terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Novas Pérolas Infantis

Diálogo entre os irmãos ontem a noite aqui em Búzios
- Você já comeu?
- Não, não vou comer agora.
- Mas a mamãe falou pra você comer agora
- Mas eu não quero comer
- Ah tudo bem, se você não comer agora, pode comer lá no restaurante da tia Celina
- Não, eu não posso comer lá por que eu NÃO TENHO CARTÃO DE CRÉDITO, ENTENDEU???

Tá entendido.

Eu mereço

Eu já sabia que aquela quinta feira não seria fácil, a começar pela discussão sem pé nem cabeça que tivemos entre 1h e 3h da manhã, depois de ambos chegarem de baladas distintas...Na quarta eu tinha acordado as 6h para vir para SP ter 3 reuniões, ou seja, as 3 hrs da manhã de quinta já não tinha condições psico-físicas para nada...As 7 hrs levantei para pegar o avião de volta ao Rio, marcado para as 9h, que acabou saindo quase 10 hrs...Já estava chegando no Stos Dumont, vi o finger e o gate muito próximos, o tempo estava claro mas nublado, quando de repente, o avião arremeteu!! Quase chegando em Saquarema o piloto explicou que o vento na cauda era superior a 0% e aí não arriscou...isso foi o que ele disse, o que, obviamente para qualquer um que não tenha nada a ver com ANAC, DAC, essas siglas da "moda", não entendeu nada. E sinceramente o que bem pareceu foi que o piloto "perdeu" o timing na descida e como a pista é curta não quis arriscar. Melhor não arriscar mesmo. Aquilo só me deu mais certeza que aquela quinta feira prometia...toda essa angústia girava em torno de uma reuniao marcada há duas semanas para aquela tarde. A reunião era com um agente do Rio cuja fama pelos palavrões, gritos, estórias baixas passam de gerações em gerações no poder...eu me recordava dele na época que ficava somente no Rio, mas naquela época o crescimento era devastador, sem grandes concorrências. Ele já havia pedido uma reunião comigo no meio do ano passado, mas como sabia desse por menor, declinei e deixei claro para a área comercial que não ia me reunir com ele pela única razão de não querer participar da baixaria. Afinal, eu sou da convicção que algumas coisas na vida a gente já não precisa passar.
Os comerciais, que não são fáceis, durante os últimos seis meses, falaram prá ele que eu era quase uma beata, usava saião até o tornozelo, camisa fechada, rabo de cavalo e me benzia cada vez que alguem falava "porra"...reunião comigo, só sem palavrão e baixaria. Ele concordou, disse até que assinaria um termo...bom essa era a reunião que me incomodava e que agora me pergunto se não foi essa energia canalizada que fez o avião arremeter.
A reunião começou e vimos logo que tínhamos um amigo em comum. Pessoa simpática, bem vestido, queimadão de praia. Começamos as discussões, algo em torno de uma milha. Argumenta dali, argumenta daqui, quero receber, não vou pagar. Umas duas horas de reunião e realmente o sujeito não soltou nem "porra", acho que ele realmente acreditou nessa estória. E de repente (de novo neste dia) não foi o avião dessa vez mas o sujeito que deu uma arremetida...o homem começou a chorar!!! É isso mesmo!!! Ele chorou de sair lágrimas grossas, dos dois olhos!! E nessa hora sim, ele soltou todos os palavrões que estavam entalados (a seguir um trechinho curto logo das primeiras palavras prá não sujar muito meu blog) - puta que pariu caralho cara trabalhei pra caralho, que nem filho da puta pra fazer essa merda e agora vocês tão nessa putaria comigo - gente, foi acho que uma das situações mais constrangedoras da minha vida, olhei pra todos que estavam ali, tinha mais 2 gerentes de divisão e 2 consultores além de outro diretor via audio, todos de cabeça baixa, aquele homem de quase 40 anos, chorando que nem um bebe, putz...bom, a bem da verdade, se eu tivesse um buraco de uma milha também ia entrar chorando em qualquer reunião. Depois de alguns minutos o cara pediu desculpas, se recompôs enxugando as lágrimas no guardanapo que tava embaixo do copo dagua. Eu pedi um chá prá ele. Continuamos a reunião mais algum tempo depois encerramos.
Aquilo me arrasou. As pessoas falaram que eram lágrimas de crocodilo, mas eu não acredito, não eram. Acho que era desespero mesmo. Desci pra garagem e me lembrei que estava sem carro, pois tinha vindo do aeroporto direto. Subi e peguei um taxi. O desgraçado do taxista era um ex funcionário do governo, ficou cerca de 40 minutos (tempo até minha casa) falando da situação dos assistencialistas, do ticket leite, do vale de R$100,00, da necessidade de comprovação da titularidade, se precisa ou não...eu fui o mais seca possível, as minhas respostas eram "é", "sim", "aham", as vezes invertia a ordem delas mas não saía disso. Fingi que o celular tocou, atendi, falei algumas coisas e desliguei e ele continuou a falar!!!
Eu juro que, passando pela Niemeyer, eu pensei, eu mereço isso? O que será que eu fiz para merecer um dia como esse?

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Nada mais normal do que ser maluco


Eu sou uma pessoa normal. Acredito no amor, no casamento. Acredito que uma das melhores coisas da vida, é viver ao lado de outra vida. Não consigo imaginar que uma pessoa se sinta feliz com muitas pessoas ao mesmo tempo, ou sem ninguém. Na minha cabeça as pessoas que se dizem felizes nestas condições, na verdade não vivem quem realmente são, e consequentemente vivem uma mentira. Como disse, eu sou uma pessoa normal, não uso drogas, no máximo um bromazepan de vez em quando para uma boa noite de sono. As grandes pequenas loucuras que fiz na vida foram todas, sem exceção, por amor. Sou uma romântica de carteirinha, adoro as ligações da hora do almoço pra falar da saudade, mandar beijos. Adoro esse sentimento que muitos repudiam que é ter o compromisso com alguem, ser de uma pessoa e uma pessoa ser sua.

Pois é, por que essa baboseira toda até agora? Então, por ser uma pessoa normal, eu também tenho meus podres (todo mundo tem, os normais tendem a ter menos que os anormais...eu acho). E tem um que me acompanha há uns quinze anos. Ele se chama Edmundo. É gente, é o Edmundo mesmo, animal, ex-palmeirense, ex-rubro negro, ex-futuro-vascaino...eu não sei qual é o carma que eu tenho com esta criatura, mas ele está sempre me rodeando...a primeira vez eu me lembro bem, foi numa boate no Rio logo depois dele ser campeao brasileiro pelo palmeiras. Eu já namorava o meu ex-marido, mas ele não quis nem saber e fez umas gracinhas que obviamente nos levaram a deixar rapidamente o local. Daí pra frente uma sucessão de encontros: shows, boates, restaurantes, uma vez no kart lá no recreio, ano passado sentamos lado a lado no avião do Rio para Sampa...e ontem. Trocamos vários emails no trabalho por conta de uma brincadeira com umas camisas do Vasco e num deles falavam do Edmundo voltando ao Vasco, e na hora eu pensei "pô nem sabia disso". Peguei meu carro e vim cedo prá casa...como diz meu filho..Né que quando eu entrei na praia de São Conrado, bati o olho naquele morenaço, de short azul, sem camisa...aquela testa dividida no meio por conta do acidente...era ele...Edmundo. A sensação que eu tenho quando encontro com ele, é que mesmo ele sendo tudo de ruim que uma pessoa pode ser, ter atitudes as quais nem merecem comentários, a nossa relação é cármica, carnal, transcende a razão e a sensibilidade...Em algum momento da vida nosso encontro vai acontecer, e eu morro de medo desse dia chegar e ter que assumir publicamente isso...

Enfim, nada mais normal do que ter as suas próprias maluquices.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Novas pérolas infantis

Mãe eu fui a praia hoje com o papai.
Você sabia que ele nada da "torre" dois irmãos até o "Equador"?

Para minha mãe

Na quinta a noite mamae chegou mais cedo em casa. Eu já havia ligado prá ela duas vezes por que estava sozinho com a Cida e queria que ela chegasse logo. Afinal, meu irmão tinha ido dormir na casa do nosso amigo JP, e eu não podia ir por que no dia seguinte ia cedo para o "hospital". Aqui em casa quem vai muito ao hospital (com certa frequencia) é o meu irmao. Eu fui uma vez quando ainda morava em SP, com papai e mamae, as tres horas da manha, naquilo que foi, digamos assim, o maior mico materno da face da terra. Mamae achava que eu havia batido e machucado a cabeça por que eu chorava a noite toda, botava a mão na cabeça, chorava mais ainda, mas na verdade o que eu tinha eram piolhos!
Sendo assim, como não me lembrava o que era "hospital", não estava preocupado. Mamãe chegou e fomos na Lojas Americanas comprar os meus personagens da Liga da justiça que estou colecionando. Fiquei na dúvida se eu levava o relogio do Ben10, ou buzzlightyear, ou woody, ou os bonecos do titaniun, mas mamãe disse que nosso objetivo eram os bonecos da liga e assim comprei o batman, super-homem e mulher maravilha. Fiquei muito feliz que nem precisei da sacolinha, carreguei na mão mesmo! Quando chegamos em casa mamãe foi fazer a nossa mala para o hospital, e eu achei que seria legal, assim como faz o meu irmão para a "colômbia", levar minha lancheira com uns biscoitos prá eu comer a tarde...A mamãe jantou e eu como sempre comi os tomates do prato dela, depois fomos dormir na cama dela, ficamos conversando e fazendo bagunça até que eu dormi não me lembro como.
Quando fui acordado muito contra a minha vontade, me dei conta que estava num lugar diferente, mas com meu pijama, mamãe já não estava de camisola, papai ao lado de um moço pequeno de roupa toda branca, ambos pedindo para eu beber um líquido azul gelado. Como estava com sono e vi todo mundo por ali, bebi e aquilo me deu um certo conforto para dormir mais um pouquinho. Dormi pensando que quando acordasse já não estaria mais ali.
Mas não foi isso que aconteceu. Quando acordei senti que um gato tinha arranhado a minha garganta, e ainda por cima tinha deixado seus pelos lá! Depois de reclamar muito consegui abrir os olhos e vi que além do papai, da mamãe, também estava vovó. Todos olhando pra mim. Olhei pra mim também. Eu estava com uma roupinha listradinha de verde e branco, ridícula, parecendo uma camisolinha de menina, toda aberta atrás. Todo mundo via o meu bumbum. Rapidamente tirei aquilo de mim e pedi, enfaticamente, o meu pijama, no que fui prontamente atendido. Neste momento reparei que alguma coisa apertava minha mão. Era uma "luvinha" com um alfinete enfiado. Tão rápido como com a camisola, tirei tudo de mim! As pessoas insistem em me colocar pulseirinha toda vez que vou a um parquinho, e eu insisto que não uso essas coisinhas de boiola! O problema é que o alfinete era uma agulha e depois que eu tirei a luvinha, foi necessário tirar a agulha também. Aí precisou de mais umas duas pessoas, além de papai e mamãe para ajudar. Todo aquele ambiente me deixou muito estressado. Pedi umas cem vezes, em alto e bom som, para ir embora. Depois de umas duas horas percebi que não iam me levar embora, aí resolvi deitar na cama que tava lá e dormi. Mais tarde papai trouxe meu irmão, e foi a única pessoa para quem dei um sorriso, pois acredito que ele não estava compactuando com aquele complô armado para mim. Meu irmão fez aquela bagunça que eu queria fazer e não consegui: tomou banho no chuveiro, comeu o lanche que eu tinha feito prá mim mesmo, brincou com meus bonecos novos da Liga (óbvio que eu botei os tres na minha lancheira). Ele foi embora com papai e eu fiquei com mamãe prá dormir naquele lugar sinistro. Mamãe falou com várias pessoas no celular, enquanto eu dormia no colo dela, e ela pensa que eu não vi, mas eu bem vi quando dinda Natália ligou e ela se acabou de chorar. Isso era muito previsível, até eu sabia que uma hora isso ia acontecer...
Graças a Deus na manhã do dia seguinte papai veio com meu irmão me buscar e fomos todos juntos para casa. Embora não consiga falar, comer, correr e ainda quando durmo fico pensando que estou de novo naquele lugar de doido, estou muito, mas muito feliz de estar de volta na minha casinha! Estou mais feliz ainda por que mamãe disse que daqui a dois dias vamos no doutor tirar os cabelos que o gato deixou na minha garganta!!! Não vejo a hora!!!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

ER

Gente será que tem alguém que pode me atualizar do que acontece em ER????? Isso é muito importante como vocês já podem ter percebido...
Desde de novembro a televisão (é televisão mesmo, não é plasma, nem LCD) não tem mais sinal da NET por conta do sinal digital. O cara da NET falou que a TV é "véia". E é mesmo. Acho que a bichinha não é nem da década de 90...
Com isso perdi todos os capítulos pois obviamente com uma única tv em casa, a prioridade não é minha.
Semana passada, depois de muitos capítulos, vi que o Dr. Kovac sumiu!!! E pior. Tem um residente dando em cima da Dr. Abby!!! Que bagunça é essa!!! Não entendo mais nada. Please HELP.

As mais novas pérolas infantis

Férias

Mamãe falando com primo Di ao telefone, quando ele confirmou prá ela que iria para o Peru surfar nas férias. Mamãe desligou o telefone e filho rei falou prá ela:
- Mãe, quando é mesmo que eu vou prá "colombia" de férias?
Mamãe ficou ali durante uns 30 segundos pensando se filho rei havia entendido que primo Di ia para o Peru e resolveu brincar dizendo que iria para a Colombia...mas não podia ser, afinal filho rei jamais estudou geografia na vida e o único mapa que viu foi da cidade de São Paulo.
- Filho não é colombia, é COLONIA DE FÉRIAS.
Não adianta, por mais que eu fale e corrija todas as vezes que ele fala, a primeira palavra é sempre colombia. Mas é tão bonitinho ele falando "colombia" que eu simplesmente desisti de corrigir...pra que ?

Conjugação verbal

(filho anjo falando pra mamae assim que ela chegou em casa)
- Mãe você não sabe o que a Cida "fazeu" para o jantar?