quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O acaso não existe

Não acredito no acaso. Sempre acreditei que as coisas acontecem por que tem uma razão de ser...e tudo que acontece, literalmente tudo, tem um lado bom e um lado ruim. Talvez, em algum momento, o lado bom pese mais em uma situação, e depois vai haver outra que vai ser o contrário, e a vida vai seguindo assim...
Quem sempre me disse isso foi o Moreira. Nunca vou me esquecer (eu acho que ele mesmo não lembra disso) uma vez em Brasília ele ficou falando o dia todo sobre essa teoria pra mim e pra Suzy, que era na ocasião a pica-pau do job (em tempos de tropa de elite, ela era a "aspira"). Com certeza da Suzy o Moreira lembra. Ele passou o dia falando disso, falando daquele símbolo preto e branco, que tem no lado branco uma bolinha preta e no lado preto uma bolinha branca (é o símbolo do yung isso? Does anybody know?). A noite fomos para o aeroporto para voltar para o Rio. O avião era bem grande, daqueles com cinco lugares no meio, dois nas pontas. No meu lugar tinha um monte de caixas e uns tubos destes que colocam plantas de arquitetos, todos pertencentes ao indivíduo sem noção sentado ao lado.
- Moço esse lugar é meu. Essas coisas são suas? - disse eu super educadinha
- São e eu não tenho onde botar, não vou botar lá em cima por que já perdi uma planta no voo da vinda.
Diante de tanta delicadeza, o Moreira que estava logo atrás de mim retrucou:
- Isso é um problema seu, essas coisas vão sair daí por que o lugar é dela. Vou chamar o comissário e você resolve isso com ele. - O Moreira as vezes tinha essas pancadas e defendia a gente, mas era só de vez em quando.
O cara arrumou o maior barraco no avião. Veio aeromoça, comissário, o Moreira, a Suzy, uma confusão, aqueles voos cheios de deputado, senador, assessor, e euzinha lá em pé. Até que o cidadão que estava mais na frente sugeriu mudar de lugar com ele pois no lugar ao lado não tinha ninguém, assim ele podia deixar as bugingangas dele na cadeira. As mudanças foram feitas e eu agradeci imensamente ao sujeito por ter tido piedade de mim.
Eis que no momento que a criatura mau humorada sentou na cadeira que havia sido trocada, ele achou imprensada entre a cadeira e a janela do avião, a planta que ele havia perdido no voo da ida!! INACREDITÁVEL!!! O cara se transformou, devia ser uma coisa muito importante, ele beijava a planta, ria de mostrar os dentes todos, só faltou beijar o Moreira. Todo mundo que estava em volta e tinha visto a situação toda, riu muito. O Moreira então nem se fala, passou o voo todo falando - eu disse, eu te disse, em tudo que é ruim, tem um lado bom (obviamente ele estava falando da situação do cara, por que prá mim tudo foi muito indiferente a não ser pelo tempo em pé pagando mico).
Mas por que eu contei isso tudo??
Pois é, hoje caiu no Rio o mesmo dilúvio que se deu na Terra no dia em que Noé salvou a sua arca...e eu tinha que ir logo ali, em São Paulo. Já pra ir trabalhar de manhã foi difícil. 2 horas de engarrafamento. Encontrei um colega no transito e fomos trocando sms até a Barra. Hilário.
Meu voo era as seis e quando foi quatro me mandei pro aeroporto. Meu chefe convidou todos os seus diretos para um jantar, isso já estava programado há uns 3 meses. Algo me dizia que eu não ia conseguir voar, alguns voos saíram, mas muitos tinham sido cancelados, aquele caos do cotidiano aéreo do país, sem chuva é ruim, com chuva inexiste.
Como eu já sabia que ia esperar fui comprar um presentinho naquele quiosque das pérolas de Maiorca. Nunca faço isso pois normalmente já com pre check in, é chegar e entrar. Depois de escolher durante quase uns dez minutos eu falei pra moça que ia levar um e aí ouvi aquele grito...
- PATRICIA MARIA!!!! NÃO ACREDITO!!!!
Eu olhei pro lado e tava ali, aquela baixinha, moreninha, falante, comprando um anel. Era Deborah ("o meu nome é com h no final e não tem acento"). Deborah foi minha amiga no científico, do primeiro ao terceiro, estudamos muito pra simulado de vestibular. Tínhamos um grupo bem unido mas depois que fomos pra faculdade, ela foi morar em SP, eu fiquei aqui e a vida mesmo nos separou. Lembramos juntas que a última vez que a gente se viu, foi um dia em que ela atravessou a rua na minha frente (eu tava dentro do carro), desse dia faziam uns 10 anos. Falamos de tanta gente, pessoas que ela fala até hoje, outras que eu falo. Ficamos quase uma hora no maior papo, foi super gostoso. Combinamos de montar um happy hour com os que temos contato direto e procurar outros no orkut (bom isso ficou com ela pois como todos meus leitores sabem, i hate orkut).
Fiquei tão tão feliz com esse encontro, que nem me chateei tanto quando meu vôo foi transferido para o Galeão as nove da noite, quando obviamente eu desisti de ir para SP pois o que eu precisava fazer no aeroporto hoje não era embarcar, e sim reencontrar a .

5 comentários:

Engenho disse...

Frendy,

Só a nível de toque. Fala "científico" não...denuncia muito a idade. Fala "segundo grau".

Beijos,

Anônimo disse...

Mas eu sou veia mesmo...e vc tb!

Bárbara Anaissi disse...

oi, patty. passei por aqui para desejar um 2008 maravilhoso para vc e os pequenos. muita paz, saúde, sorrisos. e escreva mais pq adoro as histórias do anjo e do rei. ;-) bjs

Anônimo disse...

Um 2008 cheio de Saude, felicidade e tudo mais que desejar de bom, Voce Mercece.

Nada e por acaso mexsmo (não sei como se escreve mesmo no idioma de Ipanema). O Moreira deve ter lido muito sobre a teoria da sincronicidade ou feito muita terapia.

CRS

31193200 disse...

Realmente o acaso não existe. E se existimos é porque algo nos criou. O problema, portanto, não está na crença da existência ou não de Deus. O problema está na natureza do criador. O Universo é infinito, portanto, nada pode criar o Infinito, uma vez que nada pode ser maior que ele. Então só nos resta uma alternativa: O próprio Universo é o criador. Mas como o Universo seria o próprio criador? Sabemos que tudo no Universo é regido por uma linguagem matemática. Hoje, os cientistas já sabem queo universo todo é permeado por uma energia. Eles a chamam de Energia Escura, porque não a vêem. Ora, uma Energia infinita e regida por uma linguagem matemática é uma Energia Inteligente. Logo, o próprio Universo é um campo infinito de energia inteligente, mas não Consciente, pois não faz sentido a existência de um ser que não conhece sua própria dimensão, já que é infinito (pelo menos, segundo Huberto Rohden esta forma de consciência que conhecemos). Esta teoria se encaixa na filosofia taoista que diz: Tao (o Universo Imanifesto, Deus) gera Ki (uma energia secundária já pertencente ao universo relativo), pois se divide em Yang e Yin e gera tudo que existe. É daí, talvez, que surgiu a frase “Deus criou o universo” traduzindo como Tao (o Universo Infinito) criou Ki (o universo relativo), somente assim ela faz sentido. E isso me leva ao conceito de que estamos dentro de um CHIP INFINITO, o Universo com todo seu mecanismo interno seria, portanto, um COMPUTADOR INFINITO, não manobrado por alguém de fora como no filme Matrix, mas manobrado por nós mesmos. Qualquer coisa que quisermos fazer podemos, desde que obedeçamos suas leis (manifestadas na matemática, física e química). Ora, se consideramos Deus como uma Inteligência Infinita, o seu oposto seria o nada e a ignorância e não o diabo, uma figura humana distorcida com chifres e pé de bode. Para quem quer se aprofundar neste assunto escrevi o livro O MITO DO DEUS PAI publicado pela EDITORA BIBLIOTECA 24X7 e que pode ser adquirido diretamente no SITE DA EDITORA ou na LIVRARIA CULTURA. Ele discute o Universo Inteligente, senhor de sua própria criação. Entretanto, este não é um livro materialista, pois mostra que somos quantidades ínfimas de energia gerada pela vibração da Inteligência Infinita até adquirimos consciência através das sucessivas reencarnações em corpos materiais até evoluirmos para Seres Superiores (Espíritos de Luz).
Pedro Cabral Cavalcanti – pcabralcavalcanti@gmail.com