quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Vitor Vitória

Vitor Vitoria não é o filme. Se bem que é tão engraçado quanto. Vitor, vitão, negão é um grande amigo nômade. Atualmente mora em Porto Rico, depois de ter morado nem sei quantos anos em Fortaleza. Tenho dois amigos muito marrentos: Vitor e Xá. Não sei dizer quem é o mais marrento, mas me acabo de rir com a marra dos dois. Encontrei com Vitor no messenger ontem a noite. Ele pediu (pela quinta vez) o endereço do blog, deve ter passado um bom tempo lendo, fez comentários hilários e depois mandou um email pra entender bem "colé desse tal de Engenho?". Tem uma estória muito manera da gente ainda na época da falecida auditoria. Estávamos num job em Vitória (daí o título), não me lembro bem qual, acho que era Itabrasco ou Hispanobrás, lá na ponta do Tubarão. Fomos auditar o US gaap e nos deram duas semanas, ou seja, sopa no mel! Trabalhinho molezinha, molezinha, nine to five. No mesmo hotel que a gente ficava, ficava também outra equipe da auditoria de outro job. A equipe era o Calixto, Adriana Barbosa e outro ser que eu não me lembro mas que o Vitão lembrou hoje enquanto falávamos e eu já me esqueci de novo. Cada equipe ia pro seu job e de noite a gente saía pra jantar todo mundo junto. Uma noite resolvemos eu, Vitor e Calixto ir a uma boite chamada bordel. Era uma discoteca, tocava de tudo, todos os ritmos. O Calixto sempre foi o galinha. Ele se achava por que era fortinho, tinha aquele papinho mole e as menininhas caiam na dele. Vitão era mais na dele. A boite tava muito chata e começou a encher. E eu começei a beber, já que não dava nem pra dançar direito. Fui tentar acompanhar o Vitor. Bom, se vocês acharam aquele meu post viagem, vocês não sabem de nada! Era preciso me ver interpretando as entrelinhas da música das frenéticas "abra as suas asas, solte suas feras, caia na gandaia, entre nessa festa...". Fiquei um bom tempo da noite explicando pro Vitão a poesia que existia por trás dessa letra, o quanto isso era importante na vida de uma pessoa...me lembro falando pra ele "soltar as feras vitão". E ele ali só bebendo e rindo da minha cara..."patinha, cê bebeu muito mulé!". E enquanto isso Calixto passava a ronda no salão, voltou e comentou que na boite só tinha mocréia (um termo bem daquela época), que ia partir pra ignorância. Daqui a pouco ele chegou numa menina que tava com a barriga de fora, e era uma barriga daquela bem caída, ele disse:"e aí? Como é que vc conseguiu esse shape?"A pobre respondeu uma besteira qualquer do tipo "na academia"(vitor disse que ela respondeu capoeira, i dont remember) e ele disse "mas tá só pagando né?". Depois ele partiu pra uma coroa (bom, pensando bem a mulher devia ter a minha idade cronológica hoje) que dançava que nem uma doida no meio do salão, com uma mini saia e uma bota branca até o joelho. Ele falou alguma coisa pra ela e ela respondeu "ah, é que eu não moro aqui, sabe, eu moro em Paris, mas eu amo mesmo Vitória, venho sempre aqui". Ou seja, ou ela era doida ou achou que ele era burro. Fomos praticamente os últimos a sair de lá, lembro que a gente tinha alugado um Uno Mille, e que tava parado no meio do matagal, tava bem alagado. Eu fui pro volante e os dois empurraram o carro. Depois que o carro desatolou, eu saí da direção, até por que eu sempre bebi consciente que não podia dirigir, mas os dois olharam pra mim e falaram "vai com tudo, cê tá melhor que a gente".
Desde então não sei quantas vezes ouvi em festas de final de ano, festas de aniversário, festas de casamento essa música das frenéticas e não tem uma só vez que eu não me lembre do negão se acabando de rir da minha cara.

6 comentários:

Anônimo disse...

Minha queridíssima Patinha, em primeiro lugar, marrento são os seus quase 40 anos de estrada. Eu sou uma candura de gente...tanto sou que nesta noite que vem perdida em sua lembrança, eu fiquei ali...em sua companhia, ouvindo todo o seu teorema (é, já que vc achava que aquelas coisas tentava com muito esforço dizer eram lógicas e tinham explicação...logo, um teorema: Teorema (não o de Pitágoras, mas o) da Patinha!)...outra coisa, como sou marrento se "o Vitão era mais na dele"?...hehehehehe...Porra, o Vitão é o Vitão! Mas chega com essa palhaçada...hehehehe...esse seu post não passou pela revisão da Leda!

Sobre o jobzinho de Vitória...pô...honestamente...teve um dia lá que só vc fingiu que trabalhou...eu nem fingi...fui pruma visita à produção que pra mim (vindo só de auditar, banco, fundo e seguradora) foi o máximo! Show mesmo...diferente do que eu fazia direto...tb diferente do que eu fazia, vale lembrar, só mesmo um jobzinho paraqueda que peguei com o Mascouto (cara gente fina!) onde a galera falava de CMI...e eu pensando que nem tinha idade pra saber o que era aquilo...nem sei como saí de lá...acho que meu eterno chefe me puxou de volta pro meu cafofo num determinado banco de investimentos do Rio. Agradeci! Banco não tinha essa palhaçada!!!

Mas vc não comentou que esse Uno Mille, que tava no bagaço, levou a gente pra Meaípe, se não me engano, onde justificamos nosso voto em FDP nenhum, e ficamos numa prainha que tava meio lamenta, mas...depois comemos num restaurantezinho por ali, aproveitando as cervejas que a Lei Seca e a Tolerância Zero das extradas permitiram...e era um Domingão...

Lembro que na volta, no avião, encontramos mais uma turma...entre tantos, o Bahiano Eldo...que conheceu a Daniela Mercury e contou umas histórias e tal...e rolou uma tempestadezinha básica no trajeto Vitória x Rio, mas chegamos...

By the way, fiquei 9 anos em Fortaleza...só! besteira! Mas antes de vc se empolgar e contar as histórias de Fortaleza, me avisa, pra ter uma revisão do censor...só por uma questão moral!

By the way 2, nômade e nosso (e meu muito querido) amigo Taciano (Tatau) Dantas Frota Leite, esse saiu da finada no Rio, foi pra uma corretora em SP...voltou pra AA no Rio. Depois saiu e foi pra Fortaleza (uns 6 meses antes de mim), depois de uns 2-3 anos, voltou pra AA em SP (pra aturar broncas como Banespa, etc)...depois voltou pro mesmo lugar em Fortaleza, depois Costa Rica, quando fui pai adotivo do filho dele Athos (English Buldog...junto com meus dois Labradores) por 18 meses...e agora está em Bangkok...esse é nômade...

De qq eu te adoro e vc bem sabe...beijo grande e vamos nos falando! (Foi bom lembrar disso tudo...ah...lembra do jobzinho Victory em SP? e Phasertec, Cherry Meu Bem?!?!...aliás, mais moleza que esse...hahahahahahahaha).

Patty disse...

Vitao tava com saudade de ti, como me faz rir com essa alegria bjo grande

Engenho disse...

Sabe o que tá mais legal nesse post. A queimação de filme do Calixto em poucas linhas. Você chamou o moço de galinha, marrento, pegador de mocréia...Só esqueceu de contar que ele se apresentava como Rogério, porque tinha vergonha de se chamar Cleuson. Vitor, acho que você poderia enviar o endereço do blog da Paty pra ele.

Anônimo disse...

HAHAHAHAHAHA...boa Renata!!! Aliás, boa, não...pô, sacanagem, o cara é maneiro.

é...bons tempos...deu sadade de uma moueca capixaba...porra, feijoada tb não rola no Caribe...sinistro...vamos em frente...tenho que ir ali resolver um esquema e já volto...ou nem!

aê, Patinha, já falei...vou invadir o BROG...serei o correspondente caribenho...o co-doidão aqui...Renata, quando tudo estiver dominado aqui, o seu é o próximo...

Beijos em vcs...saudades tb!

Unknown disse...

Gente, tô atolado até a tampa de coisa pra fazer, mas me bateu uma saudade de olhar o blog da minha queria Pata. Como eu adoro. Eu me identifiquei muito com as histórias de auditoria. Esta inclusive me fez lembrar um job em Pirapora com Zé Gotinha (Gottshalk, nem sei se é assim que escreve), Nata e mais nem lembro quem. É bom demais lembrar estes tempos de ralação com diversão. Pata, continue assim, você realmente é demais.
Essa semana tive um encontro histórico de cariocas perdidos em Sampa, entre os quais estavam eu, Gonça, Marcão, Chvaicer, Beltrão, Onofre, Villela e Luciano. Só figura, eu ri do começo ao fim. O Gonça tem umas histórias de tirar o chapéu.
Pata, devo ir ao Rio em breve, pois terei que dar um treinamento. Dessa vez vou ver se marco com antecedência para podermos almoçar, ok?
Super beijo, Riba

Unknown disse...

Oi Patty, desculpa invadir assim o seu blog, mas eu tô procurando seu amigo Tatau há muitos anos. Com certeza é ele (pelo menos, nome apelido e lugares por onde ele passou conferem). A última vez que tivemos contato, ele ainda estava na Norsa, em Fortaleza. Me diz como eu acho esse seu amigo nômade... tks!