sábado, 18 de julho de 2009

Desconstruindo Patrícia

Esse é um post que pensei várias e várias vezes se deveria ser publicado. A dúvida estava muito mais em será que vale a pena falar nessa profundidade aqui, e isso acabar sendo lido e mal interpretado por algum leitor. Mas depois de muito refletir eu concluí que a esta altura do campeonato (quase 2 anos de blog), quem ainda lê é por que tá bem por dentro da minha vida. Desde aquele dia fatídico em que o comissário de bordo do vôo de Miami para San Francisco fez o favor de me avisar, que havia desaparecido um avião que saíra do Rio na noite anterior, um click se deu na minha cabeça. Uma sensação de fragilidade, de que a vida pode acabar e você nem saber. Tudo pode ser interrompido e quantas coisas podem ficar mal resolvidas, mal explicadas. A vontade que eu tive foi pedir pra parar o avião para que eu pudesse descer. Como isso não dava, então o jeito foi tentar sobreviver as 3 horas restantes do voo. Mas foi impossível não pensar em tudo que eu vivi até aqui, o que é importante, o que posso fazer daqui pra frente pra que a minha vida tenha mais e mais momentos felizes, momentos importantes, o que posso fazer pra deixar aquilo que me traz tristeza, me traz frustração prá trás. Tem uma música do Nando Reis (tinha que ser né), acho que é "Por onde andei?" que ele fala mais ou menos assim: "Como um dia que roubaram o seu carro/deixou uma lembrança que a vida é mesmo coisa muito frágil/uma bobagem uma irrelevância/diante da eternidade/do amor de quem se ama". E isso que parece tão simples, é tão difícil viver no dia a dia. De dar o valor certo que as pessoas e as coisas têm. Mas uma vantagem sempre tem: NUNCA é tarde pra recomeçar. E isso to fazendo bem direitinho. Hoje eu não consigo fazer sozinha, e isso é tão importante quanto querer recomeçar, pedir ajuda pra reconstruir. E nenhuma reconstrução é inteira quando não tem o processo inverso, a desconstrução. Talvez seja o momento mais difícil, desconstruir pensamentos, sentimentos, atitudes, sem dúvida muito doloroso. Mas é tão bom pensar no que vai ser reconstruído, que vale a pena. E agora to adorando viver isso.

3 comentários:

Infinito Particular disse...

Adoro ler o seu blog sabia, você é muito doce e sincera amiga....certamente tudo isso vai valer a pena e na verdade eu acredito que a mola deste processo é a evolução, a sua vontade de fazer diferença em outros campos.....e você pode TUDO!!!

Te adoro muito, você mora no meu coração!!!

bj Flávia

Unknown disse...

Patty, fazia um tempinho que eu não lia seu blog. Você é realmente uma pessoa muito especial, te adoro! Eu penso sempre nesse tipo de assunto também, ainda mais depois que o Alec nasceu...

Anônimo disse...

é isso mesmo...sei colé...cool.
bjin
vmx