terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Uma banana no meio do caminho

Esquadrão bananense
Final de semana após o Natal fomos pra Búzios. Toda vez que a gente vai prá Buzios em família, já é sabido que vai rolar um barraco. Eu acho isso muito chato, mas família é isso mesmo, barraco atrás de barraco. Com certeza em todas as famílias do mundo rolam barracos, mas a gente sempre acha que na nossa é pior. O mais engraçado, se é que isso é engraçado, que normalmente os barracos acontecem no inicio da viagem e não no final. Se fosse no final a gente podia dizer que a culpa era da convivência mas nem é, por que não dá nem tempo de conviver! O climão se instala no primeiro dia e mais pro final já começa a vir um clima de, vamos dizer, faixa de gaza, sabe como é, ninguém invade o espaço por que se não leva tiro!
No dia do barraco eu fiquei na praia me lembrando do Augusto contando pro meu ex esse ano que a minha familia era meio doida mesmo, que tinha uma irma que um dia chegou chorando muito na praia lá em Buzios mesmo, e que ele, Augusto, ficou super preocupado pra saber o que tinha acontecido, mas que logo ele percebeu que nem eu, nem meu pai, nem minha mae, que também estavam na praia, estavam preocupados. Ele foi dar atenção a ela e ela disse a ele que tinha perdido a filha, que não sabia onde ela tava, e chorava, chorava. E ele mesmo disse: mas a sua filha não é aquela ali? Papo de maluco, eu já to super acostumada, e hoje em dia eu conto essas histórias pra frendy e ela morre de rir, e pior, tem sempre uma do lado de lá pra contar também.
No domingo o climão já estava passando e resolvemos ir na banana. Há muitos anos atrás, eu não tinha nem filhos ainda, fomos todos na banana, inclusive papai. Quando a banana virou, fomos todos pro mar. O problema foi subir de novo na banana lá no meio do mar. Não havia meios do papai subir, duas empurravam por baixo e duas puxavam em cima, ele se acabava de rir, a gente também ria, até que o cara da lancha resolveu vir e puxá-lo. Dessa vez papai não foi obviamente, mas fomos eu, Celi e as crianças todas. Na última queda, eu bati a minha cara na cabeça do anjo, resultado, vou romper o ano com um roxo no rosto. Mas valeu a pena! Lavou a alma com água do fundo do mar!

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