O primeiro Natal que passamos novamente vivendo no Rio foi lá em casa, não poderia ser diferente. Fizemos uma ceia muito bonita, jantamos todos os doze bem "unidos" na mesa que cabem oito apertados...A comida era muito farta. Todos comeram e ainda assim sobrou tanta comida que ficou para o enterro dos ossos no dia seguinte, e no outro dia, e no outro dia...Não deu pra esperar até meia noite e abrir os presentes por que o anjo já havia até pedido o travesseiro pra deitar no sofá, e a hora dos presentes sem as crianças não é a mesma coisa. Quando foi onze horas começamos a distribuição e foi aquela festa. Ficamos até umas duas da manhã brincando com o autorama até que, graças a Deus, eles resolveram dormir. Botei todo mundo no meu quarto, fechei as cortinas, a persiana, liguei o ar condicionado e pronto! Dormimos todos até as dez da manhã!!! O almoço foi na casa da mamãe, com primos e tios, e o resto da comida...
Quando voltei pra casa tava aquela zona!!! O chão imundo, papel de presente prá todo lado, até durex na janela tinha...uma arrumadinha básica, dormidinha e quando acordei tava lá ele, o rei, de blazer branco e calça azul, Roberto Carlos. O especial deste ano foi lindo! Uma emoção só ver a Camila Pitanga grávida e toda de branco cantando Eu tenho tanto pra te dizer/mas com palavras não sei dizer/ como é grande o meu amor por você...O ano passado não sei o que deu nele que convidou uns MCs e ficou cantando Se ela dança, eu danço...nada a ver com ele. Além da Camila, também foi a Alcione, e fez uma dupla muito gostosa com o rei. O "meu amigo" Erasmo Carlos não foi, não sei se eu perdi alguma coisa na estória mas me pareceu que eles não são tão amigos assim...Mais uma que eu ADORO...Você foi o maior dos meus casos/de todos os abraços/o que eu nunca esqueci/Você foi dos amores que eu tive/o mais complicado e o mais simples prá mim/Você foi a mentira sincera/brincadeira mais séria/que me aconteceu/Você foi o caso mais antigo/o amor mais amigo/que me apareceu.../o melhor dos meus planos e o maior dos enganos que eu pude fazer... quem não lembra daquele comercial do casal que se separa e depois volta, que tinha essa música no fundo? Foi o melhor desfecho de natal que eu podia ter e ainda ouvir no final a demonstração que o amor pode sim ser eterno "eu ofereço este show a minha Maria Rita"...Foi tudo muito muito muito lindo!!!
obs.: vocês vão ver que esta mensagem embora tenha sido escrita em 2007, somente agora foi publicada dado aos super hiper problemas técnicos desta que vos escreve.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
O acaso não existe
Não acredito no acaso. Sempre acreditei que as coisas acontecem por que tem uma razão de ser...e tudo que acontece, literalmente tudo, tem um lado bom e um lado ruim. Talvez, em algum momento, o lado bom pese mais em uma situação, e depois vai haver outra que vai ser o contrário, e a vida vai seguindo assim...
Quem sempre me disse isso foi o Moreira. Nunca vou me esquecer (eu acho que ele mesmo não lembra disso) uma vez em Brasília ele ficou falando o dia todo sobre essa teoria pra mim e pra Suzy, que era na ocasião a pica-pau do job (em tempos de tropa de elite, ela era a "aspira"). Com certeza da Suzy o Moreira lembra. Ele passou o dia falando disso, falando daquele símbolo preto e branco, que tem no lado branco uma bolinha preta e no lado preto uma bolinha branca (é o símbolo do yung isso? Does anybody know?). A noite fomos para o aeroporto para voltar para o Rio. O avião era bem grande, daqueles com cinco lugares no meio, dois nas pontas. No meu lugar tinha um monte de caixas e uns tubos destes que colocam plantas de arquitetos, todos pertencentes ao indivíduo sem noção sentado ao lado.
- Moço esse lugar é meu. Essas coisas são suas? - disse eu super educadinha
- São e eu não tenho onde botar, não vou botar lá em cima por que já perdi uma planta no voo da vinda.
Diante de tanta delicadeza, o Moreira que estava logo atrás de mim retrucou:
- Isso é um problema seu, essas coisas vão sair daí por que o lugar é dela. Vou chamar o comissário e você resolve isso com ele. - O Moreira as vezes tinha essas pancadas e defendia a gente, mas era só de vez em quando.
O cara arrumou o maior barraco no avião. Veio aeromoça, comissário, o Moreira, a Suzy, uma confusão, aqueles voos cheios de deputado, senador, assessor, e euzinha lá em pé. Até que o cidadão que estava mais na frente sugeriu mudar de lugar com ele pois no lugar ao lado não tinha ninguém, assim ele podia deixar as bugingangas dele na cadeira. As mudanças foram feitas e eu agradeci imensamente ao sujeito por ter tido piedade de mim.
Eis que no momento que a criatura mau humorada sentou na cadeira que havia sido trocada, ele achou imprensada entre a cadeira e a janela do avião, a planta que ele havia perdido no voo da ida!! INACREDITÁVEL!!! O cara se transformou, devia ser uma coisa muito importante, ele beijava a planta, ria de mostrar os dentes todos, só faltou beijar o Moreira. Todo mundo que estava em volta e tinha visto a situação toda, riu muito. O Moreira então nem se fala, passou o voo todo falando - eu disse, eu te disse, em tudo que é ruim, tem um lado bom (obviamente ele estava falando da situação do cara, por que prá mim tudo foi muito indiferente a não ser pelo tempo em pé pagando mico).
Mas por que eu contei isso tudo??
Pois é, hoje caiu no Rio o mesmo dilúvio que se deu na Terra no dia em que Noé salvou a sua arca...e eu tinha que ir logo ali, em São Paulo. Já pra ir trabalhar de manhã foi difícil. 2 horas de engarrafamento. Encontrei um colega no transito e fomos trocando sms até a Barra. Hilário.
Meu voo era as seis e quando foi quatro me mandei pro aeroporto. Meu chefe convidou todos os seus diretos para um jantar, isso já estava programado há uns 3 meses. Algo me dizia que eu não ia conseguir voar, alguns voos saíram, mas muitos tinham sido cancelados, aquele caos do cotidiano aéreo do país, sem chuva é ruim, com chuva inexiste.
Como eu já sabia que ia esperar fui comprar um presentinho naquele quiosque das pérolas de Maiorca. Nunca faço isso pois normalmente já tô com pre check in, é chegar e entrar. Depois de escolher durante quase uns dez minutos eu falei pra moça que ia levar um e aí ouvi aquele grito...
- PATRICIA MARIA!!!! NÃO ACREDITO!!!!
Eu olhei pro lado e tava ali, aquela baixinha, moreninha, falante, comprando um anel. Era Deborah ("o meu nome é com h no final e não tem acento"). Deborah foi minha amiga no científico, do primeiro ao terceiro, estudamos muito pra simulado de vestibular. Tínhamos um grupo bem unido mas depois que fomos pra faculdade, ela foi morar em SP, eu fiquei aqui e a vida mesmo nos separou. Lembramos juntas que a última vez que a gente se viu, foi um dia em que ela atravessou a rua na minha frente (eu tava dentro do carro), desse dia faziam uns 10 anos. Falamos de tanta gente, pessoas que ela fala até hoje, outras que eu falo. Ficamos quase uma hora no maior papo, foi super gostoso. Combinamos de montar um happy hour com os que temos contato direto e procurar outros no orkut (bom isso ficou com ela pois como todos meus leitores sabem, i hate orkut).
Fiquei tão tão feliz com esse encontro, que nem me chateei tanto quando meu vôo foi transferido para o Galeão as nove da noite, quando obviamente eu desisti de ir para SP pois o que eu precisava fazer no aeroporto hoje não era embarcar, e sim reencontrar a Dé.
Quem sempre me disse isso foi o Moreira. Nunca vou me esquecer (eu acho que ele mesmo não lembra disso) uma vez em Brasília ele ficou falando o dia todo sobre essa teoria pra mim e pra Suzy, que era na ocasião a pica-pau do job (em tempos de tropa de elite, ela era a "aspira"). Com certeza da Suzy o Moreira lembra. Ele passou o dia falando disso, falando daquele símbolo preto e branco, que tem no lado branco uma bolinha preta e no lado preto uma bolinha branca (é o símbolo do yung isso? Does anybody know?). A noite fomos para o aeroporto para voltar para o Rio. O avião era bem grande, daqueles com cinco lugares no meio, dois nas pontas. No meu lugar tinha um monte de caixas e uns tubos destes que colocam plantas de arquitetos, todos pertencentes ao indivíduo sem noção sentado ao lado.
- Moço esse lugar é meu. Essas coisas são suas? - disse eu super educadinha
- São e eu não tenho onde botar, não vou botar lá em cima por que já perdi uma planta no voo da vinda.
Diante de tanta delicadeza, o Moreira que estava logo atrás de mim retrucou:
- Isso é um problema seu, essas coisas vão sair daí por que o lugar é dela. Vou chamar o comissário e você resolve isso com ele. - O Moreira as vezes tinha essas pancadas e defendia a gente, mas era só de vez em quando.
O cara arrumou o maior barraco no avião. Veio aeromoça, comissário, o Moreira, a Suzy, uma confusão, aqueles voos cheios de deputado, senador, assessor, e euzinha lá em pé. Até que o cidadão que estava mais na frente sugeriu mudar de lugar com ele pois no lugar ao lado não tinha ninguém, assim ele podia deixar as bugingangas dele na cadeira. As mudanças foram feitas e eu agradeci imensamente ao sujeito por ter tido piedade de mim.
Eis que no momento que a criatura mau humorada sentou na cadeira que havia sido trocada, ele achou imprensada entre a cadeira e a janela do avião, a planta que ele havia perdido no voo da ida!! INACREDITÁVEL!!! O cara se transformou, devia ser uma coisa muito importante, ele beijava a planta, ria de mostrar os dentes todos, só faltou beijar o Moreira. Todo mundo que estava em volta e tinha visto a situação toda, riu muito. O Moreira então nem se fala, passou o voo todo falando - eu disse, eu te disse, em tudo que é ruim, tem um lado bom (obviamente ele estava falando da situação do cara, por que prá mim tudo foi muito indiferente a não ser pelo tempo em pé pagando mico).
Mas por que eu contei isso tudo??
Pois é, hoje caiu no Rio o mesmo dilúvio que se deu na Terra no dia em que Noé salvou a sua arca...e eu tinha que ir logo ali, em São Paulo. Já pra ir trabalhar de manhã foi difícil. 2 horas de engarrafamento. Encontrei um colega no transito e fomos trocando sms até a Barra. Hilário.
Meu voo era as seis e quando foi quatro me mandei pro aeroporto. Meu chefe convidou todos os seus diretos para um jantar, isso já estava programado há uns 3 meses. Algo me dizia que eu não ia conseguir voar, alguns voos saíram, mas muitos tinham sido cancelados, aquele caos do cotidiano aéreo do país, sem chuva é ruim, com chuva inexiste.
Como eu já sabia que ia esperar fui comprar um presentinho naquele quiosque das pérolas de Maiorca. Nunca faço isso pois normalmente já tô com pre check in, é chegar e entrar. Depois de escolher durante quase uns dez minutos eu falei pra moça que ia levar um e aí ouvi aquele grito...
- PATRICIA MARIA!!!! NÃO ACREDITO!!!!
Eu olhei pro lado e tava ali, aquela baixinha, moreninha, falante, comprando um anel. Era Deborah ("o meu nome é com h no final e não tem acento"). Deborah foi minha amiga no científico, do primeiro ao terceiro, estudamos muito pra simulado de vestibular. Tínhamos um grupo bem unido mas depois que fomos pra faculdade, ela foi morar em SP, eu fiquei aqui e a vida mesmo nos separou. Lembramos juntas que a última vez que a gente se viu, foi um dia em que ela atravessou a rua na minha frente (eu tava dentro do carro), desse dia faziam uns 10 anos. Falamos de tanta gente, pessoas que ela fala até hoje, outras que eu falo. Ficamos quase uma hora no maior papo, foi super gostoso. Combinamos de montar um happy hour com os que temos contato direto e procurar outros no orkut (bom isso ficou com ela pois como todos meus leitores sabem, i hate orkut).
Fiquei tão tão feliz com esse encontro, que nem me chateei tanto quando meu vôo foi transferido para o Galeão as nove da noite, quando obviamente eu desisti de ir para SP pois o que eu precisava fazer no aeroporto hoje não era embarcar, e sim reencontrar a Dé.
Minhas pérolas infantis
Cada vez mais fica evidente pra mim que os momentos mais gostosos da vida vêm da espontaneidade e inocência das crianças. O engraçado é que essa transformação vem acontecendo rapidamente, já não acho graça em tantas coisas que antes apreciava e cada dia que passa me encanta mais e mais as descobertas que as crianças fazem da vida delas. Os comentários, observações, conclusões, as vezes tão surpreendentes e inteligentes que chega a dar medo. Todos uma delícia. A vontade é não sair de perto, participar de tudo, só prá não perder o momento, o olhar, aquele da dúvida, aquele da descoberta. Hoje sim eu sinto pelo tempo que não tenho pra ficar com eles, fico triste de saber que o dia que não estou com eles, não volta mais.
Algumas frases prá ficar aqui e não esquecer:
(Mãe falando com filhos)
- Filho, hoje a gente tem que cortar essa unha, tá enorme, feia.
- É tá feia mesmo, vou pegar o cortador - fala filho anjo
- A minha não precisa cortar por que eu já "roio"- fala filho rei
(Depois da briga por causa do PS2 mãe falou que só pode jogar quando ela estiver junto)
Sábado, 7 hrs da manha
- Mae deita lá na sala prá gente poder jogar...
(Moça da montanha russa do parque do Beto Carreiro)
- Pai você tem que ficar na ponta do carrinho.
Rapidamente o rei respondeu...
- Ele não é meu pai, ele é só o amigo da minha mãe
Então tá né!
Algumas frases prá ficar aqui e não esquecer:
(Mãe falando com filhos)
- Filho, hoje a gente tem que cortar essa unha, tá enorme, feia.
- É tá feia mesmo, vou pegar o cortador - fala filho anjo
- A minha não precisa cortar por que eu já "roio"- fala filho rei
(Depois da briga por causa do PS2 mãe falou que só pode jogar quando ela estiver junto)
Sábado, 7 hrs da manha
- Mae deita lá na sala prá gente poder jogar...
(Moça da montanha russa do parque do Beto Carreiro)
- Pai você tem que ficar na ponta do carrinho.
Rapidamente o rei respondeu...
- Ele não é meu pai, ele é só o amigo da minha mãe
Então tá né!
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