domingo, 11 de maio de 2008

As aventuras do Engenho

Ana Teresa mandou email na quinta feira dizendo que não aguentava mais entrar no blog e não ter nada de novo. Plagiando aquele velho comercial (que entrega obviamente a idade) - no blog não tinha nada de novo, mas na minha vida, quanta diferença...
Deve ter mais ou menos 1 mês, não chega à 1 mês e meio, que eu e a frendy estamos negociando o Engenho, pra quem quiser conhecer (não em detalhes pois não diz muito) o site é www.engenho.org. O Engenho é um lugar voltado para crianças, desde bebês até crianças de 10-12 anos. Há algum tempo a gente já vinha falando de fazer um lugar diferente pras crianças, só que mais voltado pra Casa de Festas. Quando surgiu a oportunidade do Engenho ser esse lugar, ficamos bastante animadas e, embora tenha pouco mais de 1 mês, parece que já estamos nisso há uns 6 meses. Lá não é uma Casa de Festas, pelo contrário, é um lugar em que as crianças podem aprender brincando, principalmente sob uma ótica diferenciada da escola. Diferenciada mas complementar.
Logo quando começamos a negociação, o lugar ia fechar. Como a idéia é continuar com o que já era feito, então acabou não fechando, mas o movimento era praticamente nulo. As donas são muito legais e têm os seus motivos particulares para estarem abrindo mão do Engenho, mas diferente de muitos outros negócios, elas estão super receptivas às nossas idéias, sugestões etc. tanto que muitas já estão em prática.
Uma coisa que ainda não contei é que embora o Engenho seja um lugar voltado para crianças, ele tem um bistro no térreo, super transado, que resolve a vida de muita gente que gosta de almoçar fora com os filhos, mais do que os filhos gostam de almoçar fora com os pais. Essa sintonia é muito boa por que a criança não precisa ficar esperando o prato chegar sentada na cadeira, ela pode subir e brincar, e depois descer e comer, e depois subir de novo e brincar, e ninguém fica no stress que o prato tá demorando, a conta não chega etc. Esse comentário é muito importante para que todos entendam que a aventura que se segue tinha sentido...
Com o dia das mães de pano de fundo, fizemos um cardápio bem mais reduzido e enviamos por mailing para as pessoas. Sucesso total! 48 reservas só para o domingo! Só tinha um detalhe...não tínhamos mesas para 48 pessoas. O bistro tem uma parte coberta e tem uma varanda super agradável, mas que não tem toldo. Não tinha.
Eram mais ou menos 9 horas da noite de sábado quando eu cheguei na casa da frendy com rei, anjo e pequeno príncipe, eu tinha ficado com ele prá ela poder terminar de arrumar as malas. Chegamos a conclusão que a gente tinha que colocar um toldo na varanda. Mas como conseguir um toldo para as 10 hrs de domingo, considerando que já era sábado a noite????? A Dani conseguiu falar com o cara que ela tinha contratado para botar o toldo no play dela, pra festinha de 1 ano do B. E ele falou que fazia e que tava marcado então as 7 horas lá no Engenho no domingo.
Acordei domingo as seis e meia da manha. Um frio bom pra ficar na cama, mas logo ouvi a chuva e pensei nas 48 reservas...vamos lá...sete horas já estávamos lá aguardando o Sr. César. Ele chegou as sete e meia. O Sr. César é um afro-brasileiro (atenção, este blog não é preconceituoso, esse comentário é apenas para que todos possam visualizar a situação) de boné, tinha dois ajudantes "de peso". Ele começou a medir a varanda e falou que não ia furar nada, o que era uma das exigências das donas. Digamos que o Sr. César não era de muitas palavras, se limitou a falar que as 11 estaria pronto e que custava X. Pedimos pra ele ver o espaço do terraço para colocar um outro toldo, mas ele disse que não dava tempo, tinha que focar no toldo da varanda.
Pra dizer a verdade eu me assustei quando ele tirou uma serra elétrica do caminhão. Eu fiquei pensando - caraca! esse cara vai serrar as madeiras as oito da manhã de um frio dia das mães...Não tinha opção, deixamos ele com o segurança da casa e fomos embora.
Eu aproveitei pra ir na casa da mamãe buscar as comidas do almoço que seria aqui em casa. Eram oito e meia quando a Re ligou e disse: - o Sr. César me ligou e disse que tem um histérica na janela reclamando do barulho. Ele vai cortar a madeira dentro da casa, mas o barulho é ensurdecedor, eu to ouvindo aqui de casa...aquilo me deu um certo desespero. A mamãe falou da lei do silêncio, que não podia, aí eu disse prá ela:
- Re, vai lá e diz pro cara abortar a missão. Não dá. A mulher vai chamar a polícia.
e ela disse:
- Beleza eu vou lá.
Óbvio que ela não foi, e conhecendo muito bem ela e o pouco que eu conhecia do Sr. César, eu também não iria. A opção foi clara: entre o Sr. César e a policia, ficamos com a polícia.
O marido da moça desceu e tirou fotos do Sr. César botando o toldo. Só pra sentir ele disse pro marido dela que prá tirar foto dele tinha que pagar.
Eu voltei as 11 e o toldo estava lá, lindo e foi tudo de bom. As mesas ficaram lotadas, hoje foram só elogios. Fui almoçar em casa e depois levei a família ripinica prá conhecer o lugar. Todos amaram! As seis cheguei em casa e nada me restou em forças para não sucumbir ao sofá e um belo cobertor, de onde só estou saindo agora que acabei esse post.

3 comentários:

Anônimo disse...

Policia ? sera que vai gerar liability ? ai meu deus!! voce sao uma loucas...risos
Espero encontrar muitas aventuras sobre o engenho nos proximos meses(quem sabe anos!!)
Boa sorte, tudo de bom, tenho certeza que o new business vai ser um grande sucesso !!
bjs.
PS : tem que colocar mais pratos com sabor "italiano" no cardapio...

Unknown disse...

Roomy,
adorei "As aventuras do Engenho". Estou louca para conhecer. Já vou mandar o endereço para os meus amigos do Rio....
Beijos,
Ana Tereza

Engenho disse...

Vocês não tem noção do que era o César e os ajudantes dele. Vocês não tem noção do caminhão em que o César chegou, provavelmente vindo de "Deus me Livre". E a Patrícia fala assim...vai lá e aborta a missão... Ela queria uma sócia a menos. O César ia no mínimo passar aquela serra elétrica em mim. Mas realmente no final foi tudo de bom...dia 15 tem nova aventura, ainda bem que eu tô em Londres.

Bjs