irmã de todas ao mesmo tempo...enfim, o nome da minha irmã mais velha é Maria Elisa, e como falamos muito rápido, acabou ficando Marelisa.
No dia 17 de setembro foi aniversario da Marelisa e também foi o dia que resolvi com muita determinação iniciar o meu blog (que hoje já mudou de nome e passou a se chamar Mamma Mia, como diria Galvão Bueno, agora em definitivo).
Eu e Marelisa temos 11 anos de diferença. Por conta disso não tenho muitos registros dela na minha infância, ela deve obviamente ter muito mais de mim...como por exemplo o dia em que eu nasci, que foi na noite que antecedeu o jogo mais esperado daquela Copa do Mundo de 1970, Brasil e Inglaterra, esta que era na ocasião a atual campeã do mundo. O Brasil ganhou de 1 a zero e o papai estava tão feliz, por mim e pelo jogo, que deixou ela falar vários "Puta que pariu" durante a comemoração. Eu sempre gostei dessa estória. Mas não é a única. Eu lembro também que ela tinha uma estória que contava para todo mundo que nós, irmãs dela, éramos todas adotivas. Ela era a única filha do papai e da mamãe de verdade. E as pessoas perguntavam: "ah é?? São adotivas do orfanato??" e ela dizia "Nãoooo, a Patrícia por exemplo, a minha mãe ouviu um choro perto da lata do lixo na rua e quando foi ver era um bebezinho enrolado...". A melhor era a estória da minha segunda irmã, que Marelisa dizia que a mamae tinha ido na feira comprar repolho e quando chegou em casa tinha um bebe dentro do embrulho. Essa era ótima.
Durante muito tempo houve essa distância pela diferença de idade. Mas os anos foram passando e eu não sei como e quando essa diferença diminuiu, diminuiu tanto que as vezes parece que eu é que sou onze anos mais velha que ela...no dia do aniversario ela mandou um email dizendo que ia comemorar numa roda de samba na praça mauá, perto do morro da conceição, onde saía o bloco dos escravos...isso é a cara da Marelisa...ela na roda de samba, tocando o pandeiro e sambando...ah uma coisa muito importante: na nossa familia somente eu e ela sabemos sambar.
Pra minha irmazinha querida, feliz aniversario e tudo de bom, te amo Patty
No dia 17 de setembro foi aniversario da Marelisa e também foi o dia que resolvi com muita determinação iniciar o meu blog (que hoje já mudou de nome e passou a se chamar Mamma Mia, como diria Galvão Bueno, agora em definitivo).
Eu e Marelisa temos 11 anos de diferença. Por conta disso não tenho muitos registros dela na minha infância, ela deve obviamente ter muito mais de mim...como por exemplo o dia em que eu nasci, que foi na noite que antecedeu o jogo mais esperado daquela Copa do Mundo de 1970, Brasil e Inglaterra, esta que era na ocasião a atual campeã do mundo. O Brasil ganhou de 1 a zero e o papai estava tão feliz, por mim e pelo jogo, que deixou ela falar vários "Puta que pariu" durante a comemoração. Eu sempre gostei dessa estória. Mas não é a única. Eu lembro também que ela tinha uma estória que contava para todo mundo que nós, irmãs dela, éramos todas adotivas. Ela era a única filha do papai e da mamãe de verdade. E as pessoas perguntavam: "ah é?? São adotivas do orfanato??" e ela dizia "Nãoooo, a Patrícia por exemplo, a minha mãe ouviu um choro perto da lata do lixo na rua e quando foi ver era um bebezinho enrolado...". A melhor era a estória da minha segunda irmã, que Marelisa dizia que a mamae tinha ido na feira comprar repolho e quando chegou em casa tinha um bebe dentro do embrulho. Essa era ótima.
Durante muito tempo houve essa distância pela diferença de idade. Mas os anos foram passando e eu não sei como e quando essa diferença diminuiu, diminuiu tanto que as vezes parece que eu é que sou onze anos mais velha que ela...no dia do aniversario ela mandou um email dizendo que ia comemorar numa roda de samba na praça mauá, perto do morro da conceição, onde saía o bloco dos escravos...isso é a cara da Marelisa...ela na roda de samba, tocando o pandeiro e sambando...ah uma coisa muito importante: na nossa familia somente eu e ela sabemos sambar.
Pra minha irmazinha querida, feliz aniversario e tudo de bom, te amo Patty
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Manual dos filhos de pais separados
Passagem acontecida há algumas semanas atrás, a noite no meu quarto, eu e meu anjo na cama e ele olha pra mim e diz:
- Mãe, deixa eu te falar uma coisa...
- O que filho?- eu respondo muito interessada neste inicio de diálogo
- Quando tem babá, o papai sai
Quando não tem babá, ele não sai
Hoje...(anjo aqui pára, pensa com os olhinhos buscando o raciocíneo) ele vai sair, por que não
tem nem a gente lá!!!
- Mãe, deixa eu te falar uma coisa...
- O que filho?- eu respondo muito interessada neste inicio de diálogo
- Quando tem babá, o papai sai
Quando não tem babá, ele não sai
Hoje...(anjo aqui pára, pensa com os olhinhos buscando o raciocíneo) ele vai sair, por que não
tem nem a gente lá!!!
Livro da Sorte
O dia 29 de agosto deste ano caiu numa quarta feira com todas as caracteristicas possíveis de inverno...muita chuva, muito frio...eu acordei com o gosto amargo da ressaca da noite anterior em que numa ligação telefonica de pouco mais de 20 minutos ouvi palavras tão duras e tão secas, que por um momento naquela manha eu pensei: será que eu sonhei ou será que eu vivi?? Não importa, a vida segue...continuando com o dia 29 de agosto, peguei um vôo super tranquilo pra Sampa pra ter uma reuniao com meu chefe querido e depois ir pra Campinas...ganhei uma super carona até Campinas, com direito a muitas paradas em postos de gasolina pra pedir informação. Lá em Campinas fica um dos call centers da empresa que trabalho e lá ia eu viver a experiência (única) de ser operadora por um dia, tipo aqueles quadros transformação da Xuxa...VALEU!!! Fiquei fã dos operadores, to pensando em me filiar no sindicato, eles dão duro, vestem a camisa mesmo!!! Entre uma ligação e outra rolou um coffee-break, fui na salinha do lado e quando voltei tava rolando na mao de todo mundo o livro da sorte...nome sugestivo...já ouvi logo "olha você tem que fazer uma pergunta e então girar o livro 7 vezes na sua direção, abra numa página e pronto, você vai ter a resposta". Como toda pessoa, principalmente as mulheres, desesperadas para se agarrarem a alguma nova crença, peguei aquele livro, olhei pra ele com fé, e perguntei olhando no olho dele (eu encarei aquilo como uma pessoa, um sábio) e perguntei algo que obviamente não vou escrever aqui (até por que ninguem me disse se é igual desejo de estrela cadente que a gente nao pode contar se não não acontece...), girei 7 vezes com muita determinação e abri...eis o que estava escrito:
Alguém, muito egoísta, escondeu uma verdade
Novos ventos vem chegando
Coisa boa e novidade
Abri um sorriso, passei o livro pra outro e fui atender meus clientes muita certa que alguem lá em cima gosta muuuuuuuuuuuuito de mim!!!
Alguém, muito egoísta, escondeu uma verdade
Novos ventos vem chegando
Coisa boa e novidade
Abri um sorriso, passei o livro pra outro e fui atender meus clientes muita certa que alguem lá em cima gosta muuuuuuuuuuuuito de mim!!!
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