terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Uma banana no meio do caminho

Esquadrão bananense
Final de semana após o Natal fomos pra Búzios. Toda vez que a gente vai prá Buzios em família, já é sabido que vai rolar um barraco. Eu acho isso muito chato, mas família é isso mesmo, barraco atrás de barraco. Com certeza em todas as famílias do mundo rolam barracos, mas a gente sempre acha que na nossa é pior. O mais engraçado, se é que isso é engraçado, que normalmente os barracos acontecem no inicio da viagem e não no final. Se fosse no final a gente podia dizer que a culpa era da convivência mas nem é, por que não dá nem tempo de conviver! O climão se instala no primeiro dia e mais pro final já começa a vir um clima de, vamos dizer, faixa de gaza, sabe como é, ninguém invade o espaço por que se não leva tiro!
No dia do barraco eu fiquei na praia me lembrando do Augusto contando pro meu ex esse ano que a minha familia era meio doida mesmo, que tinha uma irma que um dia chegou chorando muito na praia lá em Buzios mesmo, e que ele, Augusto, ficou super preocupado pra saber o que tinha acontecido, mas que logo ele percebeu que nem eu, nem meu pai, nem minha mae, que também estavam na praia, estavam preocupados. Ele foi dar atenção a ela e ela disse a ele que tinha perdido a filha, que não sabia onde ela tava, e chorava, chorava. E ele mesmo disse: mas a sua filha não é aquela ali? Papo de maluco, eu já to super acostumada, e hoje em dia eu conto essas histórias pra frendy e ela morre de rir, e pior, tem sempre uma do lado de lá pra contar também.
No domingo o climão já estava passando e resolvemos ir na banana. Há muitos anos atrás, eu não tinha nem filhos ainda, fomos todos na banana, inclusive papai. Quando a banana virou, fomos todos pro mar. O problema foi subir de novo na banana lá no meio do mar. Não havia meios do papai subir, duas empurravam por baixo e duas puxavam em cima, ele se acabava de rir, a gente também ria, até que o cara da lancha resolveu vir e puxá-lo. Dessa vez papai não foi obviamente, mas fomos eu, Celi e as crianças todas. Na última queda, eu bati a minha cara na cabeça do anjo, resultado, vou romper o ano com um roxo no rosto. Mas valeu a pena! Lavou a alma com água do fundo do mar!

...and so this is christmas!

Onde está a baleia?
Aqui em casa no Natal com Alexandre, Manu e JP na barriga dela.
GD, eu, Sirufo e Audrey na festa do DPAV
Eu e meu time na festa do Rio
JM, Cris e eu na festa do Rio
Mães no Chico e Alaide
Novamente é Natal! E esse ano haja comemoração! Foi jantar aqui, jantar em SP, festa aqui, chopada de mães no Chico e Alaíde (que virou prosecada) e amanhã o penúltimo evento do ano que será jantar com Riba, Nata e Mascoutinho. Esse aí só acredito vendo. Vamos ver. Depois a noite de ano novo e...2010!!! Oba, oba, oba!!! Um ano novo, novos ares, novos bebês (da Flávia e da Manu) até os problemas são novos, pelo menos são outros, não é mesmo? Vou tentar postar uma foto de cada evento natalino, o de sampa já postei no pretinho básico.
O Natal aqui em casa é sempre uma data polêmica. Há alguns anos já faço o natal aqui em casa, pelo menos desde que voltei de São Paulo. Minhas irmãs vem e dependendo da saúde do papai, ele vem com a mamãe. Esse ano ele veio, ficou um pouquinho e depois foi embora. Valeu.
Os meninos ficam muito excitados, eles praticamente não se aguentam em ver os presentes na árvore sem poder abrí-los. Na tarde antes do Natal fui tomar banho e quando voltei eles estavam arrumando os presentes fazendo os montinhos de cada um - "prá ficar mais fácil mãe na hora de dar!". Filho anjo ainda acredita piamente no papai Noel. Já filho rei diz que não acredita, mas sei que ele tem dúvidas no final das contas. Eu sou uma pessoa que tenho orgulho de deixar tudo prá última hora. Adoro a adrenalina de ter que comprar vários presentes em pouco tempo, de não achar, depois achar...qual a graça de chegar no dia 24 e não ter nem um presentinho pra comprar?? Coisa sem graça...Enfim, esse ano me esforcei e comprei vários brinquedinhos na Big Apple. Achei que para eles não precisaria comprar mais. Até que na semana passada filho rei, o que acredita mas não sabe, pediu para fazer a cartinha do papai Noel. Filho anjo que ainda não escreve, também pediu. Nem preciso comentar que o que eles pediram não tinha nada a ver com o que eu tinha comprado. Ou seja, lá fui eu me aventurar em comprar novos brinquedos há uma semana do Natal.
Pedi a Natalia pra comprar um dos presentes do anjo, já que é afilhado dela, mas não deu certo. Começei a me preocupar quando ela falou que não tinha em lugar nenhum. Cheguei a pensar que ela não sabia o que era, mas logo vi que não era isso, não tinha mesmo o raio do jogo da baleia que espirra água em nenhuma loja do Rio. E olha que lá na Barra tem é lojinha de brinquedo. Fui em todas e nada. Entrei na internet e dei um busca geral: produto esgotado sem previsão. Cheguei em casa nesse dia e começei a preparar o anjo: "filho olha essa baleia eu acho que não tem mais prá vender". A resposta dele foi: "mãe mas esse brinquedo eu pedi pro papai Noel, não foi prá você. O papai Noel não compra, ele traz lá do Polo Norte no saco". Desnecessário comentar o desespero que se abateu sobre a minha pessoa.
Na terça antes do Natal fiz uma viagem pra SP. Fui no shopping que tem 3 mega lojas e também nada. A reunião que fui era em São Caetano. Estacionamos o carro e até chegar na empresa, tinha uma rua cheia de lojinhas, fui em todas...nada. Me deixaram direto em Congonhas, fui pegar meu check in e no meio do caminho tinha uma lojinha bem pequenininha. A vantagem de ser brasileiro é que a gente não desiste nunca! Perguntei já no descrédito e qual não foi a minha surpresa quando a resposta foi que SIM, NÓS TEMOS A BALEIA!!! A vontade que eu tive foi de pular e gritar na loja que nem no hexacampeonato. Mas me contive. Vim feliz da vida embora prá casa.
Outra boa história desse Natal foi a minha aventura na cozinha. Resolvi que eu faria um dos pratos. Aos poucos tenho me esforçado pra desenvolver esse lado, é difícil, mas eu tento ( já disse que eu sou brasileira né). Como Marelisa não come carne nem frango (pessoa fácil), resolvi fazer o salmão que comi na casa da frendy outro dia. Liguei pra ela e pedi a receita. Tão bonitinho ela falando prá mim "o segredo desse prato é embrulhar o salmão no papel laminado prá ele não ressecar". Parecia aquele papo de cotinha, deu até prá imaginar as duas com pano de prato amarrado na cintura e cabelo preso com lenço. Só tenho a dizer que meu salmão ficou uma delícia!! Todos comeram!! O pobre do chester nem foi tocado. Filho rei adorou, só não gostou muito quando alguém falou...Ih sua mãe agora já pode casar! A cara dele fechou.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Pretinho básico


Esse aqui não é um post. É a constatação que não há mesmo nada melhor e mais prático no mundo do que um pretinho básico...

Antonio veio ao Brasil


Depois de quase 6 anos que não o via, Antonio veio ao Brasil. Não veio de férias nem a trabalho. O que lhe trouxe aqui foi um motivo bastante desagradável, mas como temos que ver o lado positivo de tudo na vida, digamos que esse foi o fato de termos conseguido nos encontrar nos poucos dias em que estiveram aqui (ele e Asunción). Na quinta feira era festa da companhia, a qual não podia deixar de ir. Fui, apareci, tirei algumas fotos prá posteridade (é assim que se escreve?) e depois fui correndo encontrar com eles no lobby do hotel. Ficamos conversando por muitas horas, engraçado que depois de tantos anos ainda mantemos a mesma sintonia, principalmente nas piadas. Antonio continua mal humorado, como reclama, mas no final sempre dá aquele sorrizinho maroto. Foi ótimo ver os dois, quem sabe da próxima nos encontramos em Madrid.

E no meio do casamento, o hexacampeonato

Aqui já tinha tomado banho... Como diria Luciano Huck, "loucura, loucura, loucura"! Inacreditável que o Flamengo foi hexacampeão quando eu estava na Bahia. Aliás, eu devo ter sido baiana em algum momento da minha vida, muitas coisas boas me acontecem na Bahia, ou a partir dela. Quando eu marquei a viagem para Bahia, o Flamengo estava indo ladeira abaixo na tabela, tinha perdido pro Avaí, ou seja, esperança zero de estar entre os que poderiam ganhar o título.
Não é a primeira vez que eu estou fora no meu entorno esportivo em um grande jogo. A final da copa do mundo de 94 era no dia de uma viagem prá Chicago. Se o jogo tivesse terminado no tempo normal, teria conseguido ver tudo. Mas como foi pra prorrogação e penaltis não deu. Peguei meu táxi (ninguém se habilitou em me levar) e fui pro Galeão. Vi as cobranças numa micro tv e quando terminou estava abraçada com o pessoal da limpeza. Cheguei no dia seguinte em Chicago vestindo a camisa do Brasil, entrei na limo e tinha o Chicago Tribune com o seguinte destaque: "Worst World Cup Ever". Nunca esqueci. Criticavam o fato do jogo ter sido zero a zero e ter terminado em penalti. Gente ignorante. Xáprálá.
Continuando...por conta dessa história, algo me dizia que o Flamengo ia ser campeão, melhor, hexacampeão. Fui prá Bahia com minha bandeira e minha camisa brand new. 15 minutos antes do jogo, a nossa comida ainda não havia chegado no restaurante. Eu pedi licença às meninas e fui pro meu quarto ver o jogo. Alguém falou: vamos ver juntos? Não. Esse tipo de jogo eu prefiro ver sozinha. Cheguei em cima da hora, não deu tempo de tomar banho, pelo menos meu biquini era vermelho e preto. Me enrolei na bandeira que nem um sushi de alga e fiquei ali sofrendo.
Não vou relatar aqui o sofrimento todo, mas alguns momentos foram marcantes. No intervalo achei que esse negócio de sushi não tava dando certo, tomei banho rapidinho e vesti minha camisa, deixei a bandeira de sarongui. No segundo tempo quando estava empatado o jogo, Cris mandou uma mensagem dizendo que ela e Biba estavam torcendo pelo Flamengo. E eu respondi um palavrão (que eu não vou publicar aqui mas o sentido foi dizer que estava difícil...). Aí ela respondeu de novo: Biba está dizendo prá vc ter paciência, vai virar. Rapaz, deu 5 minutos e o Argelin marcou. Inacreditável! Ela ligou mas eu gritava tanto que nem ouvi o que ela disse. Logo depois chegou Fabi no quarto, o jogo não tinha terminado, fiquei com receio dela ser pé frio, mandei ela tomar logo banho. Ela ficou andando prá lá e prá cá...não entrava no banheiro. Eu tive que pedi: Fabi pelo amor de Deus entra nesse banheiro! Ela olhou prá mim e disse: Credo! Você tá esquisita, tô com medo de você, vou tomar banho.
Acabou o jogo e foi a coisa mais linda ver aquele Maracanã todo rubro-negro. Eu pulava de uma cama prá outra, gritava, chorava. Flávia ligou e enquanto falava comigo sobre o jogo, o irmão dela ligou de Curitiba prá dizer que a mãe dela estava no estádio vendo o jogo do Fluminense. Caraca Flávia tá a maior quebradeira lá no estádio! Ela muito calmamente me disse: pois esse é o ponto, peraí que eu vou ter que entender bem o que tá acontecendo.
Agora me diga você que é rubro-negro: havia alguma condição de não levar o manto sagrado ao casamento??? Não né. Os noivos adoraram!
Fiquei feliz pois tudo saiu bem pros cariocas, tendo sido o Mengão o grande campeão do ano. Muito triste foi ver algumas imagens do Leblon. Quando cheguei em casa na segunda a noite, filho rei me disse que tinha todos os tipos de flamenguistas na rua, tinha "até flamenguista morto". Chato né? A festa poderia ter sido só de alegria.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A micareta de casamento de Ariane e Rômulo

A despedida na feijoada A felicidade de Rômulo em ser hexacampeão! a emoção do casal Ari e RômuloAqui com Ernesto e Maria Eugeniaeu logo depois de jogar as flores no marAri e eu no luau Eli, eu e Ale no tuk tuk indo pro luau aqui Ernesto e Cris levantando na hora que chegamos no restaurante do Gomes Eli, eu, Sr Gerson e Fabi chegando na Praia do Forte Gente antes de mais nada quero avisar que esse é um longo post. Até por que como o próprio nome já diz, tenho que contar aqui todos os dias dessa micareta de casamento. Portanto se vocês não estão com paciência, não leiam. Passem aqui outra hora, mas não deixem de ler. São ótimas histórias.
Prá alguns que não conhecem, Ariane trabalha comigo há alguns anos. Ela é baiana, já morou em POA, em Sampa e sua última estada foi Madrid (mais uma glamourosa prá minha relação). Rômulo é espanhol, morava em Madrid, e o cupido que flechou os dois pelo jeito também tava morando por lá nessa época, assim tudo ficou mais fácil. Ari me disse uma das coisas que mais me marcou após a minha separação. Eu tava namorando ex-eleito já há algum tempo e disse a ela que embora eu gostasse dele, não era apaixonada, apaixonada, daquele jeito de perder o chão. Ela me olhou e disse: Patty isso não vai mais acontecer, a gente já tá numa idade que não perde mais o chão, não faz loucura (favor não confundir loucura com sexo selvagem), a gente vai gostar de outra pessoa, mas paixão não vai mais existir. Ari também era separada como eu e da mesma idade. Eu fiquei tão perplexa com essas palavras, afinal havia um certo sentido mesmo, e de repente achei que eu ainda vivia no mundo de Alice quase aos 40 anos. Ufa! Que bom que eu estava errada! Não por mim por que infelizmente não estou apaixonada por ninguém, mas por Ari que encontrou em Rômulo o grande amor de sua vida. E que amor!
Agora que já fiz um resumé de Ari e Rômulo, vamos dar inícios aos trabalhos, digo, as histórias da micareta de casamento. Micareta por que como baiano e espanhol são festeiros, o casamento durou exatos 3 dias, festa em todos eles. No blog do casamento (isso mesmo, eles fizeram um blog) Ari fazia menção às festas ibizencas, mas isso era pros espanhóis entenderem. Na verdade mesmo ela tinha que ter explicado que as micaretas nasceram na Bahia. Mas tudo bem, dessa parte nós nos encarregamos ao longo do casamento.
Esse casamento exigiu grandes preparações. Prá começar foi todo realizado na Praia do Forte, Bahia. As festas foram divididas em 3 dias da seguinte forma: luau as 6 da tarde em casa na praia mais linda do Forte (todo mundo de branco), boda com padre no jardim da pousada seguida de festa (e que festa!) e feijoada na piscina no último dia. Portanto foi necessário reserva antecipada de vôos, pousada, roupas para todos os dias etc. Um parentesis aqui que Fabi vai me matar, mas todo mundo já soube e agora preciso escrever...lá pelos idos de setembro quando começamos a falar de reservas, falei com Fabi prá dividirmos o quarto da pousada e essa comédia em forma de gente me disse que não ia dividir por que tinha certeza que estaria namorando na época do casamento. Como muitos aqui sabem, em setembro eu passei por aquele processo "extreme makeover", portanto se tinha uma coisa que eu tinha certeza é que não estaria com ninguém na época do casamento. Falei com Ari e acabei acertando tudo com Ale para dividirmos o quarto. Algum tempo depois Fabi ligou e disse que áquela altura (novembro) tinha mais esperanças de encontrar alguém no casamento do que antes dele. Aí foi uma confusão, transforma o quarto em triplo, depois Eliana resolveu ir, muda tudo prá dois duplos, fizemos tantas mudanças que eu considero um milagre não termos tido qualquer problema na pousada. Fecha parêntesis.
Não tinham 24 horas que eu havia chegado de NY, e já estava a caminho de Salvador. No aeroporto mesmo tiramos as primeiras fotos. Um motorista, Sr. Gerson, nos levou até a pousada. Coitado, ouviu tanta besteira, mas tanta besteira, que resolvemos tirar uma foto com esse santo. Tá postada aqui.
Assim que chegamos fomos prá praia encontrar o povo que já se encontrava lá. Vou postar uma foto muito legal aqui, no momento que chegamos ao restaurante do Gomes, dentro do projeto TAMAR, Cris e Ernesto levantando prá falar com a gente, ficou super legal! Comemos muito e obviamente bebemos bastante, até que alguém falou assim, gente vamos embora que já está quase na hora do luau, não vamos esquecer que estamos aqui no paraíso por conta do casamento.
Para o luau utilizamos um meio de transporte chino-baiano chamado tuk tuk, tambem vou postar fotos. No nosso tuk tuk Ale resolveu ajudar o menino e pedalar junto. No início foi toda empolgação. De repente bateu um vento e o vestido dela puft! foi lá em cima, ela falou pro menino, "moço não dá prá ficar pelada aqui no tuk tuk, né, eu tentei mas o senhor vai ter que pedalar sozinho".
Desnecessário comentar que o luau estava lindo!! Baianas fazendo acarajé, cocadas, um buffet maravilhoso, muita música sem axé por que embora estivéssemos na Bahia, Rômulo não curte. As vezes tocavam músicas espanholas, as vezes brasileiras. E os grupinhos se revezavam na pista conforme a nacionalidade. Todos de branco, andamos até o mar e lançamos as rosas brancas, voltamos prá casa, mais um pouquinho de dança e tuk tuk de volta pra pousada. Tinha um festival de jazz na praia do forte com Carlinhos Brown, os espanhóis foram, mas nós não tínhamos força e fomos todos mimi.
Dia seguinte, sol escaldante. Aquele café da manhã baiano com direito a tapioca. Eu tenho convicção que se morasse no Nordeste teria alguns quilos a mais. E fomos todos rumo a praia. Que delícia aquele mar quente, água limpa, cadeira com barraca, muito camarão, cerveja, fotos, estávamos ali sem dúvida alguma pelo casamento, mas aquilo foi um balsamo pra correria dos últimos tempos. Teve um pessoal que foi embora e aí chegaram os espanhóis que ficaram nossos amigos, eram 2 Fernandos e um Oscar, mas a essa altura a gente chamava todo mundo de Fernando prá ter mais chance de acerto. A Ida (que também trabalhou com a gente e nos últimos anos trabalhava em Madrid) conhecia bem eles e começaram uma conversa sobre alguém que não conhecíamos. Eles se referiam à pessoa com um nome em espanhol que não entendemos e aí perguntei o que era, a Ida respondeu: " é a mesma coisa que galinha". E aí começou um tal de contar história de um, de outro, a gente entendia metade, eles também, mas era tanta cerveja que mesmo que falássemos o mesmo idioma seria difícil capturar toda a informação. Um dos Fernandos me perguntou: como se chama o cara que fica com uma mulher aqui outra ali e não resolve com quem quer ficar? E eu com muita cerveja e muito convicta respondi prontamente sem pestanejar: filho da puta. Não precisou de tradução, ele entendeu muito bem.
Saímos da praia e fomos almoçar antes da preparação para boda. Eles almoçaram e eu fui direto pro meu quartinho assistir ao jogo do meu hexacampeão mengão, o qual não vou contar aqui, fica prá outro post, prá não misturarmos os temas. Vamos pular direto pra boda.
Há muito tempo não via tanta emoção num casamento. E pelo fato da história de Ari, os comentários dela e tudo que ela pensava sobre o amor, não poderia ser diferente. Os dois no altar de mãos dadas, olho no olho, jurando com tanta intensidade, tantas lágrimas, não deu prá segurar a emoção, ainda bem que eu tinha levado meu bandeirão do flamengo e pude enxugá-las. Perguntei à Rômulo se ele tinha time no Brasil, ele titubeou, falou do São Paulo, e antes que ele pensasse em algo mais, tirei uma foto nossa com a bandeira e disse a ele: agora você já tem time e pode provar!
No meio do casamento, um dos Fernandos, o qual Biba passou a chamar de pele vermelha (ele ficou bem queimado na praia) me surpreendeu como poucos. Foi ao centro da pista de dança, pediu o microfone, e ali na frente de tanta gente conhecida e desconhecida, falando em espanhol, falou de como Rômulo era seu grande amigo, como sentirá a sua falta, como ele estava ali naquela hora olhando para o casal e vendo uma única pessoa. Gente, que homem! Sem brincadeira, que atitude. Tão difícil pessoas com atitude, ainda mais em público, fiquei encantada! (acho que eu to meio sem referencia ultimamente).
Dançamos muito até quase 3 horas da manhã. A brasileirada acabada debandou. Eu e as meninas estávamos indo embora quando ninguém mais, ninguém menos que Fernando Pele Vermelha fez sua abordagem: Patrícia hombre no podeis ir a dormir, tenemos que bailar por toda la noche hasta que sea claro afinal Flamengo és el campeón! Eu olhei prá Ale e ela não pensou duas vezes. Vamu ficá!! Fabi foi deitar na espreguiçadeira. Eu e Ale dançamos com os espanhóis (tinham uns 40) até quase 5 da manha! O DJ foi embora lá pelas 4 mas os espanhóis não desistiram, começaram a cantar no gogó e era muito hilário por que eu e Ale não sabiamos nenhuma música, mas cantavamos os refrões. Tinha uma que era muito fácil, ficava só no "que si, que no, que si, que no".
O duro de dormir as 5 da manhã de uma segunda feriado na Bahia é que Rio e São Paulo trabalham normalmente e uma hora mais tarde, ou seja, as 8 da Bahia eu já tava atendendo o celular, completamente zonza. A feijoada foi rápida, quase todos voltavam neste dia. Estava deliciosa.
Bom queridos que aguentaram ler até aqui, posso dizer que amei essa viagem, o casamento, ser testemunha do amor de Ari e Rômulo, festejar, rir, chorar, não tem como esquecer, nem quero, ao contrário, quero lembrar todos os dias que o amor chega quando a gente menos espera.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Big Apple




Mal cheguei da festa fantasia, deitei e aí já tive que levantar de novo. Foi um domingo bem agitado: faz mala, almoça na mamãe, jogo do Flamengo e Corinthians. Quando vi já tava na hora de ir pro aeroporto. Não vi o jogo. Achei melhor. Eu tava muito tensa. Entrei no avião e daqui a pouco sentou ao meu lado um cara de gênero discutível. Começou a conversar. A aeromoça veio falar comigo se eu poderia trocar de lugar com o "amigo" dele, que estava na primeira classe. ÓBVIO! E lá fui eu prá primeirona, que nem o Vascão (não deu prá perder a piada). A primeira vez na primeira a gente nunca esquece. Tem mesinha pra computador, as cadeiras são separadas. Eu vi que elas giravam. Fiquei tentando girar mas não consegui. Eu observava os outros prá ver como fazer, mas de um insucesso total. Eu tentava discretamente prá ninguém perceber, e numa dessas olhei pro lado por que tive a impressão que o cara ao lado estava me olhando e obviamente sacando toda aquela incompetência. O cara era um barbado, barbado mesmo. Simpático. Me deu até a impressão que eu já o conhecia de algum lugar. Na hora que o vôo chegou em São Paulo, o barbudo levou as pernas retinhas junto à cabeça, tipo yoga total. A aeromoça veio e entregou um violão prá ele e aí minha ficha caiu: ninguém menos que Sting viajou ao meu lado do Rio prá SP. Se o Raoni tivesse com ele teria sido mais fácil reconhecê-lo. Mas se o Raoni estava no vôo, não era na primeirona. Sabe como é esse povo né, vamos defender os índios, a Amazônia e o aquecimento global, mas na hora de pegar o avião vai cada um prá sua classe...
NY estava gelada. Não tinha neve e nem precisava. Horas prá chegar do aeroporto até o Hotel. Foram 3 dias de conferência, os primeiros 2 foram pelo UBS e o último pelo Goldman Sachs. Muitos investidores, aquela batida já relatada aqui anteriormente. Chefa se saiu muito bem. De vez em quando o baianês emendava o inglês, eu falei prá ela: vc tá falando "storage" ao invés de falar "story of". Mas quem conhece sabe o que ela disse né: não é isso não darling, é que eu falo rápido e aí sai storage...Raimar olhava prá mim e ria...o importante é que todo mundo entendia. Eu falei pouco como sempre, e falei menos ainda depois da merda (sorry mas não tenho como expressar de outra forma). Não vou poder contar aqui obviamente mas em resumo depois de Cris e Raimar dissertarem toda uma argumentação prá um tema, eu fui lá e com menos de 5 palavras dei a arma pro bandido, trocando em miúdos. Such is life já diria Ernesto.
Não nos sobrou muito tempo prá nada então aproveitamos prá comer bem. Fomos no Porter House daquele shopping perto da 60, em frente ao Central Park, jantamos com Biba e Gabriel lá. Fomos também almoçar num italiano ótimo ali na 50, Porceli. A noite fomos no Armani restaurant, super lindo e chique, mas a essa altura nós já estávamos acabados. Outro dia e aí fomos almoçar no Rosie O Gradys e jantar no Serafina (ou será Severina, agora já não sei). Enfim comemos super bem. Estávamos lá no dia da inauguração da árvore do Rockfeller Center. Acreditem a inauguração da nossa árvore na Lagoa é bem mais organizada. É um tal de fechar rua daqui dali, demos uma super volta prá chegar no hotel.
O difícil dessas viagens é que embora o fuso horário seja prá trás, o que é bem mais fácil prá acordar, as pessoas ligam prá você na hora normal que ligariam, ou seja, 5 horas da manhã de lá eu já tava no telefone. Difícil descansar. Mas foi ótimo, não fui prá lá prá descansar mesmo, fui prá ralar. Valeu, ready to go again!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Chapeuzinho Vermelho

Carla, eu, Maria e Liana
As aniversariantes e eu
Uma das coisas mais legais na vida dos nossos filhos é que eles fazem amigos, desde pequeno buscam aqueles que tem afinidade. Isso não tem uma interferência nossa. Nós, pais, até podemos tentar, direcionar prá aqueles que achamos "bons" para os nossos filhos (é isso mesmo, nós pais somos bastante preconceituosos), por exemplo, os meninos são muito amigos do JP, filho da frendy. Poderiam não ser, mas são. Tanto eles como JP são capazes de abrir mão de passeios com outros amigos do dia a dia, prá ficarem juntos. Eles fazem amigos e naturalmente nós, pais, nos vemos implicados a conhecer e conviver com os pais dos amigos dos nossos filhos, com os quais nós também desenvolvemos ou não alguma afinidade. Não sei ao certo por que, mas com os pais da turma do filho rei tenho uma super hiper afinidade, algo que já não acontece com a turma do filho anjo, por mais que eu me esforce. Por conta dessa afinidade, hoje tenho pessoas queridas que fazem parte do meu circulo de amizades. Essa bela introdução foi pra contar que no final de semana retrasado três mães resolveram dar uma super festa a fantasia para comemorarem os aniversários delas, sem direito a levar criança.
A festa foi numa casa lá no alto da gávea. Alto mesmo, entre a escola americana e a Rocinha. A casa é um espetáculo! Piscinão, entrada da sala toda em pedra, escadaria de madeira, fora a superprodução, com direito a carrocinha da Genial e sacolão do biscoito Globo. Dois dias antes da festa, começou a minha jornada em busca de uma fantasia. Eu não vou com muita frequência em festas a fantasia. Pra falar a verdade, essa deve ter sido a primeira da década, ou seja, frequência baixíssima. Importante comentar que isso hoje é uma indústria. Lojas e mais lojas de aluguel de fantasia, cada uma mais original que a outra. Precisava de uma urgente, então fui ali perto da empresa mesmo e carreguei comigo Ariadne, a fofa que trabalha comigo que tem um alto astral maior que o Cristo Redentor. Na loja uma tarefa difícil: 1500 fantasias e uma hora de almoço pra matar o ponto. A vendedora (com um mau hálito dos diabos diga-se de passagem) foi me fazendo perguntas tipo prá traçar o meu perfil (atenção sem piadinhas aqui viu??): vai sozinha? Quer ficar sozinha? Vai dançar? Tem vergonha? e por aí vai...depois do meu perfil traçado, ela me trouxe 5 fantasias: Branca "putenga" de neve, espanhola (morrendo de calor no Rio de Janeiro), pirata, dançarina de can-can e chapeuzinho vermelho. Experimentei todas e a mais fofa foi chapeuzinho vermelho! Uma graça, vou postar aqui a foto prá vocês verem que eu não tô mentindo. E depois essa fantasia já facilitava a vida, concordam?
No sábado fui prá festa de táxi. O motorista quando me viu já achou graça, obviamente eu tive que explicar que era uma festa fantasia e que aquilo não fazia parte do meu guarda-roupa tradicional. A festa estava um luxo!! Melhores fantasias: uma branca de neve decente, digna de tomar conta de 7 anões, e não de querer dá prá eles todos ao mesmo tempo (caso da fantasia no parágrafo anterior), Príncipe Jedi e Princesa Léia, porteiro, e o meu chapeuzinho vermelho, claro. Tinham outros chapeuzinhos lá, mas o meu era o mais original. Encontrei com um amigo da época do Sacre Couer, Waltinho Oaquim, que foi muito bem fantasiado de árabe. Ele disse que de toda a minha produção o que estava mais original era o sapato. Logo o sapato que é meu, não tem nada a ver com a fantasia...vai entender né?
Foi uma noite de muita dança, muito prosecco. To até animada pra fazer isso nos meus 40 anos, agora mais próximos do que nunca.

Estou convencida que...

...nunca antes na história desse blog eu fiquei tanto tempo sem escrever, tendo muuuuita coisa prá contar! Eu adoro quando os amigos falam que eu não atualizo mais o meu blog, que não escrevo as histórias tragi-cômicas, enfim, adoro quando me lembram que esse pedacinho da web é especial não só para mim. Bom meus queridos preparem-se para os próximos posts, vou contar aqui a saga dos últimos 15 dias, nos quais essa aqui que vos escreve viveu seus dias de glamour (finalmente), rodou Nova York-Praia do Forte - São Paulo em menos de 10 dias, tornou-se hexacampeã brasileira e algumas outras conquistas que talvez não possa entrar em detalhes, vocês entendem...Guenta Coração!!!