Leitores queridos e amados: É verdade que tenho postado aqui textos que me foram enviados, hábito não muito recorrente, mas que ajudam a expressar alguns sentimentos, nem sempre fáceis sem ajuda.
Esse post é também um texto que recebi. A grande diferença para os demais é que este aqui não rodou a internet, nem tampouco veio de amigas executivas...esse aqui veio só prá mim.
"Quero alguém para viver a vida
Alguém que me faça sorrir e talvez até chorar de rir
Que se importe comigo, que às vezes "brigue" comigo, mas que brigue mais por mim
Que me apóie, que cuide de mim que me bote pra cima mas que me lembre se ser tranqüilo e de coração manso
Que me defenda com unhas e dentes, que eu possa confiar
Que me faça sonhar e gozar
Quero uma companheira, uma amiga, uma amante, quero alguém para ser mãe dos meus filhos...
Quero partilhar idéias, dividir sonhos, e até problemas
Quero que se interesse por mim e que me faça sentir parte de um mundo melhor
Que me respeite e também a minha família
Que me paparique e me de carinho
Que me coloque no colo para me encher de beijinhos
Que me bote para dormir e que me olhe dormindo
Que me deixe arrepiado e apaixonado
Que goste de viajar, namorar e cozinhar
Que goste de esporte, de plantas e de bichos
Que goste do cheiro da terra molhada e do barulho do mar
Que goste de olhar para céu e para as estrelas
Que goste de beber vinho e de tomar sorvete
Que goste de uma bela pasta
Que curta o nascer e por do sol
Quero alguém para viver a vida
Quero alguém para amar..."
Queria ser a resposta prá todas as estrofes...bom talvez eu pudesse compensar beber vinho e tomar sorvete com o ato de cozinhar, prá gente não ficar comendo eternamente spaghetti à gorgonzola (digamos que é a minha ÚNICA especialidade)...e talvez ainda você poderia dar mais detalhes de que bichos está se referindo, tenho que confessar que tenho pânico de pombos e também não sou fã de gatos... fora esses pequenos ajustes, os desejos são mútuos, a vontade de amar alguém e ser amado, e dessa forma ser feliz.
domingo, 25 de maio de 2008
Culpa Zero
O texto sobre o Dia das mães deve ter rodado a internet e parado na máquina da Martha Medeiros. Recebi o texto abaixo escrito por ela, que veio pra mim, pela mesma pessoa que me enviou o anterior, que também deve ter se sentido como eu, aliviada...culpa zero é difícil, mas bem menos culpa com certeza!!
"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho. Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela. Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante".
"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho. Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela. Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante".
sábado, 24 de maio de 2008
Manual dos filhos de pais separados - II
Sexta feira à noite em casa, mãe saudosa do dia longe pergunta pro anjinho:
- Filho, papai falou que você tirou um soninho depois da praia, tava cansado?
- Tava cansado e o papai falou que eu dormi prá "cacete"!!!
- Filho, papai falou que você tirou um soninho depois da praia, tava cansado?
- Tava cansado e o papai falou que eu dormi prá "cacete"!!!
quinta-feira, 22 de maio de 2008
P.S.: I LOVE YOU
Não me lembro onde estava quando esse filme passou nos cinemas, não consigo entender por que não vi, não me chamou a atenção. Essa semana dormi na Cris lá em Sampa e ela falou pra ver. Adorei duas coisas: a relação do amor com a morte e a música..."...give me reason but don't give me choice/cause i'll just make the same mistake again..."
Dia das mães - post atrasado!!!
O dia das mães foi há quinze dias atrás mas somente esta semana recebi uma mensagem que vale a pena postar aqui.
VIDA DE MÃE
Que vida louca levamos nós, mães modernas, mães do século 21, mães de filhos únicos, ou de muitos filhos que se tornam únicos pelo pouco tempo que conseguimos ter para cada um...
Que vida louca temos nós, que acordamos ao raiar do dia e saímos para o trabalho delegando a outras, que em casa deixam seus filhos também, que sejam as mães que nossos pequenos não tem ...
Que vida louca temos nós que somos mães por telefone em tempo integral, que fazemos de nosso horário de almoço um momento para checar a lancheira, arrumar uniforme, fazer “Maria chiquinhas” e ter tempo de lembrar as antigas mães e mandar seu filho escovar os dentes...
Que vida corrida temos nós, cheia de horários marcados com momentos de ser mulher, mãe, amiga, esposa, profissional, namorada... somos muitas e as vezes não conseguimos ser tudo...
Vivemos uma rotina que rotina mesmo quase não tem , pois o dia é sempre um mistério para aquelas que tem filhos, afinal nunca sabemos se o dia que começou é o dia marcado para a dor de garganta chegar, ou para a prova surpresa de matemática, ou para briga com o amiguinho na escola, ou para pesquisa sobre o relevo que ele esqueceu de te avisar...
Sabemos apenas que vivemos assim.... Acordar... trocar de roupa para o trabalho, esperar pacientemente que sua secretária do lar não falte, olhar seu filho dormindo por mais alguns minutos e ter vontade de ficar com ele só por hoje um dia inteiro, sair de casa, despedir-se do filho e dar muitas ordens a empregada que a deixam perdida... ir para o trabalho, ser profissional, ser mulher moderna, ser guerreira, lutar pra vencer, fazer a diferença no mundo profissional...
Ligar ao longo do dia para marcar pediatra, fugir correndo do serviço para assistir a apresentação da escola no dia das mães, procurar alguém para buscar seu filho na escola porque hoje apareceu uma reunião e não tem como ir, e sempre acabar contando com a sua mãe para te fazer esse eterno favor...
Correr, preocupar-se, desdobrar-se vencer o dia, e ainda chegar em casa checar a tarefa, supervisionar o banho, fazer mil e uma perguntas sobre o dia de seu filho, sentir-se culpada por não ser mais presente, brincar, dar atenção, cantar uma música, ler uma história, assistir pela bilionésima vez o filminho da Disney e acabar adormecendo ali, na caminha de solteiro ou do lado do berço, cansada, mas realizada por ter sido por mais um dia de MÃE..."
O texto me deixou um nó na garganta, e como aprendi muito com meu ex-analista Osvaldo, a gente não tem que guardar nada, peguei o texto e repassei pra algumas mães e todas me disseram que também ficaram com um nó...
VIDA DE MÃE
Que vida louca levamos nós, mães modernas, mães do século 21, mães de filhos únicos, ou de muitos filhos que se tornam únicos pelo pouco tempo que conseguimos ter para cada um...
Que vida louca temos nós, que acordamos ao raiar do dia e saímos para o trabalho delegando a outras, que em casa deixam seus filhos também, que sejam as mães que nossos pequenos não tem ...
Que vida louca temos nós que somos mães por telefone em tempo integral, que fazemos de nosso horário de almoço um momento para checar a lancheira, arrumar uniforme, fazer “Maria chiquinhas” e ter tempo de lembrar as antigas mães e mandar seu filho escovar os dentes...
Que vida corrida temos nós, cheia de horários marcados com momentos de ser mulher, mãe, amiga, esposa, profissional, namorada... somos muitas e as vezes não conseguimos ser tudo...
Vivemos uma rotina que rotina mesmo quase não tem , pois o dia é sempre um mistério para aquelas que tem filhos, afinal nunca sabemos se o dia que começou é o dia marcado para a dor de garganta chegar, ou para a prova surpresa de matemática, ou para briga com o amiguinho na escola, ou para pesquisa sobre o relevo que ele esqueceu de te avisar...
Sabemos apenas que vivemos assim.... Acordar... trocar de roupa para o trabalho, esperar pacientemente que sua secretária do lar não falte, olhar seu filho dormindo por mais alguns minutos e ter vontade de ficar com ele só por hoje um dia inteiro, sair de casa, despedir-se do filho e dar muitas ordens a empregada que a deixam perdida... ir para o trabalho, ser profissional, ser mulher moderna, ser guerreira, lutar pra vencer, fazer a diferença no mundo profissional...
Ligar ao longo do dia para marcar pediatra, fugir correndo do serviço para assistir a apresentação da escola no dia das mães, procurar alguém para buscar seu filho na escola porque hoje apareceu uma reunião e não tem como ir, e sempre acabar contando com a sua mãe para te fazer esse eterno favor...
Correr, preocupar-se, desdobrar-se vencer o dia, e ainda chegar em casa checar a tarefa, supervisionar o banho, fazer mil e uma perguntas sobre o dia de seu filho, sentir-se culpada por não ser mais presente, brincar, dar atenção, cantar uma música, ler uma história, assistir pela bilionésima vez o filminho da Disney e acabar adormecendo ali, na caminha de solteiro ou do lado do berço, cansada, mas realizada por ter sido por mais um dia de MÃE..."
O texto me deixou um nó na garganta, e como aprendi muito com meu ex-analista Osvaldo, a gente não tem que guardar nada, peguei o texto e repassei pra algumas mães e todas me disseram que também ficaram com um nó...
quinta-feira, 15 de maio de 2008
A festa da juíza
Quando eu pensei em escrever este post, o primeiro título que me veio à cabeça foi "as aventuras do Engenho - parte I". Mas quando eu sentei pra escrever eu percebi muito subitamente que eu teria que manter a regularidade nestas aventuras, e no passo que vai, em algumas semanas eu já estaria ganhando de Jason e escrevendo "as aventuras do engenho - parte 98" (mãe, Jason é o personagem do filme sexta feira 13).
Hoje foi a famosa festa da juíza e seu eloquente esposo, ou melhor, da filhinha de um ano do casal. Essa festa tinha um diferencial que era a quantidade de gente: 100 adultos e 50 crianças, fora as babás (que nós ainda não sabemos onde inserir estes seres, se adultos, ou crianças). No final foram 70 adultos e 50 crianças.
De manhã passei quase 3 horas com os advogados e depois fui pro Engenho. Quando eu ainda estava no táxi, me liga Dani:
- Oi Patty tudo bom?
- Tudo, e aí tá tudo bem?
- Tudo bem Patty, olha fica tranquila que aqui tá tudo tranquilo.
- legal daqui a pouco to chegando aí, já to no táxi
- Ah legal, agora rapidinho, a Lorena ainda não chegou e aí eu queria ligar para ela pra saber...
- Dani, a Lorena não chegou?? Ela ia chegar as 11 hrs são quase 14hrs....deixa que eu já ligo pra ela...
- tá bom...e me diz mais uma coisa...vai ter uma ou duas pessoas por sala? Por que a Roberta não me deu certeza e na verdade agora não tem ninguém aqui..
- Dani então não tem nada tranquilo!! tá faltando a comida e os monitores...caraca!! E a mulher da decoração?
- tá aqui, mas eu disse que tava tranquilo por que tá tranquilo mesmo, aqui não tem ninguém, tá super tranquilo...
Quando eu cheguei na casa e fui no terraço ver a decoração quase sucumbi ao desespero: era um monte de cadeira pra la, bola furada, bola cheia, um monte de gente, um tal de põe a mesa pra dentro, põe a mesa pra fora, a Dani super acabada correndo prá lá e prá cá. A mesa tava dentro da casa e eu sugeri colocar lá fora, o dia tava lindo, e já tinha ficado meio que combinado que ficaria lá fora mesmo. Alguém falou - mas e se chover? Não vai chover, tá um dia lindo. A última bola foi pendurada as 16 hrs, na hora da festa, que graças a Deus, nem a aniversariante havia chegado. Fui na varanda, olhei pro céu, e o que vi? Nuvens, muitas nuvens, não sei da onde elas saíram, mas estavam ali, mudando de cinza pra cinza escuro. A Dani me chamou e disse:
- Patty tá vendo aquele morro ali? (olhando pelo terraço dos fundos)
- Não, não to vendo morro nenhum
- Pois é, quando eu não vejo o morro é por que vai chover!
Essa coisa de você não dominar o todo é muito complicado. Eu, por exemplo, sempre fechei meus balanços, minhas auditorias, nunca tive essas influências exógenas...Agora dominar o tempo é difícil!!
A Roberta foi arrumar a mesa do bolo no terraço e se assustou com o flash do fotógrafo, achou que era um raio. Eu fui até ela e começei a falar - a gente tem que ficar calma..AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!! - na hora que eu passei embaixo do arco de bolas um estourou na minha cabeça, foi a catarse momentanea!
A festa foi muito legal, a casa ficou cheia mas não ficou over. A equipe tava boa. Deu uns ruídos com a questão da cozinha embaixo e a festa em cima, mas nada que alguém tenha percebido. Na verdade, eu mesmo não percebi, foram os olhos da Lorena. Muitas mães vieram falar comigo que tava lindo, que foi tudo ótimo...
Depois desse dia intenso, eu agora não tenho mais condições psico-fisicas para nada. Vou mimi.
Esqueci de dizer que não choveu
Hoje foi a famosa festa da juíza e seu eloquente esposo, ou melhor, da filhinha de um ano do casal. Essa festa tinha um diferencial que era a quantidade de gente: 100 adultos e 50 crianças, fora as babás (que nós ainda não sabemos onde inserir estes seres, se adultos, ou crianças). No final foram 70 adultos e 50 crianças.
De manhã passei quase 3 horas com os advogados e depois fui pro Engenho. Quando eu ainda estava no táxi, me liga Dani:
- Oi Patty tudo bom?
- Tudo, e aí tá tudo bem?
- Tudo bem Patty, olha fica tranquila que aqui tá tudo tranquilo.
- legal daqui a pouco to chegando aí, já to no táxi
- Ah legal, agora rapidinho, a Lorena ainda não chegou e aí eu queria ligar para ela pra saber...
- Dani, a Lorena não chegou?? Ela ia chegar as 11 hrs são quase 14hrs....deixa que eu já ligo pra ela...
- tá bom...e me diz mais uma coisa...vai ter uma ou duas pessoas por sala? Por que a Roberta não me deu certeza e na verdade agora não tem ninguém aqui..
- Dani então não tem nada tranquilo!! tá faltando a comida e os monitores...caraca!! E a mulher da decoração?
- tá aqui, mas eu disse que tava tranquilo por que tá tranquilo mesmo, aqui não tem ninguém, tá super tranquilo...
Quando eu cheguei na casa e fui no terraço ver a decoração quase sucumbi ao desespero: era um monte de cadeira pra la, bola furada, bola cheia, um monte de gente, um tal de põe a mesa pra dentro, põe a mesa pra fora, a Dani super acabada correndo prá lá e prá cá. A mesa tava dentro da casa e eu sugeri colocar lá fora, o dia tava lindo, e já tinha ficado meio que combinado que ficaria lá fora mesmo. Alguém falou - mas e se chover? Não vai chover, tá um dia lindo. A última bola foi pendurada as 16 hrs, na hora da festa, que graças a Deus, nem a aniversariante havia chegado. Fui na varanda, olhei pro céu, e o que vi? Nuvens, muitas nuvens, não sei da onde elas saíram, mas estavam ali, mudando de cinza pra cinza escuro. A Dani me chamou e disse:
- Patty tá vendo aquele morro ali? (olhando pelo terraço dos fundos)
- Não, não to vendo morro nenhum
- Pois é, quando eu não vejo o morro é por que vai chover!
Essa coisa de você não dominar o todo é muito complicado. Eu, por exemplo, sempre fechei meus balanços, minhas auditorias, nunca tive essas influências exógenas...Agora dominar o tempo é difícil!!
A Roberta foi arrumar a mesa do bolo no terraço e se assustou com o flash do fotógrafo, achou que era um raio. Eu fui até ela e começei a falar - a gente tem que ficar calma..AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!! - na hora que eu passei embaixo do arco de bolas um estourou na minha cabeça, foi a catarse momentanea!
A festa foi muito legal, a casa ficou cheia mas não ficou over. A equipe tava boa. Deu uns ruídos com a questão da cozinha embaixo e a festa em cima, mas nada que alguém tenha percebido. Na verdade, eu mesmo não percebi, foram os olhos da Lorena. Muitas mães vieram falar comigo que tava lindo, que foi tudo ótimo...
Depois desse dia intenso, eu agora não tenho mais condições psico-fisicas para nada. Vou mimi.
Esqueci de dizer que não choveu
domingo, 11 de maio de 2008
As aventuras do Engenho
Ana Teresa mandou email na quinta feira dizendo que não aguentava mais entrar no blog e não ter nada de novo. Plagiando aquele velho comercial (que entrega obviamente a idade) - no blog não tinha nada de novo, mas na minha vida, quanta diferença...
Deve ter mais ou menos 1 mês, não chega à 1 mês e meio, que eu e a frendy estamos negociando o Engenho, pra quem quiser conhecer (não em detalhes pois não diz muito) o site é www.engenho.org. O Engenho é um lugar voltado para crianças, desde bebês até crianças de 10-12 anos. Há algum tempo a gente já vinha falando de fazer um lugar diferente pras crianças, só que mais voltado pra Casa de Festas. Quando surgiu a oportunidade do Engenho ser esse lugar, ficamos bastante animadas e, embora tenha pouco mais de 1 mês, parece que já estamos nisso há uns 6 meses. Lá não é uma Casa de Festas, pelo contrário, é um lugar em que as crianças podem aprender brincando, principalmente sob uma ótica diferenciada da escola. Diferenciada mas complementar.
Logo quando começamos a negociação, o lugar ia fechar. Como a idéia é continuar com o que já era feito, então acabou não fechando, mas o movimento era praticamente nulo. As donas são muito legais e têm os seus motivos particulares para estarem abrindo mão do Engenho, mas diferente de muitos outros negócios, elas estão super receptivas às nossas idéias, sugestões etc. tanto que muitas já estão em prática.
Uma coisa que ainda não contei é que embora o Engenho seja um lugar voltado para crianças, ele tem um bistro no térreo, super transado, que resolve a vida de muita gente que gosta de almoçar fora com os filhos, mais do que os filhos gostam de almoçar fora com os pais. Essa sintonia é muito boa por que a criança não precisa ficar esperando o prato chegar sentada na cadeira, ela pode subir e brincar, e depois descer e comer, e depois subir de novo e brincar, e ninguém fica no stress que o prato tá demorando, a conta não chega etc. Esse comentário é muito importante para que todos entendam que a aventura que se segue tinha sentido...
Com o dia das mães de pano de fundo, fizemos um cardápio bem mais reduzido e enviamos por mailing para as pessoas. Sucesso total! 48 reservas só para o domingo! Só tinha um detalhe...não tínhamos mesas para 48 pessoas. O bistro tem uma parte coberta e tem uma varanda super agradável, mas que não tem toldo. Não tinha.
Eram mais ou menos 9 horas da noite de sábado quando eu cheguei na casa da frendy com rei, anjo e pequeno príncipe, eu tinha ficado com ele prá ela poder terminar de arrumar as malas. Chegamos a conclusão que a gente tinha que colocar um toldo na varanda. Mas como conseguir um toldo para as 10 hrs de domingo, considerando que já era sábado a noite????? A Dani conseguiu falar com o cara que ela tinha contratado para botar o toldo no play dela, pra festinha de 1 ano do B. E ele falou que fazia e que tava marcado então as 7 horas lá no Engenho no domingo.
Acordei domingo as seis e meia da manha. Um frio bom pra ficar na cama, mas logo ouvi a chuva e pensei nas 48 reservas...vamos lá...sete horas já estávamos lá aguardando o Sr. César. Ele chegou as sete e meia. O Sr. César é um afro-brasileiro (atenção, este blog não é preconceituoso, esse comentário é apenas para que todos possam visualizar a situação) de boné, tinha dois ajudantes "de peso". Ele começou a medir a varanda e falou que não ia furar nada, o que era uma das exigências das donas. Digamos que o Sr. César não era de muitas palavras, se limitou a falar que as 11 estaria pronto e que custava X. Pedimos pra ele ver o espaço do terraço para colocar um outro toldo, mas ele disse que não dava tempo, tinha que focar no toldo da varanda.
Pra dizer a verdade eu me assustei quando ele tirou uma serra elétrica do caminhão. Eu fiquei pensando - caraca! esse cara vai serrar as madeiras as oito da manhã de um frio dia das mães...Não tinha opção, deixamos ele com o segurança da casa e fomos embora.
Eu aproveitei pra ir na casa da mamãe buscar as comidas do almoço que seria aqui em casa. Eram oito e meia quando a Re ligou e disse: - o Sr. César me ligou e disse que tem um histérica na janela reclamando do barulho. Ele vai cortar a madeira dentro da casa, mas o barulho é ensurdecedor, eu to ouvindo aqui de casa...aquilo me deu um certo desespero. A mamãe falou da lei do silêncio, que não podia, aí eu disse prá ela:
- Re, vai lá e diz pro cara abortar a missão. Não dá. A mulher vai chamar a polícia.
e ela disse:
- Beleza eu vou lá.
Óbvio que ela não foi, e conhecendo muito bem ela e o pouco que eu conhecia do Sr. César, eu também não iria. A opção foi clara: entre o Sr. César e a policia, ficamos com a polícia.
O marido da moça desceu e tirou fotos do Sr. César botando o toldo. Só pra sentir ele disse pro marido dela que prá tirar foto dele tinha que pagar.
Eu voltei as 11 e o toldo estava lá, lindo e foi tudo de bom. As mesas ficaram lotadas, hoje foram só elogios. Fui almoçar em casa e depois levei a família ripinica prá conhecer o lugar. Todos amaram! As seis cheguei em casa e nada me restou em forças para não sucumbir ao sofá e um belo cobertor, de onde só estou saindo agora que acabei esse post.
Deve ter mais ou menos 1 mês, não chega à 1 mês e meio, que eu e a frendy estamos negociando o Engenho, pra quem quiser conhecer (não em detalhes pois não diz muito) o site é www.engenho.org. O Engenho é um lugar voltado para crianças, desde bebês até crianças de 10-12 anos. Há algum tempo a gente já vinha falando de fazer um lugar diferente pras crianças, só que mais voltado pra Casa de Festas. Quando surgiu a oportunidade do Engenho ser esse lugar, ficamos bastante animadas e, embora tenha pouco mais de 1 mês, parece que já estamos nisso há uns 6 meses. Lá não é uma Casa de Festas, pelo contrário, é um lugar em que as crianças podem aprender brincando, principalmente sob uma ótica diferenciada da escola. Diferenciada mas complementar.
Logo quando começamos a negociação, o lugar ia fechar. Como a idéia é continuar com o que já era feito, então acabou não fechando, mas o movimento era praticamente nulo. As donas são muito legais e têm os seus motivos particulares para estarem abrindo mão do Engenho, mas diferente de muitos outros negócios, elas estão super receptivas às nossas idéias, sugestões etc. tanto que muitas já estão em prática.
Uma coisa que ainda não contei é que embora o Engenho seja um lugar voltado para crianças, ele tem um bistro no térreo, super transado, que resolve a vida de muita gente que gosta de almoçar fora com os filhos, mais do que os filhos gostam de almoçar fora com os pais. Essa sintonia é muito boa por que a criança não precisa ficar esperando o prato chegar sentada na cadeira, ela pode subir e brincar, e depois descer e comer, e depois subir de novo e brincar, e ninguém fica no stress que o prato tá demorando, a conta não chega etc. Esse comentário é muito importante para que todos entendam que a aventura que se segue tinha sentido...
Com o dia das mães de pano de fundo, fizemos um cardápio bem mais reduzido e enviamos por mailing para as pessoas. Sucesso total! 48 reservas só para o domingo! Só tinha um detalhe...não tínhamos mesas para 48 pessoas. O bistro tem uma parte coberta e tem uma varanda super agradável, mas que não tem toldo. Não tinha.
Eram mais ou menos 9 horas da noite de sábado quando eu cheguei na casa da frendy com rei, anjo e pequeno príncipe, eu tinha ficado com ele prá ela poder terminar de arrumar as malas. Chegamos a conclusão que a gente tinha que colocar um toldo na varanda. Mas como conseguir um toldo para as 10 hrs de domingo, considerando que já era sábado a noite????? A Dani conseguiu falar com o cara que ela tinha contratado para botar o toldo no play dela, pra festinha de 1 ano do B. E ele falou que fazia e que tava marcado então as 7 horas lá no Engenho no domingo.
Acordei domingo as seis e meia da manha. Um frio bom pra ficar na cama, mas logo ouvi a chuva e pensei nas 48 reservas...vamos lá...sete horas já estávamos lá aguardando o Sr. César. Ele chegou as sete e meia. O Sr. César é um afro-brasileiro (atenção, este blog não é preconceituoso, esse comentário é apenas para que todos possam visualizar a situação) de boné, tinha dois ajudantes "de peso". Ele começou a medir a varanda e falou que não ia furar nada, o que era uma das exigências das donas. Digamos que o Sr. César não era de muitas palavras, se limitou a falar que as 11 estaria pronto e que custava X. Pedimos pra ele ver o espaço do terraço para colocar um outro toldo, mas ele disse que não dava tempo, tinha que focar no toldo da varanda.
Pra dizer a verdade eu me assustei quando ele tirou uma serra elétrica do caminhão. Eu fiquei pensando - caraca! esse cara vai serrar as madeiras as oito da manhã de um frio dia das mães...Não tinha opção, deixamos ele com o segurança da casa e fomos embora.
Eu aproveitei pra ir na casa da mamãe buscar as comidas do almoço que seria aqui em casa. Eram oito e meia quando a Re ligou e disse: - o Sr. César me ligou e disse que tem um histérica na janela reclamando do barulho. Ele vai cortar a madeira dentro da casa, mas o barulho é ensurdecedor, eu to ouvindo aqui de casa...aquilo me deu um certo desespero. A mamãe falou da lei do silêncio, que não podia, aí eu disse prá ela:
- Re, vai lá e diz pro cara abortar a missão. Não dá. A mulher vai chamar a polícia.
e ela disse:
- Beleza eu vou lá.
Óbvio que ela não foi, e conhecendo muito bem ela e o pouco que eu conhecia do Sr. César, eu também não iria. A opção foi clara: entre o Sr. César e a policia, ficamos com a polícia.
O marido da moça desceu e tirou fotos do Sr. César botando o toldo. Só pra sentir ele disse pro marido dela que prá tirar foto dele tinha que pagar.
Eu voltei as 11 e o toldo estava lá, lindo e foi tudo de bom. As mesas ficaram lotadas, hoje foram só elogios. Fui almoçar em casa e depois levei a família ripinica prá conhecer o lugar. Todos amaram! As seis cheguei em casa e nada me restou em forças para não sucumbir ao sofá e um belo cobertor, de onde só estou saindo agora que acabei esse post.
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