De volta ao Rio e sem ter feito festa o ano passado, esse ano resolvi fazer uma festa bem legal pra galera lá de casa. Eles curtem essa coisa da festa deles, a animação, o teatrinho que fica chamando pelo nome, é o momento em que eles se sentem "diferentes" ou até mesmo "superiores". Eu resolvi fazer a festa meio em cima da hora, tive cerca de um mês pra contratar a animação, a decoração, o buffet, os brinquedos...em relação as contratações não tive maiores estresses (à exceção mesmo do fotógrafo que fechei 2 dias antes da festa). Os estresses vieram, digamos assim, na execução.
Na semana da festa fui duas vezes no play do ex-ape da Marelisa: uma com o cara do buffet e outra pra deixar o cheque das mesas e cadeiras e pra avisar que estas iriam chegar durante a sexta. Tudo lindo maravilhoso.
Sexta feira de manhã me liga a moça das mesas e cadeiras me dizendo que o porteiro do prédio não tem "ciência" da festa e não vai deixar ninguem subir. Como assim Bial??? Não tem "ciência" da festa??? E do meu cheque??? Será que ele também não tem "ciência"?? Tive que ligar prá lá, falar com o porteiro "dono do prédio", na outra linha a moça das mesas e cadeiras dizendo que o caminhão ia embora e no fixo o meu chefe fazendo a reunião dele de toda sexta, obviamente em mute. Tudo resolvido, tudo lindo maravilhoso.
No sabado resolvi passar lá por volta das 14 hr pra levar logo as lembrancinhas. A decoração estava uma coisa!!! Linda!! O tema era dos dinossauros (eu particularmente não podia mais digerir uma festa da liga da justiça, power rangers...) e tinham 4 dinos imensos, dois deles mediam mais que 2 metros...foram içados! Pois é, mas faltava alguma coisa....cade o cara do buffet? Fui ligar prá ele:
- Oi sr. André cade o buffet?
- Dona Patrícia o problema é que meu pneu furou aqui na linha amarela e estou um pouco atrasado...
- Sei, mas vc já tá chegando? - eu sempre com esse meu otimismo exacerbado
- Não, dona Patrícia, eu não to chegando, eu estou trocando o pneu do carro, vou demorar mais uma hora prá chegar aí...
Pronto. O stress veio a tona. Caramba, como vou fazer uma festa pra 150 pessoas sem comida e bebida!!! Fui prá casa, arrumei todo mundo e voltei pro local da festa por que já ia dar 17 hrs. Chegamos juntos: eu, as crianças, o buffet e o primeiro convidado. ( a gente põe no convite 17 hrs prá começar a festa, não é pra chegar as 19 hrs, mas também não é pra chegar as 16:30!).
Eu ainda tava vivendo esse stress do buffet, subindo a cozinha a gas, montando o bar, gelando as cervejas, quando alguem me perguntou: você não disse que ia ter cama elástica? Caraca!!! Cadê o cara da cama elástica??? Liguei prá ele:
- Oi dona Patrícia, o meu carro ferveu aqui na Lagoa mas ja to chegando...
Gente, na boa, há muito tempo que eu não vejo ninguem falar que o carro ferveu...
A cama elástica chegou lá pelas 18 hrs. Pedi uma cerveja. Ainda tava gelando. Ah é verdade.
Enfim, são coisas que só eu mesmo prá contar, por que quem tava de fora não percebeu. O rei e o anjo adoraram! Ficaram muito felizes com tudo, com muitos amigos presentes, papai, mamae (infelizmente vovô e vovó não foram).
Fomos prá casa as 10 e ficamos abrindo os presentes até uma da manhã. Eu tentei evitar ao máximo essa última etapa do dia, mas fui convencida por um raciocíneo muito lógico:
- Mãe a gente vai abrir só os brinquedos, as roupas podem ficar prá manhã, tá? Por favoooooooooooorrrr....
Depois desse dia, minha amiga Nata que me desculpe, mas bromazepam foi fundamental.